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  Anima Vida elogia ação da Defensoria sobre as vitórias

Data: 05/02/2009

A ação da Defensoria Pública que determinou um prazo para mudança no trajeto das vitórias e vai exigir o cumprimento da Lei que pune responsáveis por maus-tratos aos animais foi elogiada e trouxe boas perspectivas para representantes do Instituto Civis e da Ong AnimaVida.

 

“Até o dia 26, o trajeto dos passeios turísticos das charretes deverá ser mudado para que os animais não tenham mais que subir a Rua Raul de Leoni, o que é um sacrifício para os animais. Estamos contando que este prazo será respeitado e esperamos que intensifiquem as ações da fiscalização em relação as questões como a lotação máxima das charretes, ao tempo de trabalho dos animais e às horas de descanso que eles necessitam”, disse a presidente da AnimaVida , Ana Cristina Carvalho Ribeiro, que em meados do ano passado denunciou a situação à Defensoria Pública pedindo providências. “Esperamos que a Defensoria continue cobrando o cumprimento da legislação que protege os animais”, completa Ana Cristina.

 

Com ela concorda o presidente do Instituto Civis, Mauro Correa, que elogia a ação da Defensoria e diz que hoje em Petrópolis há uma revolta de moradores da cidade com os casos de maus-tratos aos animais. “Nos últimos15 dias, o Civis vem recebendo muitas ligações de pessoas preocupadas com o tratamento que os cavalos das charretes recebem. Elas querem que seja feita alguma ação para acabar com o trabalho dos cavalos nas ‘vitórias’ por causa dos maus-tratos”, disse.

 

O presidente do Civis lembrou que a Lei Nº 6618, publicada no Diário Oficial do Município em dezembro, prevê multa no valor de R$ 2 mil para os casos de maus-tratos aos animais. “Com essa nova lei, a Defensoria tem mais um argumento para agir”, disse, lembrando que é muito importante que as entidades encontrem apoio na Justiça para solucionar o problema e minimizar o sofrimento dos animais. “Sabemos que não são todos os charreteiros que maltratam, mas uma boa parte deles não oferece os cuidados necessários para os animais”, afirma.

 

Mauro Correa lembrou ainda que outro problema é a questão dos abrigos para os cavalos em uma área dentro do Parque Natural, na Rua Ipiranga. “Aquele espaço é totalmente incompatível, não é possível manter os animais ali. Outro problema é em relação à vistoria nos animais, que por lei deve ser feita semestralmente. Não deveria ser assim, os cavalos precisam ser avaliados mais do que duas vezes por ano”, afirma.

 

Égua desmaiou devido ao esforço excessivo

 

O presidente do Civis lembrou ainda o caso da égua que desmaiou devido ao esforço excessivo no trabalho da charrete no início deste mês. Dias depois o animal teve de ser sacrificado.

 

A presidente da AnimaVida, que acompanhou o caso de perto, confirmou que o animal, que devido à exaustão

 

Caiu em frente à Câmara Municipal na tarde do dia 2, precisou ser sacrificado. Ela explicou, no entanto, que naquele caso não teria havido maus-tratos, mas sim um desconhecimento por parte do charreteiro. “O que houve naquele caso foi uma questão de ignorância, porque o animal estava parado há muito tempo e foi submetido a um dia de muito trabalho, tendo que subir naquela ladeira (da Raul de Leoni) e circular muitas vezes, porque o movimento de turistas era grande. Foi isso que provocou a exaustão no animal. A situação naquele dia foi agravada também por causa do calor”, disse Ana Cristina, frisando que depois do diagnóstico do veterinário, o charreteiro tomou todas as providências para tentar recuperar o animal.

 

A presidente da AnimaVida adiantou ainda que em fevereiro a ong vai realizar um curso de capacitação para que charreteiros aprendam a cuidar melhor dos animais. A expectativa é de que este, que é o segundo curso promovido pela org, tenha a participação de todos os charreteiros.

 

 

Fonte: Tribuna de Petrópolis – 27 de janeiro de 2009.

Autora: Jaqueline Ribeiro




 

 

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