Três anos depois da tragédia, pouco foi feito no Vale do Cuiabá
Data: 16/04/2014
- Tribuna de Petrópolis, Segunda, 14 Abril 2014 18:50
Pouco mais de três anos depois da chuva que assolou a região do Vale do Cuiabá, em Itaipava, deixando o saldo de 71 mortes e milhares de desabrigados, o cenário de destruição ainda pode ser visto. As ações dos governos federal, estadual e municipal serviram, até agora, para minimizar os problemas da área, mas, ainda assim, o rastro da tragédia continua visível a quem visita o local.
Com a função de investigar e levantar dados sobre o que não foi feito e também apontar o que deve ser realizado para atender as vítimas, a Câmara dos Vereadores criou, em setembro do mesmo ano, a Comissão Especial de Acontecimentos das Chuvas de 2011. De lá para cá, 34 reuniões foram realizadas na tentativa de encontrar alternativas que beneficiem os moradores das áreas atingidas.
“Na época da tragédia foi instalada uma Comissão Parlamentar de Inquérito para apurar o que estava sendo feito. Na época, foram elencadas 43 determinações. A comissão foi criada em seguida, para que pudéssemos dar continuidade ao trabalhar e acompanhar o que seria feito", informou o hoje presidente do grupo, o vereador Silmar Fortes.
Composta pela Frente Pró-Petrópolis, Ministério Público Estadual, CDDH, Associação de Moradores do Madame Machado e do Vale do Cuiabá, INEA, dentre outras entidades, a última discussão do grupo serviu para que técnicos do Instituto Estadual do Ambiente e as empresas responsáveis pelas intervenções apresentassem os projetos de dois Parques Fluviais que serão construídos ao longo do Vale do Cuiabá, o Cuiabá 3 e o Skate Park.
Ambos os projetos estão em fase de aprovação na Caixa Econômica Federal e, segundo o representante do INEA, João Grilo Carletti, uma audiência pública será marcada para que a sociedade tome conhecimento de como os projetos serão executados. O Skate Park ficará ao lado do estacionamento do supermercado Bramil, em Itaipava. Já o Cuiabá 3 próximo ao ponto final do Vale do Cuiabá.
Zilda Beck, representante do Ministério Público do Rio de Janeiro, afirmou ser favorável à construção dos parques fluviais. “Desde que as obras tenham sustentabilidade e sejam garantidas, para que não haja novas ocorrências em pouco tempo e os problemas recaiam na população”, declarou.