O Palácio Rio Negro, residência oficial de verão dos presidentes da República, que está fechado há mais de dois anos, será reaberto à visitação ainda no primeiro semestre de 2009. A informação foi passada no dia 29 de dezembro pelo diretor do Departamento de Museus do Instituto do Patrimônio Histórico e Artístico Nacional (Iphan), José do Nascimento Júnior. “Estamos esperando apenas que a Prefeitura envie uma planta do imóvel, para que possamos iniciar as intervenções. A idéia é reabrirmos o Palácio Rio Negro, no início do ano. Antes disso, o palácio passará por alguns reparos. A intenção é reabrirmos à visitação pública após o Carnaval, ou no máximo até o fim do mês de abril”, disse.

O diretor do Departamento de Museus explicou que a intenção é de que várias atividades sejam desenvolvidas no palácio, que é o mais importante ícone da República, e Petrópolis. “Além de abrirmos para visitação, um conjunto de atividades já está sendo avaliado para ser implemento no Rio Negro (...) estudamos, por exemplo, a implementação de espetáculo como o Som e Luz, adaptado para o contexto histórico do Rio Negro, de Museu da República, que recebeu presidentes como Getúlio Vargas”, adiantou Nascimento Júnior, frisando ainda que com a criação do Instituto Brasileiro de Museus o Rio Negro terá toda atenção por parte do órgão federal.

O palácio pertence ao governo federal desde 1903 e foi tombado pelo Iphan em 1964. Apesar disso, durante anos o Rio Negro conviveu com o abandono, o que gerou diversas ações no Ministério Público Federal. Há cerca de dois anos, o imóvel que durante anos ficou cedido ao Município e abrigou departamentos da Prefeitura voltou a ser administrado pelo Iphan. Desde então, o prédio foi fechado à visitação pública.

No início de setembro, o palácio recebeu visita do presidente Luiz Inácio Lula da Silva, que passou uma noite hospedado no palácio. Depois disso, o prédio ficou aberto à visitação temporária, por uma semana. Antes da visita do presidente Lula, o palácio não recebia um chefe de estado desde 1997, quando o então presidente Fernando Henrique Cardoso pernoitou no palácio por ocasião das comemorações pelos 100 anos de construção do prédio.

Em 1889, o terreno na Avenida Koeler foi comprado por Manoel Gomes de Carvalho, o Barão do Rio Negro. Ali foram erguidos o palácio e casas anexas, pertencentes aos filhos do barão. Em 1896, os imóveis foram vendidos ao Estado do Rio de Janeiro, para servir de residência oficial do governante. Em 1903, o palácio foi incorporado ao Governo Federal e passou a ser residência oficial de verão dos presidentes da República. Desde então, por ali passaram 14 chefes de estado.

Fonte: Tribuna de Petrópolis - 30 de dezembro de 2008.