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  Greve paralisa obras da Nova Subida da Serra de Petrópolis

Data: 05/08/2014

 

 

Greve paralisa obras da Nova Subida da Serra de Petrópolis

 

Diário de Petrópolis, Terça-feira, 05 de agosto de 2014

Edson Cunha - edsoncunha@diariodepetropolis.com.br

 

Há exatos 16 dias, os funcionários das empreiteiras que participam das obras de construção da nova pista de subida da Serra, administrada pela Concer, estão em greve. Parte do salário dos empregados foi retido. Eles reivindicam entre outros o plano de saúde extensivo aos dependentes. Uma reunião entre as partes já foi realizada no Tribunal Regional do Trabalho (TRT), mas não houve acordo. Se nada for resolvido a paralisação vai continuar, o que poderá atrasar o cronograma para conclusão da megaobra que custará R$ 1 bilhão, sendo que R$ 290 milhões serão pagos pela concessionária que administra o trecho da BR-040 entre Rio de Janeiro e Juiz de Fora, e o restante, pelo Governo Federal. Só o megatúnel (de 4.640 metros de extensão) custará R$ 400 milhões.

A paralisação dos cerca de 700 trabalhadores teve início no dia 21 de julho, segundo informações de Josimar Campos de Sousa, presidente do Siticommm - Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil, Montagem Industrial, Mobiliário, Mármore e Granito e do Vime de Duque de Caxias, São João de Meriti, Nilópolis, Magé e Guapimirim.

De acordo com ele havia sido acordado entre os trabalhadores e a empresa Nova Subida da Serra Administração descontado do titular entre R$ 25 a R$ 30 por dependente para o plano de saúde.

- A empresa contratante pediu 120 dias para tomar uma decisão e o nosso sindicato achou muito tempo. Sugerimos que o assunto fosse resolvido em 90 dias o que não aconteceu, assim como a data para incluir os dependentes (previsto para a partir de 26 de junho) também não cumprida – explicou Josimar.

Em outra tentativa de acordo foi sugerido um valor de R$ 50 por cada dependente e a partir do terceiro de R$ 94 por pessoa, o que não agradou os trabalhadores. Tais valores seriam praticados a partir de janeiro de 2015.

- Devido a este impasse aconteceu uma audiência de conciliação no TRT no dia 31 de julho, onde não conseguimos fechar um acordo – lembrou o presidente do Siticommm.

Tentando mais uma negociação entre as empreiteiras, Concer e empregados, uma nova proposta foi posta na mesa. Desta vez de R$ 62 por dependente.

- Esse valor já seria cobrado a partir de setembro. Foi a proposta do sindicato. Ainda não tem nada oficial – adiantou o presidente, acrescentando que Concer e empreiteiras teriam reunião para tentar uma negociação.

 

Canteiros só com vigias

 

Em pelo menos cinco canteiros de obras a equipe do Diário parou para verificar o movimento. No Km 86 da pista de descida não havia ninguém, já no Km 88 estava um vigia e no Belvedere onde funciona escritórios estavam vigias e outros funcionários administrativos das empreiteiras.

Próximo ao KM 102 o depósito de resíduos sólidos e líquidos só estava o motorista com uma Kombi. Perto dali em outro canteiro um outro vigia tomava conta das máquinas paradas, entre elas tratores.

 

Cesta não é liberada

 

Ainda de acordo com o presidente do Siticommm, as empreiteiras só pagaram 20 dos 30 dias trabalhados pelos empregados que atuam nas obras da nova pista de subida da Serra e a cesta de alimentos (no valor de R$ 300), inclusive dos vigias dos canteiros que não aderiram a paralisação.

- Estamos nesse impasse mas esperamos que tudo se resolva da melhor maneira possível. Tanto o sindicato quanto os trabalhadores buscam uma solução – finalizou Josimar.

 

Sinalização é falha na estrada

 

Motoristas que utilizam diariamente a Rio-Petrópolis reclamam que a sinalização devido as obras está falha. De acordo com eles no trecho da praça de pedágio no sentido Serra o motorista que não conhece o trecho acaba se perdendo e pode seguir para a antiga pista de subida para Petrópolis.

A falta de iluminação e o número insuficiente de funcionários nos guichês do pedágio também são alvos de reclamação dos motoristas.

 

ANTT diz que problema é entre Concer e empreiteira

 

Em nota a ANTT (Agência Nacional de Transportes Terrestres) informou que: “Trata-se de relação trabalhista entre a Concessionária e empreiteira, da qual a ANTT não é parte. A concessionária informou que está dando prioridade ao assunto. Conforme prevê o 12º Termo Aditivo ao contrato PG 138/95-00, firmado entre a ANTT e a Companhia de Concessão Rodoviária Juiz de Fora – Rio – CONCER, o primeiro  aporte de recursos que será efetuado pelo Poder concedente visando reequilibrar o contrato em razão das obras da nova subida da Serra de Petrópolis foi calculado considerando que a execução da obra será avaliada em 30/11/2014 e o aporte até 31/12/2014, logo não há que se falar em atraso de repasses”.

Até o fechamento desta edição a Concer não se manifestou sobre o assunto.




 

 

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