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  Concer começa a construir passarela em trecho com alto índice de acidentes

Data: 26/12/2014

 

 

Concer começa a construir passarela em trecho com alto índice de acidentes

Vinícius Ferreira - A concessionária que administra o trecho Rio de Janeiro – Petrópolis – Juiz de Fora, da BR-040, Concer, deu início, na última semana, à construção da passarela, que permitirá a travessia mais segura aos moradores do bairro Araras e das comunidades do Vale do Sossego e do Candimbas, que ficam às margens do km-65 da rodovia federal. Depois de seguidos acidentes, atropelamentos, mortes e protestos no trecho, o pedido antigo dos moradores finalmente começa a ser executado, com prazo de três meses para ser concluído.

Para a dona de casa Carmem Regina, de 58 anos – 55 dos quais vive na comunidade do Candimbas – a passarela, enfim, dará maior tranquilidade para quem vive às margens do trecho da rodovia e diariamente precisa fazer a travessia. “Atravessar aqui é muito difícil e, sobretudo, perigoso. Hoje mesmo eu passei 15 minutos tentando atravessar e não conseguia porque o fluxo estava intenso”, destaca a dona de casa, que relata que para muitas pessoas a travessia é impossível. “Eu tenho uma mãe de 92 anos que não sai mais de casa porque para ela é impossível atravessar aqui”, afirma.

Se para os idosos a travessia é impossível, para as crianças e adolescentes uma necessidade diária. Grande parte das crianças das comunidades do Vale do Sossêgo e do Candimbas estuda nas quatro escolas situadas no bairro Araras, do outro lado da pista. “Para muitos dos pais é um terror isso aqui. Eu mesma tenho netos em idade escolar e tenho que vir com eles para levá-los e buscá-los, porque criança você sabe como é, né?”, ressalta a dona de casa.

Mas nem sempre essa travessia acontece de forma segura. Em agosto do ano passado, a jovem Jeanne Toledo Rezende, de 20 anos, foi morta após ser atropelada na tentativa de travessia. Do mesmo ano, dessa vez no mês de dezembro, o local foi palco de outro acidente grave. Na véspera de Natal, uma mulher de 59 anos foi atropelada por um veículo, que capotou na pista sentido Juiz de Fora. Ela estava no ponto de ônibus. 

O atropelamento de dezembro foi o estopim para que as comunidades explodissem em revolta. Moradores foram para a rodovia e queimaram pneus, impedindo a passagem de veículos e exigindo da Concer uma solução para o problema. A demora nas negociações causaram um novo protesto na véspera do feriado da Semana Santa.

As reivindicações eram a reconstrução do ponto de ônibus, a instalação de guard hails, a melhoria na iluminação do local e, finalmente, a colocação da passarela. “A promessa é de que a obra fique pronta em três meses”, revela o pedreiro Roberto Neves, que vive há 53 anos, no Candimba. “A iluminação finalmente foi instalada. O ponto construído afastado da pista e com a proteção do guard hail. Também foram colocados radares nos dois sentidos da pista, mas não sei se estão funcionando. Que bom que as melhorias que pedimos foram feitas, pena que para isso muita gente precisou morrer em acidentes aqui e a comunidade pressionar através de protestos”, destaca.




 

 

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