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  Inovação, sustentabilidade e energia solar na Serra da Tiririca

Data: 15/06/2014

 

 

Inovação, sustentabilidade e energia solar na Serra da Tiririca

Por: Patricia Vivas - O Fluminense em 15/06/2014

 

Ao todo, 17 pessoas se mobilizaram para realizar a instalação dos painéis solares na residência. Foto: Divulgação

Ao todo 17 pessoas se mobilizaram para realizar a instalação dos painéis solares na residência. Foto: divulgação.

Voluntários instalam em casa placas solares com capacidade de fornecer o necessário para consumo de uma família com quatro pessoas. Trabalho foi um pontapé inicial no projeto.

 

Os jovens que participam do Projeto Quilombo Solar instalaram neste sábado o sistema de placas solares na casa de um membro tradicional da Comunidade Quilombo do Grotão. O trabalho foi um pontapé inicial no projeto, que visa chamar a atenção das autoridades e da população para a energia solar e mostrar que a opção é economicamente viável. As placas têm capacidade de fornecer 120 kWh/mês, o necessário para o consumo médio de uma família de quatro pessoas. A vida útil dos equipamentos usados, orçados em R$ 10 mil, é de cerca de 10 anos.

No total, 17 pessoas se mobilizaram para realizar a instalação, sendo 12 moradores da comunidade, e cinco voluntários do Greenpeace-RJ. A expectativa da coordenadora do projeto, Vânia Stolze, é atingir todas as comunidades tradicionais de Niterói, começando pelas duas localizadas no Parque Estadual da Serra da Tiririca, a Quilombo do Grotão, e o Morro das Andorinhas. 

A primeira casa em que foi instalado o sistema vai servir como laboratório para demonstração de como funciona o sistema para os próximos jovens que estiverem interessados em realizar o curso e aderir ao projeto. O sistema com essas placas solares vai gerar energia para uma casa pequena onde vivem quatro pessoas e vai suprir basicamente toda a necessidade da residência. No entanto, para que a ligação definitiva aconteça, é preciso resolver questões burocráticas.

“O sistema atualmente é ligado à rede elétrica. Ou seja, a instalação aconteceu, mas a parte legal junto à Ampla ainda precisa ser resolvida. Temos o projeto de, futuramente, quando o sistema gerar mais energia que consumir, ser contabilizado o uso pelo relógio da Ampla para que a família possa utilizar a energia depois”, afirmou Vânia. 

O projeto, segundo ela, é de longo prazo e também visa integrar os jovens dentro da comunidade para o mercado de empresas verdes. A energia solar é uma possibilidade de absorver uma mão de obra inexistente em Niterói atualmente, pois na cidade não possui pessoal suficiente para trabalhar com tal tecnologia: “Existe um fundo municipal já aprovado para a instalação de energia solar, mas, infelizmente, ter acesso a esse fundo é muito difícil. Esperamos que esse projeto inicial nos dê direito a esse fundo, para que possamos investir no curso, que ainda não é regular, e por fim, contribuir com uma geração de emprego e renda, com uma possibilidade a mais no mercado de trabalho para os jovens dessas comunidades”.

 




 

 

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