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  Obra de revitalização da Rua Teresa fica para o segundo semestre

Data: 17/01/2012

 

O subsecretário estadual de Urbanismo, Vicente Loureiro, voltou a apresentar o projeto de revitalização da rua. / Alexandre Carius

Sem um entendimento entre governo do estado, prefeitura e empresários da Rua Teresa, as obras de revitalização do polo de moda não têm data para começar. A previsão era de que a licitação para dar início às intervenções acontecesse até o fim deste mês, após a liberação, do Banco Interamericano de Desenvolvimento (BID), de parte da verba. Porém, com o impasse, os recursos não serão utilizados e Petrópolis terá que esperar até agosto, quando o governo do estado receberá outro lote do empréstimo com o BID.
Segundo o subsecretário estadual de Urbanismo, Vicente Loureiro, que participou ontem pela manhã de um encontro, no Museu Imperial, com membros do governo municipal, empresários e representantes de entidades comerciais. O primeiro reembolso – que tem um prazo de seis meses – foi pedido neste mês, o que equivale a cerca de 20% do valor total do empréstimo para a execução de 60 ações em 23 cidades do interior do estado. “Colocamos o projeto da Rua Teresa dentro deste
primeiro lote. Como não houve aprovação, a cidade terá que esperar até o próximo reembolso, que será solicitado ao BID em agosto”, explicou Vicente.
De acordo com o subsecretário, o empréstimo do BID deve ser utilizado em três anos, mas ele alerta para o constante adiamento da utilização dos recursos por parte de Petrópolis. “Estamos adiando uma vez, pode-se adiar outra em agosto, mas é preciso tomar cuidado com isso porque existem outras cidades que também estão aguardando para ser contempladas. É preciso definir o que a Rua Teresa quer para o seu
futuro”, frisou.
Apesar de estar sendo discutido há vários anos, o projeto de revitalização do polo de moda apresentado pelo governo do estado não agradou à maioria dos empresários. Eles temem prejuízos econômicos com a longa duração da obra – prevista para durar um ano e seis meses. Além disso, os empresários contestam alguns pontos do projeto como a redução do número de vagas de estacionamento.
Para o presidente da Associação da Rua Teresa, Eduardo Dias, é preciso rever o projeto e adequá-lo “aos interesses de todos os empresários, clientes e comerciárias”. “O impacto com a obra tem que ser o menor possível, porque todos estão preocupados, do pequeno empresário às vendedoras. Todos temem pelo seu negócio e pelos seus empregos”, enfatizou.
Segundo Vicente Loureiro, não há como fazer grandes mudanças no projeto. Ele explicou que a verba para a elaboração do plano já foi comprometida. “Alterações pontais até podem ser executadas, mas grandes mudanças ou uma reformulação no projeto não há como fazer. Se isto acontecer, se for esta a decisão tomada, há de se buscar maneiras jurídicas para isto”, disse o subsecretário.
Para discutir pontos polêmicos do projeto e tentar encontrar uma solução para o impasse, o secretário de Governo, Charles Rossi, propôs a criação de uma comissão para debater – nesses cinco meses – o futuro do projeto. “Petrópolis e a Rua Teresa não podem perder este investimento. A revitalização do polo de moda é importante e vamos lutar para que aconteça”, destacou. A formação de uma comissão foi apoiada pelas pessoas que participaram da reunião. O presidente da Regional Serrana da Associação Brasileira de Bares e Restaurantes (Abrasel), Luiz Fernando Velloso, foi um dos que apoiou a continuidade dos debates, mas ressaltou que antes de tudo é preciso determinar quais os conceitos que devem ser seguidos pela cidade.
“Precisamos antes de tudo saber o que queremos e o que nós somos. É preciso saber se a cidade quer ter ações voltadas para o turismo. Se for isso, a obra é importante, porque é para o turista que temos que trabalhar. E para isso acontecer precisamos melhorar”, enfatizou.

Fonte: Tribuna de Petrópolis.




 

 

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