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  Faculdade de Medicina de Petrópolis é vítima de esquema de fraudes e venda de vagas

Data: 05/12/2013

 

A Polícia Civil de Minas Gerais desarticulou, nesta terça-feira (03), uma quadrilha que vendia vagas para cursos de medicina em universidades particulares dos estados do RJ e MG. Entre as vítimas no Rio, são apontadas a Faculdade de Medicina de Petrópolis (FMP/FASE) e o Centro Universitário Serra dos Órgãos (Unifeso), em Teresópolis.

A operação teve início há oito meses, após denúncias feitas por uma universidade na Delegacia Regional de Limoeiro, em Caratinga, no leste de Minas Gerais. Cerca de 180 policiais trabalham para desmembrar a quadrilha, em 17 cidades dos estados do RJ e MG. Um helicóptero e 38 viaturas dão apoio à operação. Um total de 21 mandados de prisão e 32 de busca e apreensão serão cumpridos pela polícia.

As investigações apontaram que a organização criminosa auxiliava o candidato a ingressar ilicitamente no curso de Medicina, cobrando pelo “serviço” valores que variavam entre R$30.000,00 a R$140.000,00, dependendo da modalidade de fraude utilizada. O método podia ser aplicado por meio de telefone celular, ponto eletrônico, vaga direta, terceiros que faziam a prova no lugar do candidato ou até mesmo pela falsificação de históricos escolares.

De acordo com o delegado Fernando Lima, da Delegacia Regional de Caratinga, que coordena a operação, um dos presos atuou na fraude no último vestibular para a Faculdade de Medicina de Petrópolis, por meio de telefone celular. "Um dos membros da quadrilha enviava as respostas da prova, via celular, para o candidato", explicou. As investigações ainda não apontaram se este candidato conseguiu ingressar na instituição. Os nomes já são conhecidos pela polícia.

Ainda de acordo com o delegado, com relação a Unifeso, a quadrilha conseguiu hackear o sistema da empresa responsável pelo vestibular e alterar os nomes dos candidatos aprovados no processo seletivo. 

A Faculdade de Medicina de Petrópolis - Arthur de Sá Earp Neto (FMP/FASE) informou, através de nota, por meio da assessoria de comunicação: "A instituição realiza seus Vestibulares de Medicina há mais de 30 anos pela Fundação Cesgranrio, tendo como critério a transparência, sempre colaborando com a Polícia Federal na identificação de possíveis fraudes." diz a nota.

A Tribuna de Petrópolis tentou contato com a Unifeso, mas até o momento do fechamento dessa matéria, não obteve resposta.

 




 

 

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