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  Mudança da praça de pedágio em Santa Cruz está em discussão

Data: 01/10/2013

 

Longe de beneficiar o Distrito Industrial e os moradores de Xerém, a mudança da praça de pedágio na BR-040, na altura de Santa Cruz, visa evitar a perda de receita da empresa que opera a via. A nova praça está sendo construída logo após a entrada de Xerém, já quase na subida da Serra, em função de outra obra que vai mudar os acessos ao Rio: o Arco Metropolitano. A identificação da rota de fuga, pelo perímetro urbano de Caxias, foi decisiva, segundo a própria Agência Nacional de Transportes Terrestres, que regula o setor, para a mudança da praça de pedágio. Para o deputado Bernardo Rossi (PMDB) que está arguindo a ANTT, a preocupação é de não haver recursos disponíveis para a totalidade da nova pista de subida.

-A própria agência em resposta a um ofício que enviei admite que há "tratativas de um termo aditivo" entre União e Concer, ou seja, a obra foi iniciada sem garantias de aporte do governo federal. Hoje, o primeiro lote da nova pista, obras em Caxias e a nova praça estão orçadas em R$ 67 milhões dos R$ 280 milhões que a Concer diz ter em caixa. A nova pista passa de R$ 1 bilhão e não há recursos garantidos para toda a sua extensão", aponta.

O parlamentar acredita que a obra possa sofrer paralisações e atrasos logo após a nova praça de pedágio ser construída. "Fica claro que o interesse imediato é salvar a receita do pedágio com a mudança da praça. Temo pelo comprometimento do restante da obra", aponta.

Uma rota de fuga pelo Arco Rodoviário, na altura de Caxias, quando há um entrocamento com a BR-040 foi visualizada pela Concer e a ANTT. Ela já poderia ser usada em 2014, quando as obras do arco começam a ser finalizadas,

- O primeiro lote das obras da nova pista começou pela praça de pedágio por este motivo. A nova praça fica dois quilômetros mais distante da atual, já chegando na Serra. Durante anos os moradores de Caxias foram prejudicados com a má localização dos guichês de cobrança e agora a nova praça é erguida para que a empresa que administra a rodovia não seja prejudicada", aponta Bernardo Rossi.

O assunto foi debatido na Câmara de Vereadores de Caxias que recebeu a informação, oficial, da ANTT que assume a mudança em função da rota de fuga do pedágio. "Caxias, em especial o distrito industrial de Xerém perdeu, durante esses 17 anos de concessão, empresas e oportunidades que nunca serão ressarcidas. É o risco que corre Petrópolis. Sem a nova pista de subida e com a atual obsoleta, a cidade pode parar no tempo. É preciso garantir que depois da nova praça a obra seja, de fato, realizada", afirma. Bernardo Rossi.

 

Arco Metropolitano

Uma das maiores obras de infraestrutura no Estado, o Arco Metropolitano começa em Manilha e vai até o município de Itaguaí. São 146 quilômetros e ele corta oito municípios. Ele foi idealizado em 1970, mas só começou a ser viabilizado em 2007. São 146 quilômetros de novas pistas que seguirão o mesmo percurso formado pelas rodovias BR-493 e RJ-109. Ligará as cidades de Itaboraí, Guapimirim, Magé, Duque de Caxias, Nova Iguaçu, Japeri, Seropédica e Itaguaí. O Arco faz a conexão dos cinco grandes eixos rodoviários do país com o Porto de Itaguaí.

 




 

 

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