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  Documentos raros da Grão-Pará, Rio de Janeiro & Nortern, e Leopoldina

Data: 24/10/2013

Foi arrematado num leilão algumas notas fiscais de embarque de mercadorias provenientes da extinta Cia Petropolitana de Tecidos, com os romaneios de produtos embarcados nas estações de Cascatinha e Correas, em direção a Estação Terminal da Prainha, no Rio de Janeiro.

 Disso tudo, hoje temos o seguinte quadro:

1)  A Cia Petropolitana de Tecidos está em ruínas, apesar de funcionar no local um condomínio industrial que descaracteriza em muito o velho imóvel;
2) A Estação Correas foi demolida há muitos anos (1965?)
3) A Estação Cascatinha finciona como  Centro Culturtal Wilma Borsato, em memória aos moradores do Bairro e trabalhadores da Fábrica
4) A estação Prainha esta desativada a anos. O Grande Galpão virou terminal de ônibus, e os  trilhos que davam acesso até Barão de Mauá foram retirados para dar lugar as obras do Porto Maravilha. Até bem pouco tempo havia algumas dezenas de vagões tanque, prancha e hopper, e umas carcaças de velhas locomotivas diesels (vermelhinhas) da RFFSA.
5) por fim, não custa lembrar que a Grão Pará foi adquirida pela Nortern e depois pela Leopoldina, que virou RFFSA em 1957, e em 1996 todas as linhas que ainda existiam passaram para a FCA, que abandonou a maioria dos trechos...

Resta a locomotiva da Cia Petropolitana que pegava as gargas na Estação Cascatinha, Correas e Nogueiras e as levava até a fábrica. A loco foi resgatada do Rio de Janeiro e encontra-se num depósito em Nogueira aguardando verba para reforma e exposição em frente a antiga estação Nogueira, hoje um Centro Cultural com um pequeno acervo ferroviário que recentemente uma aquisição raríssima. Trata-se de uma cédula de vinte pesos uruguaios, emitida pelo Banco Mauá, datada de 1870. Luiz Carlos Veiga, coordenador do Museu do Trem contou como a peça foi adquirida.“Estou sempre em busca de novidades. Tomei conhecimento que a cédula estava em leilão e comuniquei ao grupo de amigos do Museu. Cada um doou um pouquinho e demos o lance que arrematou a nota.”

Há três anos, o Museu do Trem conta com o espaço Barão de Mauá, que reúne artigos relacionados ao principal nome da industrialização no Brasil. Irineu Evangelista de Souza, o Barão (também conhecido como Visconde) de Mauá foi responsável por obras como a Companhia Fluminense de Transporte, o Estabelecimento de Fundição e Estaleiro Ponta D´ Areia, que chegou a ser a maior empresa de fundição do país, e o trecho inicial da União e Indústria, primeira rodovia pavimentada do país, ligando Petrópolis a Juiz de Fora.

O Banco Mauá foi fundado no final da década de 1850 e teve filiais em várias capitais brasileiras e internacionais, entre elas, Montevidéu. “Já tínhamos a réplica de um peso uruguaio em exposição, agora teremos o orgulho de substituí-la por uma cédula original. Só vi uma deste tipo no Museu Imperial”.

A cédula deverá estar em exposição a partir da semana que vem, no Museu do Trem, que fica no Centro Cultural de Nogueira, que funciona de segunda a domingo, das 9h às 18h.

 

 




 

 

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