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  Crianças e adolescentes: mais denúncias de agressão

Data: 19/01/2012

Estatística do Conselho Tutelar mostra que o número de casos comunicados vem crescendo


O caso do menino que teve os dois braços queimados pela mãe na terça-feira chama atenção para os casos de violência contra crianças e adolescentes. Estatística do Conselho Tutelar mostra que o número de casos comunicados vem crescendo. Somente nos primeiros 10 meses do ano passado, o Conselho Tutelar de Petrópolis  registrou 330 casos de agressão contra crianças e adolescentes com até 17 anos – 187 casos a mais do que em 2010, quando foram registrados 143 casos de agressão contra menores. O aumento no número de casos registrados, no entanto, pode significar que mais pessoas estão tendo coragem de denunciar os casos, o que é positivo, na avaliação dos conselheiros tutelares.

“Para que o Conselho possa exercer a sua função de proteger as crianças, é fundamental que os casos sejam denunciados. Ao saber de algum caso de violência contra criança, o cidadão deve denunciar. Isso pode ser feito não somente ao conselho, mas também pelo telefone 125. Muitas vezes parentes conhecem os casos de violência, mas têm medo de denunciar, pensam que a situação vai se resolver dentro de casa mesmo, mas o que vemos é que existem casos em que a situação só se agrava. A orientação do Conselho é que não só a família, mas também vizinhos, professores, profissionais de saúde, qualquer um que conheça um caso de agressão, denuncie isso ao conselho. É a única forma que teremos de proteger as crianças”, orienta o conselheiro Agnes Dalzini.

O caso do adolescente que teve os braços queimados foi registrado como tortura na delegacia do Retiro (105ªDP). Segundo o relato do menino, os ferimentos teriam sido feitos com uma faca quente quando ele tentava escapar da agressão da mãe. Com os dois cotovelos queimados, o garoto foi levado à Unidade de Pronto Atendimento (UPA) de Cascatinha, onde recebeu os cuidados. O crime aconteceu na Estrada da Saudade, onde o adolescente morava com a mãe.

Acompanhado pelo pai, o garoto foi levado até a delegacia, de onde foi encaminhado para exames de corpo delito. Ele está sob a guarda do pai, que disse ao titular da 105ªDP, delegado Marcelo Ambrósio, que a mãe teria feito isso porque o filho é muito levado.  O menino tem um irmão de 10 anos que mora com o pai. Ele teria voltado a morar com a mãe há poucos meses. Ele teria contado ao Conselho Tutelar que a mãe o  agrediu com a faca porque ele foi até a casa de um colega sem avisá-la.

Fonte: Tribuna de Petrópolis.




 

 

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