Petrópolis, 18 de Abril de 2024.
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  Cemitérios: 25 mil visitantes esperados

Data: 31/10/2013

 

 Cerca de 25 mil pessoas estão sendo esperadas nos sete cemitérios municipais da cidade no Dia de Finados. Ações de limpeza, pintura, capina e roçada estão sendo intensificadas e todos os locais estarão prontos para receber o público. No cemitério do centro, uma missa campal com o bispo Dom Gregório Paixão está marcada para as 10h.

De acordo com o secretário de Administração, Henrique Manzani, todos os funcionários dos cemitérios estão empenhados nos trabalhos. “Os cemitérios da cidade recebem manutenção durante os doze meses, mas para o feriado de Finados trabalhamos de forma mais intensa, com o objetivo de melhorar ainda mais o aspecto dos cemitérios. Isso porque é um dia em que milhares de famílias levam as suas homenagens, como flores e orações em memória daqueles que já se foram”, diz o secretário. Ele lembra, no entanto, que não se deve deixar nos túmulos objetos e vasilhas que acumulem água e sirvam de criadouro para o mosquito transmissor da dengue.

Entre todas as ações de limpeza, segundo o Coordenador dos Cemitérios, Ulisses Sampaio, apenas para a pintura foram utilizadas duas toneladas de cal, o que corresponde quase à metade do material utilizado durante todo o ano, quando são usados cerca de cinco mil quilos do produto. “Começamos o trabalho há cerca de dois meses para garantir que esteja tudo pronto no dia 2 de novembro”, salientou.

No Dia de Finados, todos os servidores que atuam nos cemitérios estarão de plantão para o atendimento ao público, inclusive para o auxílio dos visitantes e localização dos túmulos. “Toda a estrutura, como segurança, banheiros químicos e trânsito já foram planejadas”, disse Sampaio, lembrando que a Rua Fabrício de Mattos estará fechada e uma van garantirá a acessibilidade de idosos e pessoas com deficiência na via. O veículo para ao transporte vai ficar próximo à Praça Oswaldo Cruz.

Petrópolis possui sete cemitérios municipais da cidade (Centro, Itaipava, Vale das Videiras, Secretário, Brejal, Gabiru e Quarteirão Worm). Os principais são o do Centro (com 8.120 sepulturas, 2.606 gavetas, 2.083 ossários, 1.500 covas rasas, 937 ossários perpétuos, 76 mausoléus e 34 carneiras) e o de Itaipava (com 1.427 sepulturas, 300 covas rasas, 298 ossários, 186 gavetas, 26 sepulturas públicas, 22 ossários perpétuos e um mausoléu).

 

Família denuncia roubo em túmulo

Com a chegada do Dia de Finados, muitos petropolitanos têm se deparado com túmulos mal cuidados e campas violadas. Esse é o caso da secretária Carmem Lúcia Alves, que, em agosto, foi comunicada por um funcionário do Cemitério Municipal do Centro que a campa onde estão enterradas a avó e a irmã estava sem a tampa original. O objeto custou cerca de R$ 3 mil. De acordo com Carmem, a direção do local foi acionada mas até hoje nada foi resolvido.

A tampa roubada havia sido comprada no ano passado, quando a campa foi reformada. Depois de ser informada sobre o ocorrido, ela descobriu que uma tampa velha foi colocada no lugar. “A campa está localizada bem no centro do cemitério, então é um local de bastante movimento, eu não entendo como ninguém viu isso acontecer”, reclamou.

Além da indignação do furto, Carmem e o marido, Jorge da Rocha Pessoa, ficaram surpresos com o descaso da direção do cemitério com relação ao problema. “Nós procuramos todos os responsáveis e, desde agosto, nada foi feito. Já estamos no fim do ano e, para piorar, o Dia de Finados é neste sábado. Ainda não contamos para a minha sogra o que aconteceu, ela mora em Minas Gerais e vem pra cá só para visitar o túmulo da mãe e da filha. Eu não sei mais o que fazer. Isso é um absurdo!”, contou Jorge.

“Em agosto, quando fomos avisados que a campa foi violada, reclamamos com a direção do cemitério. Eles chegaram a insinuar que nós estávamos mentindo sobre a troca das tampas. Isso porque o objeto é pesado e não poderia ser transportado por apenas uma pessoa. Que é pesado nós sabemos, o fato é que temos a nota para provar a reforma de toda a campa, e queremos que alguma providência seja tomada”, disse Carmem, indignada. 

Na semana passada, a direção do cemitério foi procurada novamente e informou que o problema só seria estudado após o Dia de Finados. “O diretor de lá me disse que depois dessa semana eles iam tentar entender o que aconteceu, mas tinha que esperar um pouco porque a equipe estava muito ocupada fazendo a limpeza para receber os visitantes durante essa semana. Eu até entendo o ponto de vista deles, mas, e para a minha família, como fica a data?”, contestou Jorge.

Carmem se diz inconformada com o que aconteceu, e suspeita que os próprios funcionários do cemitério possam estar envolvidos no furto. “Eu não tenho provas de nada, por isso não vou acusar ninguém, mas devem ser pessoas lá de dentro, porque uma coisa dessas não passa desapercebida. Quem vai furtar uma tampa não coloca outra no lugar por solidariedade.”, questionou.

A direção do Cemitério Municipal do Centro informou que a família deve registrar a queixa do roubo no Protocolo Geral da Prefeitura, localizado na Rua da Imperatriz, nº 264, no Centro (ao lado do Hotel Casablanca).




 

 

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