Petrópolis, 19 de Abril de 2024.
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  FPP: PAUTA da reunião prevista para 08.MAIO.2018: 18:00-20:00 h (OAB)

Data: 22/04/2018

 

FRENTE PRÓ-PETRÓPOLIS: FPP

PAUTA da reunião de terça-feira, 08.Maio.2018, das 18:00 às 20:00 horas

OAB - Rua Mal. Deodoro, 229, auditório 3º andar (acesso por escadas e elevador)

Contatos: phiguedon@gmail.com / dadosmunicipais@gmail.com

           

ESTA PAUTA ESTÁ SENDO REMETIDA COM GRANDE ANTECIPAÇÃO, PARA QUE CADA PÁRTICIPANTE POSSA LER A PROPOSTA REFERENTE AO PLANO ESTRATÉGICO E MEDITAR SOBRE ELA, AMADURECENDO OS SEUS COMENTÁRIOS, PROPOSTAS OU CRÍTICAS. SÓ ASSIM A NOSSA REUNIÃO DO DIA 08, NO QUE TANGE À FPP E AO PE, SERÁ PLENAMENTE BEM SUCEDIDA. COLARAÇÕES ESCRITAS EMTREGUES NA HORA OU REMETIDAS POR EMAIL FACILITARÃO MUITO O TRABALHO DE INCORPORAÇÃO. OBRIGADO.

 

I – PRESENÇAS REGISTRADAS E DATAS DAS PRÓXIMAS REUNIÕES

 

01 - Ausências justificadas:...

 

02 – Presenças:...                                                                                                            

03 - Calendário das próximas reuniões da FPP na OAB Petrópolis, 1ª terça do mês, das 18 às 20 horas.

Mai – 08 (devido ao feriado de 1º de Maio)

Jun – 05

Jul – 03

 

04 – Pesquisa de Opinião: Fomos recebidos de modo fidalgo tanto pela FIRJAN quanto pela OAB. À vista das reuniões feitas, na FIRJAN das 09 às 12 da 1º terça do mês, e na OAB, das 18 às 20 h do mesmo dia, você já se sentiria apto para informar qual horário e qual local melhor lhe atendem? O nosso objetivo é ver o número de presentes crescer. Respostas para phiguedon@gmail.com. Obrigado.

 

NOSSO SISTEMA DE PARTICIPAÇÃO INDEPENDENTE COMPREENDE A FPP, O DADOSMUNICIPAIS, O BRADO E O IPGPar. E VAI GERAR O OBSERVATÓRIO SOCIAL OSPetro   e O INSTITUTO KOELER. PARTICIPE E USE.

 

II – IPGPar, Dados, O BRADO, OSPetro, FPP

 

01 – IPGPar 

Exposição por Sílvia Guedon, Cleveland Jones, Renato Araújo e Ramiro Farjalla.               

“Prezados,

O INSTITUTO PRÓ-GESTÃO PARTICIPATIVA - IPGPar convida para a mesa redonda sobre o tema "Cidadania Participativa: Candidatura Avulsa em Discussão" a ser realizada no dia 27 de abril de 2018 (sexta feira), das 18:30 às 21 horas, no Plenário da Câmara Municipal de Petrópolis, no 2º andar, na Praça Visc. de Mauá, 89 - Centro, Petrópolis - RJ, 25685-380 

Objetivo do evento: promover a participação social nas questões que afetam o cotidiano dos cidadãos e eleitores na vida em sociedade, sobretudo na busca do desenvolvimento econômico-social e da qualidade de vida na cidade, cuja mesa redonda será composta por Philippe Guédon, Philippe Chaves Guedon, Yuri Moura, Douglas Prado e Lauro Barretto, na qualidade de palestrantes, que contarão com a presença de estudantes, professores e profissionais de diversas áreas, inclusive da área jurídica, para que contribuam com o debate.

Para dar início à temática, o IPGPar apresentará o vídeo do renomado advogado, Dr. Modesto Carvalhosa, sobre “Candidatura Avulsa”, tendo em vista que se trata de uma autoridade no assunto.

E-mail de contato: ipgpar@gmail.com

Podem fazer ampla divulgação.

Atenciosamente,

Ramiro Farjalla Ferreira

Membro-Diretor

IPGPar – Instituto Pró Gestão Participativa

www.ipgpar.org

farjalla.ramiro@gmail.com

Cel: (24) 99972-0797

 

02 – O BRADO                                                                                                               

Aos cuidados de Renato Araújo.

 

03 – OSPetro                                                                                                                          

Aos cuidados de Carlos Alvarães, Jonny Klemperer, Tiago Ferreira.

 

04 – FPP                                                                   

Plano estratégico.

Na reunião de abril perguntamos se a elaboração do Plano Estratégico, a ser elaborado pelos mais significativos segmentos da Comunidade de Petrópolis que soubermos contatar e interessar pelo tema, mereceria ser visto como uma das linhas-força das atividades da FPP; e recebemos uma resposta positiva sem registro de comentários em contrário. A partir dessa aquiescência, ficou acertado que apresentaríamos, para 8 de maio,  uma sugestão de Programa de Trabalho para a  elaboração do Plano Estratégico, o que apresentamos a seguir. Será assunto único a ser abordado pela FPP no dia 08.05 até por sua relevância; pedimos que o tema seja objeto de especial reflexão visto que, a nosso sentir, é o cabo da alavanca que pode mudar a pasmaceira na qual mergulharam Petrópolis. No meu caso pessoal, seria uma bela despedida da inglória luta pelo respeito à gestão participativa ridicularizada pelos partidos dominantes; em verdade, não arrisco muito, senão uma saída de cena um pouco mais precoce.

 

ELABORAÇÃO DO PLANO ESTRATÉGICO (PE) DE PETRÓPOLIS

 

I – LEMA

O povo de Petrópolis busca, como objetivo maior de seu Plano Estratégico, a igualdade de oportunidades para todos os habitantes do Município e em todas as vertentes que compõem as vidas de cada um. A partir da igualdade de oportunidades, que a meritocracia proporcione a cada um as condições de dignidade que lhe cabem como munícipe.

 

II – ORÇAMENTO  E PRAZO DE VIGÊNCIA

O nosso Orçamento para os trabalhos de mobilização social, identificação e reunião de dados, elaboração do Plano Estratégico (PE) e acolhida final em assembléia geral, necessita ser igual a zero no início dos trabalhos, dada a inexistência de previsão de verbas minimamente substanciais. Possivelmente, conseguiremos fontes de recursos durante o período de trabalho, mas o povo de Petrópolis não pode se dar ao luxo de aguardar conjuntura favorável para desenvolver a tarefa essencial de definir A PETRÓPOLIS QUE QUEREMOS dentro de 20 (vinte) anos, com revisões quadrienais e adequação ao novo horizonte, sempre duas décadas adiante. Temos que dispor do documento bem antes das Convenções partidárias de junho de 2020. Neste meio tempo, continuaremos a viver sob as propostas de “planos de governo” que desconhecem o passado sob as bandeiras de “inimigos” e pretendem inaugurar uma Nova Era inspirada pelo Grande Líder oriundo do Grande Partido, embora estejam fadados pela lógica eleitoral a não irem além do quadriênio do mandato, após o qual assumirão, por sua vez, o papel de “heranças malditas”. Nem mesmo serão lembrados na transição, pois é sabido que NENHUM prefeito cumpriu ou cobrou o cumprimento do art. 79 da Lei Orgânica.  Alguém se lembra dos planos de Rubens Bomtempo ou de Paulo Mustrangi? Neste momento, prevendo o término dos trabalhos no 1º trimestre de 2020, o primeiro PE de Petrópolis cobrirá o período de 2021 a 2040.

 

III – PARTICIPANTES DO TRABALHO E PARCERIA COM O PODER PÚBLICO

Entendemos inviável, hoje, a participação formal com os Poderes Públicos de Petrópolis para a elaboração do PE, dados três fatores essenciais: a) o silêncio do Sr. Prefeito ao não responder às nossas correspondências, em particular sobre o Instituto Koeler; b) a inaceitável prevalência do “plano de Governo” sem base legal sobre o plano diretor, e a ótica de ser aquele citado como  fonte da dimensão estratégica do PPA em curso (ver texto do PPA).d) acresce que Planos Estratégicos com horizonte vinte anos adiante cobrem 5 (cinco) Governos, e somente o povo, de quem emana todo o poder, tem condições para liderar e proceder à sua elaboração.

O PE será elaborado pela FPP, cuja Coordenação e Plenário são abertos aos cidadãos/ cidadãs de boa vontade, sem exclusões enquanto atenderem ao nosso RI, e exercerão o papel de órgãos colegiados normativos, apoiados no que for acordado pelo IPGPar, nosso “braço formal”, e tendo por núcleo operacional o Secretariado Participativo inspirado no “Shadow Cabinet” britânico. 

Sendo desnecessário detalharmos o modo de trabalho da FPP (pois dispõe de um RI), examinemos o Secretariado Participativo. O SP será constituído por um Coordenador A e um Coordenador A Adjunto, que cuidarão das atribuições do Prefeito e Vice Prefeito; teremos, também o Coordenador B, que observará as responsabilidades do Presidente da Câmara; os três constituirão a Coordenação Executiva do Secretariado Participativo. O SP compreenderá as seguintes áreas, entre as quais se dividirão os esforços, e que resultam de uma atribuição mais concentrada das áreas de responsabilidade de todas as secretarias, antecipando a inevitável grande revisão da estrutura das PMP e CMP que deverá ter lugar tão brevemente quanto possível:                                                                   01 – Câmara, correspondendo à Câmara atual (UO 01);

10 – Sec. de Assessoria Direta ao Prefeito (inclui 10 Gabinete do Prefeito;

11 – Procuradoria Geral (e 12 Controladoria Geral do Município);

13 – Sec. de Planejamento e Orçamento (13, Coordenadoria atual - parte);

14 – Sec. de Administração, Licitações, RH e Previdência (inclui 14 Secretaria de Administração e RH, e 31, INPAS);

15 – Secretaria de Fazenda (15);

16 – Secretaria de Educação (16);

17 – Sec. de Desenvolvimento Econômico (17);

18 – Saúde (18 Secretaria de Saúde e SEHAC Alcides Carneiro);

19 – Sec. de Obras, Hab, Reg. Fundiário (19);

20 – Assistência Social e Trabalho (20);

21 – Segurança Pública e Mobilidade (21 Sec. de Serviços, Segurança e Obras Públicas, e CPTrans);

23 – Meio Ambiente (23 Sec. de Meio Ambiente, e 26, Sec. de Defesa Civil e Ações Voluntárias);

24 – Instituto Cultura, Esporte e Turismo (24 Inst. Mun. de Cultura e Esporte, e 25 Sec. de Turismo);

27 – INK e Gestão Participativa (13 Coord. De Planejamento e Gestão Estratégica - parte);

00 – COMDEP.

(Total de apenas quinze Unidades Orçamentárias)

Teremos, portanto, 15 (quinze) Unidades Orçamentárias a merecer, cada uma um Animador A e outro, B, cumprindo os papéis de Secretário e Sub-Secretário (pois as atividades da militância devem respeitar as limitações de tempo individuais dos voluntários, advindas do exercício de suas atividades profissionais). Cada Unidade Orçamentária contará com a ativa participação de quantos desejem participar da elaboração das metas e etapas de sua pasta virtual. O propósito é congregarmos dezenas ou centenas de voluntários ajudando com seus conhecimentos e talentos na formulação dos programas de sua UO. Nunca devemos esquecer que atuamos sob o lema da gestão participativa e todo cidadão/ã tem o direito de contribuir; quantos mais formos, melhor poderemos influenciar nas próximas eleições municipais, revertendo a submissão a mini-planos “eternos”, formulados a portas fechadas pelos mesmos partidos que já nos impõem os seus candidatos, e colocando as coisas em seus devidos lugares: todo o poder emana do povo, que elege ADMINISTRADORES para a execução da etapa do cumprimento de sua vontade soberana. Não é impossível que, até lá, o STF tenha acolhido os candidatos avulsos, revolucionando a vida municipal e implodindo o monopólio partidário de indicação de candidatos a prefeitos e vereadores.

 

IV – DOCUMENTOS DE BASE

01 – Diagnóstico e Plano Diretor de Petrópolis (2014)

02 – Biblioteca Participativa sob a guarda do CAALL (Maria Helena Arrochellas)

03 – Leis do Sistema Orçamentário em vigor e anteriores

04 – Leis Complementares ao PD

05 – Plano de Áreas de Risco de Petrópolis (Theopratique)

06 – Planos Setoriais

07 – Estrutura da PMP e da CMP (Leis vigentes e Leis de 1.989 e 1990, de Gratacós e Fiorini, excelentes modelos)

08 – Censo dos RH da PMP e CMP completos, inclusive terceirizados e inativos: requerer dados atuais e consultar os arquivos da FPP, os mais ricos de Petrópolis)

09 – Relatório Anual mais recente do Atuário do INPAS (hoje, 31.12.2016) e consultar quadros (Anexo VI) das LDOs (Déficits financeiros Previdenciários)

10 – DO da PMP (coleções disponíveis no Portal PMP e na Biblioteca Gabriela Mistral).

11 – Matérias Oficiais da CMP (Tribuna de Petrópolis), Biblioteca G. Mistral.

12 – Balanços da PMP, COMDEP, SEHAC, CPTrans publicados em jornais e datas incertos e não sabidos).

13 – Contratos de serviços concedidos ou terceirizados

14 – Relação dos mapas atualizados (inc. georeferenciados) em escala padrão e mapas e fotos Google

15 – Planta de Valores Imobiliários (deve ser atualizada para o IPTU de 2019, visto o rombo da ordem de 1 bilhão).

16 – Cópia da documentação prevista pelo art. 79 da LOM que a Câmara tinha a obrigação de exigir;

17 – Portal Dados Municipais;

18 – Arquivos da FPP (Tomos de atas) no Portal Dadosmunicipais;

19 - Outros

 

V – CADASTRO DAS ENTIDADES PETROPOLITANAS

01 – Associações de Moradores

02 – Organizações comunitárias de inspiração religiosa

03 – Sindicatos

04 – Associações de Classe e Entidades empresariais

05 – Partidos políticos

06 – Universidades e Instituições de Ensino Técnico

07 – Diretórios Acadêmicos

08 – Organizações Sociais

09 – Entidades participativas

10 – Academias e Clubes de Serviços

11 – Clubes Esportivos e de cultivo de Artes

12 – Organizações Rurais

13 – Conselheiros municipais, representantes da Sociedade Civil

14 – Representações Federais e Estaduais em Petrópolis

15 – Empresas do Comércio, Indústria e Prestação de Serviços

16 – Organizações públicas e privadas de Saúde;

17 – Organizações privadas de Educação;

18 – Entidades Federais e Estaduais que tenham atuação ou presença em Petrópolis;

19 – ONGs. OSCIPs e Cooperativas atuantes em Petrópolis;

 

VI - ABRANGÊNCIA: TERRITORIAL E OPERACIONAL

Todo o território municipal  e as vias que lhe dão acesso; a integralidade das ações que dependem dos dois Poderes Públicos municipais e o relacionamento com os demais Municípios, com os Estados e União.     

 

VII – VALORES

Planejar sem atribuição de valores é optar pelo irreal. Assim, entendemos que o PE precisa ter como ponto de partida os valores e percentuais da LOA de 2018.                                 

01 – Câmara: 3,10%;

10 – Sec. de Assessoria Direta ao Prefeito: 01,30%;

13 – Sec. de Planejamento e Orçamento: 00,40%;

14 – Sec. de Administração, Licitações, RH e Previdência: 14,30%;

15 – Secretaria de Fazenda: 05,90%;

16 – Secretaria de Educação: 24,80%;

17 – Sec. de Desenvolvimento Econômico: 00,35%;

18 – Saúde: 32,50%;

19 – Sec. de Obras, Hab, Reg. Fundiário: 01,80%;

20 – Assistência Social e Trabalho: 02,00%;

21 – Segurança Pública e Mobilidade: 11,35%;

23 – Meio Ambiente: 00,30%;

24 – Instituto Cultura, Esporte e Turismo: 01,35%;

27 – INK e Gestão Participativa: 0,50%;  

00 – COMDEP: 00,05%

Total 100,00%; ordem de grandeza do Orçamento de 1 bilhão

Todos os percentuais, respeitada a legislação que fixa limites impositivos (Educação e Saúde, exemplos básicos) podem ser alterados, respeitando o total de 100%. É muito impreciso raciocinar sobre COMDEP e CPTRans, com valores dispersos entre Secretarias que os repassarão para as Companhias. A FPP já comentou a disparidade de critérios contábeis pelos quais se guiam COMDEP e CPTRans nas LOAs, apenas iguais na falta de transparência e na publicação de seus balanços em datas e mídias desconhecidos (e, neste ponto, a SEHAC se junta às duas; por que evitam todas (Águas do Imperador e outras também) publicar suas contas no DOM? Também desconhecemos a incorporação, total ou parcial, do déficit atuarial, e passivo trabalhista potencial, etc... Sobre a dívida da PMP, o portal da PMP dá algumas informações, a serem completadas com o déficit atuarial (dívida: 766 milhões, déficit atuarial em 2020 de 270 milhões. A nossa dívida em aberto, hoje, já equivale, a grosso modo, a um Orçamento anual; esta constatação já clama por um plano estratégico. Por oportuno, informamos que os déficits atuariais previstos para os próximos anos cresceram entre as LDOs de 2018 e 201, na faixa de assombrosos 13% ao ano, ritmo mais de 4 vezes maior do que a inflação oficial (2,95%) que suportamos no mesmo período. Petrópolis vai ser engolida pelo seu RPPS, e nós ficamos a brincar de “plano de governo”. Só o serviço da dívida, calculado em juros oficiais (6,5 %) conduz a encargos de 65 milhões/ano, número que brada pela atenção da sociedade.

 

VIII – O PE REPARTIDO NO TEMPO                                                                              

Imagino um PE que parta da Realidade Atual, tal como desenhado pela LOA e corrigido nas falhas e lacunas que encontrarmos (como aos já citados déficits atuariais e os dados do art. 79 da LOM que todos os Prefeitos em final e início de mandato recusaram-se a cumprir e a exigir, em absoluta unidade de atitude contra o povo. Pois a publicação imediata dos dados exigidos pela LOM nunca foi atendida e a administração continuou sendo “cosa nostra” (deles) de partidos e políticos contando com a espantosa indiferença dos fiscais da Lei). Precisaremos aprender a lição recebida do Prof. Manoel Ribeiro ao elaborar, com a equipe do Prefeito Mustrangi, o diagnóstico da realidade do momento.Na outra ponta, vinte anos adiante, teremos “a Petrópolis que queremos” ter para morar ao fim de duas décadas de um esforço permanente de prefeitos e vereadores que se vejam como administradores – e não donos – do bem-comum, por um período definido de quatro anos. Em termos de recursos financeiros, para irmos do ponto A ao ponto B, teremos as LOAs de 2018 a 2020, a previsão dos índices de correção monetária e progresso econômico, e a melhor repartição de despesas entre o custeio – que precisa ser reduzido drasticamente, por insuportável - e os investimentos - que precisam evoluir consideravelmente para atingir e manter patamar condizente com as ações que precisamos implementar, também para o proveito da máquina administrativa, mas sobretudo de todo o povo e de todas as localidades, em todos os setores da atuação municipal. Em valores atuais, 20 anos significam uma arrecadação total de 20 bilhões que pode elevar a qualidade de vida e a economia de Petrópolis, ou ser desperdiçada em custeio de máquina excessiva e em prioridades muito mal selecionadas.

Entre as duas pontas, etapas quadrienais correspondentes aos mandatos, que nos permitirão melhor percepção dos esforços a fazer e dos resultados alcançados: 2021-2024; 2025-2028; 2029-2032; 2033-2036 e 2037-2040. Sejam os pontos A (de saída em 01.01.20), as etapas B(31.12.24), C (31.12.28), D (31.12.32), E (31.12.36) e F, final, ponto de chegada do nosso primeiro PE, a ser revisto e avançar a cada quadriênio, mas sem mais ver como herança maldita a experiência que acabarmos de viver.  

O nosso PE tomará pois a forma de uma planilha onde as colunas verticais organizarão os dados anuais e as linhas horizontais registrarão os dados de cada UO. Para chegar a este resumo, já teremos percorrido um longo caminho, UO por UO, e quadriênio por quadriênio, com suas metas anuais detalhadas.

Talvez nem percebamos, assim fazendo, estar a merecer o barrete frígio dos escravos libertos de Roma; pois estaremos passando do papel de massa de manobra dos partidos no processo político-administrativo, para o de seus legítimos protagonistas. Se possível, com a permanente concorrência entre candidatos de partidos e candidatos avulsos, (o que é outra bandeira de luta de nosso Exército de Brancaleone, capaz, neste momento, de produzir mais reflexões do que nossos 35 partidos políticos somados).

 

IX – UM ESQUEMA INICIAL DE TRABALHO                                                                         

Não parece razoável que um pequeno número de militantes – os participantes das reuniões da FPP – adiante-se muito além da revisão dos pontos acima, pois abrir um fosso de informações e decisões em relação ao conjunto da população seria um erro maiúsculo de estratégia: a gestão participativa não se coaduna com um sistema onde a minoria decide e a maioria é informada.  As duas primeiras providências me parecem ser a montagem de um cadastro de entidades e pessoas físicas, tão completo quanto possível, e a remessa de um convite à participação de todos e todas. Em função do número de respostas e da localização dos interessados, o plano de trabalho poderá ser elaborado para desenvolvimento, não mais pelos 12 ou 13 assíduos da FPP, mas por dezenas, ou quem sabe centenas de participantes. Fique claro que o sucesso de nossa empreitada reside neste ponto: se nos contarmos, ao final do trabalho de elaboração do PE, por milhares, se possível por dezenas de milhares (e é possível, já me aconteceu quando do Orçamento Participativo com 27.000 participantes), o povo de Petrópolis será protagonista das próximas eleições municipais de 2.020, mesmo que ainda não tenham sido acolhidas as candidaturas avulsas. Só cantaremos de galo se tivermos retaguarda, as famosas “garrafas vazias” de cacife. Sem o poder dos grandes números, sabemos que a gestão participativa será sempre um mito, mesmo com idéias brilhantes (cito o Instituto Koeler).

Só combateremos a compra de votos se formos um movimento maior que qualquer partido político em Petrópolis. A ética e a qualidade dos propósitos, por si só, não reverterão a situação; temos que evidenciar que o povo pode eleger prefeito e vereadores para tornar os seus projetos realidade. Não é fácil, mas nenhum candidato ao ENEM escolhe a equação que quer resolver.

 

X – INSTRUMENTOS DE TRABALHO

Deveríamos começar por identificar voluntários para a coordenação do Secretariado Participativo, constituindo assim o núcleo inicial de orientação dos trabalhos. Além dos entendimentos iniciais e da motagem de um cronograma detalhado dos primeiros passos, entendo que a principal decisão seja o recurso à internet; a âncora digital deveria traduzir-se por uma janela num de nossos dois portais, o do IPGPar ou o Dadosmunicipais de tantos serviços já prestados à causa. Não há outro modo de dialogarmos com Petrópolis, nas nossas condições orçamentárias, que não seja através da internet.

Ouso acreditar que o portal deveria ser completado por presença no que se chama de “redes sociais”, que eu não me sinto em condições de comentar, por não usar nenhuma. O que não me pode impedir de reconhecer a sua importância. Deste modo, à presença física em reuniões da FPP, poderemos acrescentar colaborações de moradores de Distritos e bairros afastados, comunidades e áreas rurais. A meta é agregar segmentos insuspeitados ao nosso cadastro, aumentando a nossa penetração; e quem sdabe nossos trabalhos serão temas de debates nas escolas, comunidades, até mesmo em faculdades?

Não basta ter idéias e uma boa base de trabalho; precisamos chegar junto às pessoas. Somos um grupo restrito e, mesmo assim, sofremos resistências por parte do “establishment” e dos que circulam à sua volta. Estas resistências somente poderão ser vencidas, em pare, na medida em que o PE for encontrando novos adeptos; mais uma vez, o número de cidadãos/ãs participantes ativos é a chave da arca do tesouro.

Com um núcleo se expandindo e um sistema de comunicação social, poderemos iniciar o diálogo com a população; nem será preciso tanto tempo assim, se conseguirmos as adesões voluntárias de companheiros/as com as competências certas, estas de que necessitamos.

 

“A Sociedade que não sabe para onde se dirige, não vai a lugar nenhum” (Prof. Manoel Ribeiro)

 

NOTA SOBRE AS LDOs DE 2018 E 2019

A LDO para 2019 já passou por audiência pública e já foi remetida para a Câmara. O seu Anexo VI, sobre os resultados previdenciários, que são deficitários, indicam 270 milhões em 2020, 855 milhões para 2025 e 1,603 bilhão em 2030. Assustador, não?

Na LDO para 2018, no mesmo Anexo, os respectivos números eram: em 2020, déficit de 239 milhões; em 2025, déficit de 784 milhões e em 2030, déficit de 1,518 bilhão. Se quiserem levar em cota que a inflação de 2017 situou-se em 2,95%, poderão avaliar como o nosso déficit previdenciário cresce em ritmo superior: no caso dos dados referentes a 2030, a progressão foi de 5,60%; o mesmo cálculo sobre o ano de 2025 aponta um crescimento de 9,05%; e, quando confrontados os valores de 2020, o aumento foi de 12,97%.

 

Os números de 2025 e 2030 ainda terão muito tempo para serem melhor ajustados à realidade; mas se o número de 2020 cresce ao ritmo de quatro vezes o patamar da inflação, já imaginaram para onde vamos? É de se compreender que esses fantasmas ainda longe de nós não assustem por demais os nossos mandatários, pois já erão encerrado o seu ciclo de responsabilidade. Mas cada cidadão e cada cidadã de Petrópolis vai pagar esta conta sobre a qual ninguém quer se debruçar, e cujo tamanho, na hora certa, será corrigido para muito mais elevado. Alguém acha que o PE não é necessário?




 

 

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