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  Inea vai recuperar túnel do Palatinato e dragar Piabanha

Data: 03/12/2013

 O projeto apresentado pelo Inea à Caixa, no valor de R$ 149.978.202,17, prevê a recuperação do extravasor do Palatinato, a construção de um novo extravasor na Rua 13 de Maio e a substituição de pontos  em Nogueira e Bonsucesso.

Este foi um dos dados apresentados na Câmara Municipal nesta semana, durante reunião promovida pela Comissão de Meio Ambiente, convocada pelo seu presidente, vereador Anderson Juliano, com um representante do Instituto Estadual do Ambiente (Inea). 

Alguns pontos do projeto foram durante criticados por representantes da sociedade civil, como a construção do extravasor na 13 de Maio. Entre os gastos previstos no orçamento está o desvio do Rio Palatinado com melhorias na tomada d´água, no valor de R$ 498.199 milhões, sendo que o projeto prevê melhorias desde o início do rio no Morin. Para melhoria no encontro do Rio Piabanha com o rio do Centro está previsto um gasto de R$ R$ 5.167 milhões e dragagem do Piabanha, no valor de R$ 28.330 milhões. Ainda está previsto um gasto de R$ 880 mil para demolição da barragem no Retiro, que foi criticada pelos representantes da sociedade civil e que ficou de ser revisto pelo Inea. 

A maior polêmica foi em torno do extravasor da 13 de Maio, com a secretária-executiva do Comitê do Rio Piabanha, Rafaela Fachetti, colocando-se totalmente contra o projeto, afirmando que ele vai causar um dano muito grande à região dos distritos por aumentar a velocidade do rio. Na sua opinião, a construção do extravasor vai descaracterizar toda a região, além de colocar em risco o trajeto natural do rio (entre a Catedral e o Palácio de Cristal), que segundo ela pode até secar. 

Para o engenheiro e ambientalista Rolf Dieringer, o Instituto Estadual do Ambiente (Inea) apresenta um projeto quando se propõe a discutir, “mas na verdade vai impor a sua ideia e prejudicar o município, como ocorreu no Vale do Cuiabá”. Na sua avaliação, a construção do extravasor na 13 de Maio é apenas transferir o problema de um ponto para outro e colocar em risco os moradores dos distritos. 

O coordenador de Projetos do Inea, Luiz Renato, defendeu o projeto, afirmando que em momento algum vai aumentar a vazão, concordando apenas quanto ao aumento da velocidade e que medidas serão tomadas para reduzi-la. O representante do Inea explica que o extravasor é importante, pois o rio que vem do Obelisco, passando em frente à Catedral, “faz uma curva para a esquerda e inicia um longo contorno pelo centro da cidade, encontrando-se com o rio Piabanha bem em frente ao Palácio de Cristal. Esse contorno faz com que a declividade seja pequena, proporcionando uma baixa velocidade de escoamento nesse trecho”. Com o extravasor em linha reta, este problema deixa de acontecer. 

Outro projeto que causou polêmica é a construção de uma parede divisória no encontro dos rios Piabanha e o que vem do Centro, permitindo que este encontro aconteça alguns metros à frente. Para a secretária-executiva do Comitê Piabanha, o Inea não pode alterar a margem do rio e nem fazer qualquer obra no local, pois o rio, assim como todo o entorno, é tombado. Para Luiz Renato, se isto não for possível, o Instituto do Patrimônio, Histórico e Artístico Nacional (Iphan) terá que apresentar uma solução.




 

 

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