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  Secretaria lança projeto piloto sobre monitoramento ambiental por satélite

Data: 02/12/2008

A ocupação horizontal e vertical e a cobertura vegetal dos maciços da Tijuca e da Pedra Branca, no Rio de Janeiro, serão monitoradas através de imagens de satélite, em alta resolução, com precisão prevista de cerca de um metro, este é o objetivo do projeto piloto que será desenvolvido através de parceria entre a Secretaria Estadual do Ambiente (SEA), Instituto Estadual de Florestas (IEF/RJ) e a Pontifícia Universidade Católica do Rio (PUC-Rio). O monitoramento vai permitir o controle do crescimento vertical das ocupações, o que não é possível com os instrumentos disponíveis atualmente.

 

O contrato para o desenvolvimento do projeto de monitoramento foi assinado nesta dia 28 de novembro pela manhã, na Reitoria da PUC-Rio, pela secretária do Ambiente, Marilene Ramos e pelo reitor da universidade, Jesus Hortal. A solenidade contou com as presenças do subsecretário estadual do Governo e futuro secretário municipal da Ordem Pública, Rodrigo Bethlem, e do presidente do Instituto Estadual de Florestas (IEF/RJ), André Ilha.

 

Marilene Ramos destacou que parcerias com centros de excelência como a PUC são essenciais para multiplicar o poder de ação do estado, em especial numa questão urgente como a da ocupação irregular de aéreas de preservação permanente e de unidades de conservação do estado. “O descontrole social provocado pelas ocupações irregulares estende-se a todas as classes sociais e seus efeitos são sentidos por toda a população.

 

Através desta parceria com a PUC será possível desenvolver uma ferramenta tecnológica de última geração que permitirá, em articulação com a Prefeitura, um controle mais efetivo deste problema”, afirmou Marilene Ramos.

 

O subsecretário de Governo, Rodrigo Bethlem, ressaltou que a apropriação de espaços públicos é um dos sintomas do processo de degradação que assola o município do Rio, e destacou que iniciativas como o programa de monitoramento são importantes para a retomada do princípio da autoridade para a melhoria da ordem pública. “A semente da violência é a desordem urbana”, afirma Bethlem, que, como futuro secretário municipal da Ordem Pública, assegurou que a parceria terá a participação da Prefeitura.

 

O presidente do IEF/RJ, André Ilha, ressaltou a importância do monitoramento ambiental para a gestão das unidades de conservação existentes na área, como o Parque Estadual da Pedra Branca e o Parque Nacional da Tijuca, do governo federal. As unidades sofrem constante pressão das comunidades do entorno, que somam milhões de pessoas e exigem um esforço permanente da fiscalização.

 

“O Parque Estadual da Pedra Branca, a maior floresta urbana do mundo, tem importância fundamental para toda a Zona Oeste como área de lazer e ecoturismo, na preservação dos recursos hídricos e até no arrefecimento das elevadas temperaturas da região”, explicou o presidente do IEF/RJ. O reitor da PUC, Jesus Hortal, destacou o aspecto multidisciplinar do Programa Integrado de Monitoria Remota de Fragmentos Florestais e de Crescimento Urbano no Rio de Janeiro, nome oficial do projeto, que vai envolver áreas do conhecimento da instituição.

 

O contrato prevê o repasse de R$ 949 milhões, recursos provenientes do Fundo estadual de Meio Ambiente (Fecam), num prazo de 18 meses. A parte técnica ficará a cargo do Núcleo Interdisciplinar de Meio Ambiente (Nima) da PUC, sob a coordenação do Laboratório de Geoprocessamento do IEF/RJ (Lagief). O Nima, com apoio da Universidade de Hanover, na Alemanha, e do Instituto Nacional de Pesquisas Espaciais (Inpe), vai desenvolver um software específico para a análise das imagens estereoscópicas, em altíssima resolução.

 

 

Fonte: Tribuna de Petrópolis – 30 de novembro de 2008.




 

 

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