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  IBGE: 10,4% da população fizeram teste de Covid-19 até Setembro no país

Data: 23/10/2020

 

PNAD COVID19Estatísticas experimentais

10,4% da população fizeram teste de Covid-19 até setembro no país

Editoria: Séries Especiais  Umberlândia Cabral  Arte: Brisa Gil

 

23/10/2020 09h00 Última Atualização: 23/10/2020 09h21

 
  • Resumo

  • 21,9 milhões de pessoas fizeram algum teste de diagnóstico de Covid-19 até setembro, o equivalente a 10,4% da população do país.
  • O maior percentual de realização dos testes está entre as pessoas com maior renda: 25,1% das pessoas que recebem quatro ou mais salários mínimos
  • Entre as pessoas que fizeram o teste, 4,8 milhões foram diagnosticadas com Covid-19.
  • O Distrito Federal (22,2%) foi a Unidade da Federação com maior percentual de pessoas que fizeram testes, seguido por Piauí (17%) e Goiás (16%). Pernambuco tinha o menor (6,8%).
  • Em setembro, 9,2 milhões relataram ter algum sintoma de síndrome gripal, o que representa 4,4% da população.
  • O percentual de domicílios onde algum morador recebeu auxílio para combater os efeitos da pandemia foi de 43,6% no país, sendo maior no Norte (59,8%) e no Nordeste (58,8%).
  • População desocupada chega a 13,5 milhões de pessoas e taxa de desocupação sobe para 14%, dois recordes da série da PNAD COVID19 mensal.

 

#PraCegoVer Uma mão com luva branca segura um frasquinho que vai pingar no suporte de teste para covid
21,9 milhões de pessoas fizeram algum teste para diagnóstico da Covid-19 até setembro Foto: Governo do Estado de São Paulo

 

O número de pessoas que fizeram algum teste de diagnóstico da Covid-19 chegou a 21,9 milhões em setembro, o equivalente a 10,4% da população do país. Destas, 4,8 milhões testaram positivo. Os dados são da edição mensal da PNAD COVID19, divulgada hoje (23) pelo IBGE. Em agosto, 17,9 milhões haviam feito o teste e 3,9 milhões receberam o diagnóstico da doença.

“De agosto para setembro, foram mais quatro milhões de pessoas que fizeram o teste e cerca de um milhão a mais testou positivo”, diz a coordenadora da pesquisa, Maria Lucia Vieira.

Por grupos de idade, o maior percentual de pessoas que fizeram algum teste para detecção da Covid-19 foi entre 30 a 59 anos de idade (14,3%), seguido pelos grupos de 20 a 29 anos (12,1%) e de 60 anos ou mais de idade (9,2%). Entre as pessoas sem instrução ao fundamental incompleto, 5,5% realizaram e, entre aqueles com superior completo ou pós-graduação, 21,5%.

O percentual de realização dos testes para diagnóstico da doença é maior no grupo das pessoas com maior rendimento domiciliar per capita, chegando a 25,1% para as pessoas na faixa de quatro ou mais salários mínimos. No mesmo período, apenas 5,9% das pessoas na faixa de menos de meio salário mínimo fizeram algum teste.

Três tipos de testes são abordados pela pesquisa: o SWAB, exame em que o material é coletado com cotonete na boca e/ou nariz; o teste rápido com coleta de sangue por um furo no dedo; e o exame com sangue retirado na veia do braço. Dos 21,9 milhões de pessoas que fizeram o teste, 8,8 milhões fizeram SWAB e, destas, 2,3 milhões receberam diagnóstico positivo.

O Distrito Federal (22,2%) foi a Unidade da Federação com maior percentual de testes realizados, seguido por Piauí (17%) e Goiás (16%). Os menores percentuais foram registrados em Pernambuco (6,8%), Acre (6,9%) e Minas Gerais (7,8%).

A pesquisa também apontou queda no contingente daqueles que relataram ter algum sintoma de síndromes gripais. Em setembro, 9,2 milhões de pessoas afirmavam ter algum dos sintomas abordados pela pesquisa, como tosse, febre e dificuldade para respirar. Esse número representa 4,4% da população brasileira. Em maio, quando a pesquisa foi iniciada, 24 milhões, ou 11,4% dos brasileiros, apresentavam algum dos sintomas.

Em 29,9 milhões de domicílios, algum morador recebeu auxílio emergencial

Em setembro, o percentual de domicílios onde algum morador recebeu algum auxílio para combater os efeitos da pandemia foi de 43,6%. Em agosto era de 43,9%. Foram atendidos 29,9 milhões em setembro frente aos 30,1 milhões de agosto. O valor médio do benefício recebido pela população foi de R$ 894 por domicílio.

“O percentual de domicílios onde algum morador recebia auxílio emergencial ficou estável nesses últimos quatros meses”, diz Maria Lucia. Entre os tipos de auxílio abordados pela pesquisa, estão o emergencial, destinado a trabalhadores informais, microempreendedores individuais (MEI), autônomos e desempregados, e a complementação do Governo Federal pelo Programa Emergencial de Manutenção do Emprego e da Renda.

Norte (59,8%) e Nordeste (58,8%) foram as regiões que tiveram os maiores percentuais de domicílios recebendo auxílio. Entre os estados, o Amapá (68,4%) foi estado com maior proporção, seguido de Maranhão (63,7%) e Pará (63,3%).

“As regiões que têm mais domicílios com pessoas recebendo auxílio ainda são Norte e Nordeste, onde as pessoas estão mais dentro dos critérios para receber o auxílio. Esse percentual ficou estável em todas as grandes regiões”, diz a pesquisadora.

População desocupada e taxa de desocupação foram recorde

A PNAD COVID19 estimou a população ocupada do país em 82,9 milhões de pessoas em setembro, aumento de 1% frente ao mês anterior e retração de 1,7% em relação a maio. “A população ocupada era de 84,4 milhões em maio e caiu até o mês de julho, quando volta a ter variações positivas, chegando ao contingente de 82,9 milhões em setembro. Ainda está abaixo do número que tínhamos em maio, mas já mostrando uma leve recuperação nos meses de agosto e setembro”, diz a pesquisadora.

Já a população desocupada, que era de 10,1 milhões no começo da pesquisa, passou para 13,5 milhões em setembro, um recorde da série histórica. “Há um aumento da população desocupada ao longo de todos esses meses. Esse crescimento se dá em função tanto das pessoas que perderam suas ocupações até o mês de julho quanto das pessoas que começam a sair do distanciamento social e voltam a pressionar o mercado de trabalho”, explica Maria Lucia.

Com isso, a força de trabalho, soma da população ocupada e desocupada, passou de 94,5 milhões, em maio, para 96,4 milhões em setembro. O número de pessoas fora da força de trabalho caiu 1,5% em relação a agosto, chegando a 74,1 milhões. Já a taxa de desemprego passou de 13,6%, em agosto, para 14%, a maior da série histórica da pesquisa.

Dos 82,9 milhões de pessoas ocupadas, 93,5% não estavam afastados do trabalho que tinham. Destes, 10,4% estavam trabalhando de forma remota.

16,3% das pessoas ficaram rigorosamente isoladas no domicílio

Entre os 211,4 milhões de residentes, 6,4 milhões (3%) não fizeram qualquer medida de restrição em setembro; 84,1 milhões (39,8%) reduziram o contato mas continuaram saindo de casa; 85,3 milhões (40,3%) ficaram em casa e só saíram em caso de necessidades básicas; e 34,5 milhões (16,3%) ficaram rigorosamente isolados.

Percentual de pessoas com algum sintoma de síndrome gripal continua em queda

Em setembro, 9,2 milhões de pessoas (4,4% da população) apresentaram algum dos sintomas pesquisados de síndromes gripais, em maio eram 11,4% da população com algum sintoma, em junho, 7,3%, em julho, 6,5% e em agosto 5,7%.

No Norte, 34,6% das pessoas que frequentam escola não têm acesso às atividades

Em setembro, 46,1 milhões de pessoas de 6 a 29 anos de idade frequentavam escola ou universidade, o que representava 59,8% da população nessa faixa etária. Entre os que frequentavam, 61% eram do ensino fundamental, 21% do ensino médio e 18% do ensino superior. Quanto às atividades escolares, 84,4% tiveram atividades, 14,5% não tiveram e 1,1% não tiveram por que estavam de férias. Cerca de 6,7 milhões de estudantes não tiveram atividades, e 39 milhões tiveram atividades.

Força de trabalho cresce 1,4%

força de trabalho subiu de 95,1 milhões em agosto para 96,4 milhões em setembro (aumento de 1,4%).

contingente de pessoas fora da força de trabalho passou de 75,2 milhões em agosto para 74,1 milhões de pessoas em setembro, o que corresponde a uma redução de 1,5%. Deste total, 35,2% (26,1 milhões) gostariam de trabalhar, mas não buscaram trabalho e 21,6% (16 milhões) não buscaram trabalho devido à pandemia ou à falta de trabalho na localidade, mas gostariam de trabalhar.

No início da pesquisa, em maio, 70,2% das pessoas que, embora quisessem trabalhar, não o fizeram alegaram que o principal motivo estava relacionado à pandemia ou à falta de trabalho na localidade, esse percentual vem caindo mês a mês: em agosto, 64,4% das pessoas que embora quisessem trabalhar não o fizeram alegaram que o principal motivo estava relacionado à pandemia ou à falta de trabalho na localidade, e agora em setembro, esta proporção caiu para 61,3%.

nível de ocupação subiu de 48,2% em agosto para 48,6% em setembro. Esse ligeiro aumento nas estimativas chegou a todas as regiões, sendo Nordeste e Norte novamente as que registraram os menores níveis, 40,1% e 46,1%, respectivamente. Desde o início da pesquisa, estas regiões têm menos da metade das pessoas em idade de trabalhar ocupadas no mercado de trabalho.

Afastamento do trabalho devido ao distanciamento social continua em queda

Dos 82,9 milhões de ocupados em setembro, 5,4 milhões estavam afastados do trabalho que tinham na semana de referência, dos quais 3,0 milhões estavam afastados devido ao distanciamento social, representando, respectivamente, quedas de 19,7% e 27,6% em relação ao total de pessoas afastadas verificado em agosto. Estes indicadores vêm caindo desde o início da pandemia, à medida em que o isolamento vai diminuindo, e já acumulam quedas de 71,7% e 80,9% respectivamente.

1,1 milhão de pessoas afastadas do trabalho estavam sem remuneração

Entre os 5,4 milhões de ocupados que estavam afastados do trabalho que tinham na semana de referência no Brasil, aproximadamente 1,1 milhão de pessoas (19,8%) estavam sem a remuneração do trabalho. Em agosto, este percentual era de 23,7%, e vem caindo consistentemente ao longo da pandemia. A Região Sudeste teve o menor percentual, 17,6% e a Região Norte, o maior percentual, 24,1%. Houve redução do percentual de pessoas nestas condições em todas as regiões, quando comparadas a agosto.

Informalidade cresce em relação a agosto

O contingente de trabalhadores informais ficou em 28,3 milhões de pessoas em setembro, ou 34,2% do total de ocupados. Isto representa um aumento de 1,7% na quantidade de informais em relação a agosto e um aumento de 0,3 p.p. na taxa de informalidade.

Número de horas semanais trabalhadas continua aumentando em todas as regiões

Em todas as regiões, houve novamente aumento no número de horas efetivamente trabalhadas para as pessoas que estavam ocupadas, refletindo o avanço no processo de retomada das atividades. O número médio de horas habituais foi de 40,1 horas por semana e as que de fato foram trabalhadas na semana de referência foi, em média, de 35,1 horas.

Rendimento domiciliar per capita é o dobro nos domicílios sem auxílio emergencial

rendimento médio real domiciliar per capita efetivo do país, em setembro, foi de R$ 1.320, ou seja, 0,7% acima do valor de agosto (R$ 1.311). As regiões Norte e Nordeste apresentaram os menores valores, R$ 918 e R$ 922, respectivamente.




 

 

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