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  Área de TI projeta gerar mil empregos ao longo de 2020

Data: 08/12/2019

 

Área de TI projeta gerar mil empregos ao longo de 2020

O processo crescente de digitalização das empresas será responsável por acelerado crescimento da oferta de empregos em tecnologia da informação, no próximo ano. O esforço para preparar mão de obra também melhora o ambiente e pode ajudar a atrair novas empresas. Uma das ferramentas desse processo foi acriação do programa de Residência de Software, pela Serratec, com o objetivo de ampliar a oferta de mão de obra de qualidade.


TI: mercado promissor para a Cidade Imperial

ROBERTO MÁRCIO - Redação Tribuna de Petrópolis


A expectativa é de que mil empregos sejam gerados até 2021.

O mercado da Tecnologia da Informação (TI) poderá se transformar em um dos maiores empregadores do município. Com o processo crescente da digitalização das empresas, o setor se organiza para aumentar a oferta de mão-de-obra para atender não apenas localmente, mas futuros negócios que serão montados nos próximos anos.

O município, no entanto, deu o primeiro passo neste ano com a criação do Programa Residência de Software, um projeto realizado pelo Serratec e seus parceiros que tem como objetivo aumentar a oferta de profissionais qualificados na área de tecnologia para atrair empresas do setor à Região Serrana e expandir as empresas que já estão situadas.

Tudo isso está em linha com uma tendência nacional. Afinal, com demanda anual de cerca de 70 mil profissionais e apenas 46 mil formados no mesmo período, a previsão da Brasscom (Associação Brasileira das Empresas de Tecnologia da Informação e Comunicação) é que o mercado de Tecnologia da Informação e Comunicação no Brasil apresentará um déficit de 290 mil profissionais em 2024.

A escassez de profissionais qualificados nas áreas de tecnologia é algo que chama a atenção. Uma pesquisa da Korn Ferry, empresa de recursos humanos, mostra que em 2020 haverá um déficit de cerca de 1,8 milhão de pessoas para postos de trabalho mais especializados. A expectativa é de que o grande desafio fique por conta dos cargos voltados para a transformação digital das empresas, ou seja, profissões como cientista de dados, analista de marketing digital, segurança da informação e desenvolvimento de produtos tecnológicos. Nesses casos, a procura é maior que a oferta desses profissionais.

De um lado, 13 milhões de brasileiros desempregados. De outro, sobram vagas no mercado digital. Segundo o Banco Mundial, há mais de 200 mil vagas abertas neste segmento, sendo cinco mil apenas em startups. Estima-se que até 2024, pelo menos metade dos 420 mil empregos que devem ser criados em TI podem não ser preenchidos. Isso porque a quantidade de mão de obra qualificada para esse setor ainda é muito baixa.

Segundo o presidente do Serratec, Marcelo Cariús, a experiência petropolitana em ocupar os espaços com o advento da tecnologia tem sido positiva. O curso promovido pela entidade está chegando ao fim e o processo de absorção dos alunos pelas empresas deve chegar até 90%. “A maior parte dos alunos deverão garantir o emprego. Eles já participam de projetos de algumas empresas”, explicou ele.

O setor tecnológico em Petrópolis tem aproximadamente 480 empresas e dois mil postos de trabalho, com um faturamento de R$ 355 milhões por ano, a tendência é desses números subirem por conta da TI. O Serratec, que engloba a Cidade Imperial mais Nova Friburgo e Teresópolis, prevê que até 2021 cerca de mi postos de trabalhos deverão ser criados na Região no âmbito da expectativa do crescimento dos negócios. Aqui deve abocanhar boa parte dos trabalhadores.


Incentivo fiscal não é a única saída para atrair empresas, diz Serratec

A melhoria no ambiente do negócio atende a alguns requisitos importantes, entre eles o momento econômico do país, que hoje vive uma fase de crescimento lento. Para atrair empresas e criar os tão sonhados empregos, são necessários fatores um complexo de fatores. A saída para os municípios têm sido os incentivos fiscais. Só que isto não basta somente, segundo declarou Marcelo Cariús.

“Os incentivos fiscais já não podem mais ser suficientes para a expansão dos negócios”, alertou Marcelo Cariús, que reforça a necessidade na criação de mão-de-obra especializada, o principal fator para atrair mas empresas.

“A chegada de novas empresas depende, principalmente, de mão-de-obra especializada, Sem ela, pouco adianta incentivo fiscal”, ressaltou o presidente do Serratec.

A Prefeitura, por sua vez, garante fazer a sua parte no que tange aos incentivos para criar empregos. De acordo com Marcelo Fiorini, secretário de desenvolvimento econômico, o processo de expansão do setor de tecnologia do município se dá em consonância ao desejo do Governo em apoiar as iniciativas nessa área promissora da economia local. Além, é claro, trazer para cá novos negócios.

“O setor de tecnologia é um dos mais promissores do município. Nos próximos anos, a maior parte das oportunidades de empregos estarão nas empresas da área de tecnologia. O poder público vê com bons olhos, por exemplo, a iniciativa do Serratec de estimular a área tecnológica e empregar a mão de obra especializada que é formada no município. Petrópolis está muito bem. Temos universidades, o próprio LNCC que acabou de receber uma expansão no Supercomputador Santos Dumont, estamos colocando a cidade à disposição para receber um laboratório de Inteligência Artificial. A Prefeitura criou a Lei da Inovação que é mais um estímulo e mostra que a cidade está preparada para receber novas empresas e está fortalecendo outros projetos nessa área, como por exemplo, uma parceria com a Enel que prevê a implantação de sensores inteligentes em determinados pontos do município”, afirma Fiorini.



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