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  Praça da Liberdade longe de ser área para as crianças

Data: 10/03/2012

  Quase três meses depois de receber parecer positivo por parte do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), o projeto de revitalização da Praça da Liberdade – que prevê investimentos da ordem de R$ 500 mil em recursos federais – ainda não tem data prevista para sair do papel. Principal espaço de lazer para crianças na área central da cidade, a praça é frequentada por famílias e é umas das principais opções de diversão de dezenas de crianças nos dias de verão, mas pais que frequentam o local precisam redobrar a atenção por conta dos riscos à segurança dos pequenos. Os perigos começam pelo piso irregular em todos os caminhos que cortam a praça, passam pelos brinquedos quebrados no parquinho, e ficam ainda maiores próximo à ponte de acesso ao Rink Marowill. 

Ao lado da ponte de pedestres, o gradil em torno do rio foi retirado e apenas um pequeno canteiro impede o acesso à margem, que tem quatro metros de altura.  “Se uma criança, ou até mesmo um adulto, tropeçar ali, pode cair dentro do rio. Um acidente grave pode acontecer aqui. Não dá pra desgrudar os olhos das crianças, uma queda ali pode ser fatal”, alerta André de Castro, que redobra a atenção quando leva a filha de quatro anos para brincar na Praça da Liberdade.
No parquinho, a falta de telhado na casinha chama atenção à primeira vista, mas com um olhar mais atento é possível perceber outros perigos. A ponte com piso de madeira que dá acesso à parte do escorregador – com cerca de um metro e meio de altura – tem uma falha onde as crianças mais distraídas podem cair. “Minha filha estava brincando ali, nós não vimos e ela caiu naquele buraco. Por sorte ela não se machucou, mas levou um susto. Estou certo de que o mesmo acontece com outras crianças. Está muito perigoso aquilo”, lembra André. Ainda no parquinho, é possível ver outros brinquedos quebrados.
A presença de animais que fazem suas necessidades dentro da área do parquinho também é alvo de críticas por parte dos pais. Letícia Senna, por exemplo, optou por não levar mais o filho Lucas, de 4 anos, para se divertir na Praça da Liberdade. “As crianças gostam de brincar no chão e aquela areia do parquinho é muito suja, é contaminada pelas fezes e urina dos animais, não tem condições de deixar a criança brincar ali, por isso eu prefiro procurar outras opções de lazer”, disse.
Em toda a extensão da praça, é visível a necessidade de reparos em luminárias, postes e mesmo monumentos, que estão danificados. 
A Prefeitura não informou o que está sendo feito para agilizar o início das obras. A Praça da Liberdade é tombada e o parecer positivo ao projeto para as obras foi emitido pelo Iphan em 16 de dezembro. O projeto inicial  passou por adequações após a primeira avaliação do órgão federal, no início do ano passado. A primeira versão do projeto, que previa intervenções bastante significativas, foi avaliada pelo Iphan no início de 2011. De 10 pontos de intervenção apresentados pelo município, cinco foram embargados pelo órgão. Outros cinco dependiam de adequações para ser permitidos. As adequações deveriam ser feitas em relação ao piso, ao paisagismo,  ao coreto, que na versão original deveria ter os jardins de seu entorno rebaixados, ao mobiliário urbano e à drenagem pluvial.
Os recursos para as obras são fruto de uma emenda parlamentar apresentada em 2009 pelo deputado federal Hugo Leal. O pré-projeto de requalificação da Praça da Liberdade foi encaminhado pela primeira vez ao Iphan em dezembro de 2010. A avaliação foi feita por técnicos do escritório regional e também do Rio de Janeiro.

JAQUELINE RIBEIRO
Redação Tribuna



 

 

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