Custo dos engarrafamentos pode chegar a R$ 40 bi em 2022 na RMRJ
Data: 23/09/2014
Custo dos engarrafamentos pode chegar a R$ 40 bi em 2022 na Região Metropolitana do Rio de Janeiro
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Para reflexão...
"Toda solução de infraestrutura tem prazo de validade. Ele pode ser maior ou menor. As cidades são organismos vivos. A diferença é que, ao unir uma solução de infraestrutura com o reordenamento urbano, o prazo aumenta e a distribuição das viagens melhora”, explicou Rodrigues. Só construir não resolve. E só planejar também não”.
O alerta acima foi feito pelo economista e especialista em competitividade Industrial e Investimentos da Firjan, Riley Rodrigues de Oliveira, em reunião do CE de Logística e Transporte da Associação Comercial do Rio de Janeiro em 16/9, após a divulgação de estudo que mostra perdas de R$ 29 bilhões no ano passado devido ao problema.
“A solução definitiva é mudar a forma como a cidade se comporta. É preciso incentivar investimentos geradores de emprego em regiões com pouca oferta de trabalho e geradores de ocupação habitacional em locais com pouca gente morando. Temos que equilibrar a cidade”, afirmou.
Para Riley Rodrigues, a pouca oferta de saúde, educação e, principalmente, empregos na Baixada Fluminense e nas zonas ao redor do Centro do Rio são os principais causadores deste tráfego excessivo. As poucas opções nestas áreas levam a maior parte de seus moradores à capital do estado, que sente em suas ruas os reflexos da chegada massiva de pessoas vindas simultaneamente de vários lugares.
Obras como os corredores expressos BRT e BRS serviriam para aliviar o trânsito carioca a curto prazo. Segundo o especialista da Firjan, a previsão é que haja uma queda nos congestionamentos em 2014 e 2015. Mas, a partir de 2016, a tendência é de retorno das altas no tráfego. De acordo com ele, o ideal seria aproveitar este espaço de tempo para iniciar projetos de reordenamento urbano.
“Toda solução de infraestrutura tem prazo de validade. Ele pode ser maior ou menor. As cidades são organismos vivos. A diferença é que, ao unir uma solução de infraestrutura com o reordenamento urbano, o prazo aumenta e a distribuição das viagens melhora”, explicou Rodrigues. “Só construir não resolve. E só planejar, também não”, concluiu.
Os custos com engarrafamentos podem ser imperceptíveis individualmente. Mas em uma região metropolitana com 12 milhões de habitantes, a perda de tempo dos trabalhadores e os gastos com combustível dos veículos provocados por problemas de mobilidade urbana geram não apenas impactos imediatos à sociedade, como também causam estagnação e queda no crescimento potencial das cidades envolvidas.
“Problemas de mobilidade restringem a expansão econômica. Ao afastar investimentos, a oferta de empregos cai e o crescimento socioeconômico é reduzido”, alertou o economista.
Antonio Pastori - Ferroviarista & Pesquisador