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  Aumento do número de agressões a crianças preocupa Conselho Tutelar

Data: 24/10/2013

 

 

O conselho tutelar afirma que os casos de agressão contra crianças tem aumentado bastante na cidade, e alerta para que as pessoas denunciem o crime. 

Na última terça-feira (22), um caso envolvendo uma família de classe média chocou os conselheiros da unidade de Itaipava. Um menino de 9 anos foi agredido com um fio de telefone. Além de levar também socos no rosto. Depois de exame de corpo de delito, o caso foi registrado na 106ª Delegacia Policial e a criança encaminhada à Vara da Infância. A mãe perdeu a guarda do menino.

A responsável pela criança foi denunciada ao Conselho Tutelar de Itaipava, pela agressão que deixou a criança com várias marcas causadas por fios de telefone, principalmente nos braços e pernas, além da marca de um soco desferido contra o rosto da criança. Segundo o conselheiro tutelar Rafael Soares, que acompanha o caso, o crime chocou os membros do conselho. “Quando vi a criança cheguei a chorar. E o pior, é que a criança nos relatou que esta foi a terceira vez que sofreu uma surra. Na primeira, teria sido agredida com uma borracha. Na segunda, com um cinto”, relata o conselheiro.

Depois de ouvir os pais das criança, o Conselho Tutelar encaminhou o menor para o Instituto Médico Legal – IML, onde foi feito o exame de corpo de delito. “Depois registramos o caso na delegacia e no dia seguinte encaminhamos a criança para a Vara da Infância, onde o juiz determinou que a guarda da criança deveria ficar com a a avó”, explica.

Rafael relata ainda que o crime de agressão contra as crianças é mais comum do que se imagina e lidera o ranking de registros no conselho tutelar. “Supera os casos de abusos sexuais, que também são comuns. Mas os números poderiam ser ainda mais expressivos se houvessem mais denúncias. No caso dessa semana, a denúncia só aconteceu após a terceira agressão. Muitas vezes os pais exageram na correção, que vira agressão e as pessoas tem medo de intervir, de denunciar”, afirma.

Ainda de acordo com o conselheiro, os casos não se restringem às famílias que vivem em comunidades carentes. “É comum recebermos crianças oriundas de famílias de classe média. Não é uma questão de informação, mas que resulta da dificuldade de educar dos próprios pais”, salienta.




 

 

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