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  Transição encontra dívida de R$ 220 milhões

Data: 24/12/2008

A equipe de transição do prefeito eleito, Paulo Mustrangi, afirma que o atual governo vai deixar a Prefeitura em 31 de dezembro com uma dívida de R$ 220.474.889,03. Ao tomar conhecimento deste anúncio, o prefeito Rubens Bomtempo e o secretário de Fazenda, Paulo Roberto Patuléa negam esta informação, afirmando que as dívidas anunciadas pela equipe foram produzidos pelos governos anteriores de 1992 a 2000.

 

Na tarde de ontem, o coordenador da equipe de transição de Mustrangi, o vice-prefeito eleito, Osvaldo Costa Frias, acompanhado dos membros, Aparecida Barbosa, Wilson Franco e Charles Rossi, disse que estes números preocupam a futura administração. Eles chamaram atenção para a dívida da Comdep, que em marcão deste ano estava R$ 96.915.584,23 milhões e que a auditoria do Tribunal de Contas d estado (TCE) de 2006, já apontava um endividamento da Comdep em R$ 89 milhões.

 

A equipe de transição afirma que alguns dados da divida estão defasados. È o caso da Prefeitura, cujo balanço é de dezembro de 2007 e aponta uma dívida de R$ 53.924.004,80 milhões, o mesmo ocorrendo com a Fundação de Saúde (R$ 17.131.672,81), Fundação e Cultura (R$ 906.545,27), Inpas (R$ 3.889.154,54), que somados a outros valores, como precatórios do Tribunal de Justiça (R$ 20 milhões), dão uma dívida de R$ 220 milhões. Por não estarem atualizados, a equipe de transição acredita que o endividamento da Prefeitura seja ainda maior, “mas somente a partir de janeiro vamos saber o valor real desta dívida”, afirma o vice-prefeito eleito.

 

O coordenador da equipe de transição frisou que diante deste quadro, a futura administração terá que cortar gastos e enxugar a máquina, mas não disse se isto será feito com a extinção de cargos e secretarias. Para Osvaldo Costa Frias esta dívida é fruto da má gestão do município e frisou que “gostaríamos de números positivos, mas esta na é a realidade, por isso temos o dever de passar esta informação para a população”.

 

A futura secretária da Setrac, Aparecida Barbosa disse que Paulo Mustrangi tem o compromisso de fazer um governo transparente e por isso divulga estas informações para que possa dar continuidade a este compromisso a partir de janeiro e fazer investimentos.

 

Sobre o parcelamento de FGTS aprovado pela Câmara Municipal, Charles Rossi e Wilson Franca, é necessário para que a Prefeitura não tenha seu nome inscrito no Cadim, sistema que registra as prefeituras inadimplentes. Wilsom contou que na ida a Brasília verificaram que Petrópolis não recebe verbas porque está inadimplente, “por aprovação deste parcelamento é importante, pois se não fosse aprovado comprometeria a futura administração.

 

Patuléa diz que equipe faltou com a verdade

 

Ao tomar conhecimento dos números divulgados pela equipe de transição do prefeito eleito, o prefeito Rubens Bomtempo convocou o secretário de Fazenda, Paulo Roberto Patuléa para que desmentisse a informação de que seu governo está deixando uma dívida de R$ 220.474.889,03 milhões. Mostrando-se irritado, Patuléa disse que ao analisar os balancetes a equipe deveria ter apresentado o período e o governo que as dívidas foram contraídas, afirmando que “não são deste governo”.

 

Com relação a Dívida de R$ 96.915.004,80 da Comdep, Patuléa disse que são originárias de governos anteriores, de 92 a 2000, e lembrou que a empresa incorporou a Petrotur e a Caempe, que estavam endividadas. “Fizemos os parcelamentos e estamos em dia e não é verdade que o Município está no Cadim. Seria importante que ao apresentarem os números eles também mostrassem em qual período estas dívidas foram contraídas e não afirmar que são deste governo. Isto eu não aceito, pois estão faltando com a verdade”.

 

O secretário de Fazenda criticou outra informação dada pela equipe de transição de Mustrangi, no que diz respeito ao precatórios com Tribunal de Justiça, lembrando que a dívida não é de R$ 20 milhões. “Eles falam neste valor, mas não falam sobre o que pagamos. Já paguei mais de cinco milhões, então se a dívida existe é de quinze milhões”.

 

Patuléa frisou ainda que este valor e outros apontados pela equipe de transição já estão incorporados aos R$ 53.924.004,80 da Prefeitura e não separados. Para o secretário houve um erro neste sentido, pois separam os valores, mas não tiram dos R$ 53 e somaram novamente. Ele questiona também quem avaliou os balanços, se são pessoas com conhecimento em contabilidade e acredita que houve um equívoco na divulgação destes números.

 

Ao afirmar que as dívidas apontadas pela equipe de Mustrangi não são deste governo, mas de administrações anteriores e que estão devidamente parceladas, o secretário de Fazenda citou uma delas, contraída em 1192, que obriga o município a pagar R$ 200 mil mensais até 2012.

 

“Tomamos todos os cuidados para não prejudicar a futura administração, realizando os parcelamentos, por isso não posso aceitar que agora venham dizer que este governo está deixando uma dívida neste valor. Eles não podem faltar com a verdade e devem dizer quando foram contraídas, frisou o secretário”.

 

 

Fonte: Tribuna de Petrópolis – 19 de dezembro de 2008.




 

 

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