Petrópolis, 28 de Março de 2024.
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  200 lojas da Rua Teresa fecham as portas

Data: 08/10/2013

 

Cerca de 200 lojas da Rua Teresa fecharam as portas apenas nos dois últimos anos. Segundo informações do Sindicato do Comércio Varejista de Petrópolis (Sicomércio),  a queda nas vendas ainda seria um reflexo das chuvas que atingiram Petrópolis em 2011 e 2013. Desde então, medidas de incentivo estão sendo realizadas para aumentar a lucratividade. Ainda assim, alguns empresários tiveram que fechar as portas e mais de 1.500 trabalhadores foram mandados embora. 

De acordo com o Sicomércio, além da imagem da cidade que ficou abalada após as tragédias, outros problemas também interferem diretamente no setor, como a dificuldade de acesso à cidade, acidentes e falta de manutenção da pista na BR-040, o alto valor cobrado pelos alugueis das lojas e a concorrência dos produtos da china e as das feiras da Baixada Fluminense. 

“São muitos fatores que influenciaram para a situação de hoje. A Rua Teresa já contou com 1.200 lojas, mas atualmente apenas 800 estão em funcionamento. Nós precisamos de mais investimentos na infraestrutura e maior engajamento do poder público. Não adianta fazer publicidade e chamar o consumidor, se não temos como receber as pessoas adequadamente. Para chegar à Rua Teresa enfrentamos grandes congestionamentos e, os turistas, se perdem pelo caminho por falta de sinalização”, explicou o presidente do Sicomércio, Marcelo Fiorini. 

O vice-presidente do Sindicato dos Comerciários de Petrópolis, José Freire Lopes, afirmou que o número de rescisões chegou a 15% nos últimos dois anos. “Nos polos de moda da Rua Teresa e do Bingen, houve diversas demissões, mas essa  situação estagnou, o que é um sinal de melhora já que não há perspectiva de que mais funcionários sejam mandados embora por causa da crise”, declarou.  A expectativa do sindicato é que nos meses de novembro e dezembro hajam contratações temporárias.

Para a Associação da Rua Teresa (Arte) as vendas devem aumentar até 40% neste fim de ano. “Em uma tentativa de atrair novos consumidores nós estamos tentando uma parceria com a Caixa Econômica Federal, para a realização de sorteios de motos e viagens. Se a proposta for aceita, a medida pode começar a valer ainda em novembro”, afirmou Cláudia Pires, presidente da Arte. 

Já para Fiorini, apesar de quase 100 lojas terem aderido a proposta dos sorteios, os empresários ainda estão apreensivos. “Nós esperamos que as vendas melhorem, mas não há previsão de novas contratações, por isso devemos permanecer com o mesmo quadro de funcionários pelo menos até o ano que vem”, disse o presidente do Sicomércio, Marcelo Fiorini. 

 




 

 

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