Volta do Trem para Petrópolis: reativação pode exigir um investimento de até R$ 70 milhões
Data: 17/07/2014
Prezadas/os
O projeto do do Trem Expresso Imperial ganha novo gás. Veja, abaixo, a matéria que saiu na Tribuna de Petrópolis e, em anexo, o oportuno ofício da OAB ao Prefeito de Petrópolis clamando por medidas para efetivação do projeto.
Quanto a atualização/ampliação do Orçamento mencionado na matéria, vou fazê-lo por trechos específicos dos "CAMINHOS DO IMPERADOR" : Serra da Estrela, Baixada, Travessia de Barcas, etc., e devo apresenta-lo na próxima reunião do GATMU/FPP.
Aos simpatizantes da ideia, pedimos que assinem nosso MANIFESTO (veja uma mostra dos depoimentos no arquivo anexado), que conta com mais de 4.000 assinaturas, disponível em:
Agradecido pela atenção,
Antonio Pastori - Coordenador do GATMU/FPP
Volta do Trem para Petrópolis: reativação pode exigir um investimento de até R$ 70 milhões
Tribuna de Petrópolis, quinta-feira, 17/07/2014

O Grupo de Amigos do Trem e Mobilidade Urbana (GAT-MU) decidiu preparar orçamento completo para a reativação da linha férrea, incluindo barcas.
O projeto de reativação da Estrada de Ferro Príncipe do Grão Pará ainda não tem perspectiva para sair do papel. A fim de ampliar o projeto, o Grupo de Amigos do Trem e Mobilidade Urbana (GAT-MU) resolveu fazer um orçamento mais amplo, englobando o trecho de trilhos, que compreende a Vila de Inhomirim até a Estrada de Ferro Mauá (49 quilômetros) e também a ligação até a Vila de Pacobaíba (mais 16 quilômetros), totalizando mais 65 quilômetros. Na ideia inicial é prevista apenas a reativação da estrada férrea entre a Serra da Estrela e a Vila de Inhomirim, onde seriam necessários R$ 70 milhões, incluindo as desapropriações de aproximadamente 300 famílias, que ocuparam o trecho onde passa a ferrovia.
A ideia foi levantada ontem durante a reunião do GAT-MU, grupo vinculado à Frente Pró-Petrópolis (FPP), que aconteceu na sede da Firjan e discutiu outros assuntos referentes à mobilidade urbana na cidade e também a construção da nova pista de subida da serra.
Para o ferroviarista e pesquisador Antônio Pastori, se não houver vontade política o projeto de reativação não vai sair do papel. “Para o turismo seria fantástico. Hoje, somos reféns da BR-040 e mesmo com a nova pista de subida vamos continuar oferecendo apenas um modal de acesso”, disse ele, lembrando que a cidade não foi aprovada como subsede das Olimpíadas justamente por só ter uma alternativa para deslocamento, que é por meio do transporte rodoviário. Entre os muitos benefícios da reativação, ele destaca o deslocamento de parte das pessoas para o Alto da Serra, movimentando não só o bairro como o polo de moda da Rua Teresa.
Sobre o novo projeto, ele destacou que vai levantar, além dos custos para reativar a ferrovia e colocar os Veículos Leves sobre Trilhos (VLT) em funcionamento, o valor para o funcionamento de barcas ligando a Vila de Pacobaíba à Praça XV.
Pastori acredita que a engenharia de uma obra deste porte demora cerca de um ano. Porém, a parte burocrática o deixa menos otimista. “Para as Olimpíadas acho um pouco difícil que seja concretizado a tempo”, declarou.
A revitalização da Estrada de Ferro Príncipe do Grão-Pará vem sendo discutida há 5 anos e prevê o resgate da primeira ferrovia instalada no país, com o objetivo de auxiliar a questão de mobilidade na cidade, representando uma alternativa para quem precisa ir e voltar do Rio diariamente e também visa ao resgate cultural daquele trecho.
Mobilidade Urbana
Paulo Martins, Secretário Geral do Instituto Philippe Guédon Pró Gestão Participativa (IPGP), falou sobre o Plano de Mobilidade Urbana que deve ser entregue até abril do próximo ano. Uma comissão para tratar do assunto está sendo criada, em fase de indicação, e irá envolver 14 pessoas da sociedade civil e do governo municipal. Ele lembrou que durante a Conferência das Cidades, que aconteceu em março deste ano, foram retiradas 20 propostas, que devem compor o plano. Além de outras 10 que foram enviadas por meio da internet. “É importante ressaltar que as obras melhoram a fluidez do tráfego, mas é apenas uma parte do plano”, comentou Paulo, referindo-se ao convênio entre o governo municipal e a Caixa Econômica Federal de R$ 42 milhões para intervenções nos bairros Quitandinha, Bingen, o trecho das Duas Pontes e a reforma do terminal rodoviário do Centro.
Na ocasião, José Luiz D´Amico da Casa D´Itália destacou a importância da mobilidade urbana. “Existe um consenso entre as cidades que afirma que o que mais impacta no desenvolvimento delas é a questão da mobilidade”, concluiu.
Aline Rickly
Redação Tribuna