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  Influências francesas na vida da cidade

Data: 22/07/2009

Influências francesas na vida da cidade

 

 

 

            No Ano da França no Brasil, que é uma iniciativa do governo dos dois países, com o objetivo de aprofundar as relações bilaterais no âmbito cultural, acadêmico e econômico, Petrópolis também tem a sua contribuição a oferecer. Mesmo de forma mais tímida do que as colonizações alemã e italiana, a cidade ainda mentem algumas heranças francesas.

            De acordo com o presidente do Instituto Histórico de Petrópolis, Joaquim Eloy, os franceses se aproximaram de Petrópolis do mesmo modo que conquistaram o Rio de Janeiro em 1816, superando em poucos anos a influência inglesa, antes predominante. “As maiores contribuições deixadas foram na cultura educacional. A educação e o comércio seguiram os modelos franceses”.

            Em um número pequeno, porém expressivo, devido às qualificações profissionais e humanas, alguns educadores, engenheiros, pintores e alfaiates. Além de hoteleiros, padeiros, cozinheiros contribuíram muito para a formação do estilo de vida petropolitano.

            A iniciativa desses pioneiros foi descrita por cronistas da época como o Grande Hotel Bragança, preferido pelo Imperador e pela elite, o Orquidário Binot, até hoje com a família, e La Boulangerie Française com sua “pâtisserie”, que ostentava as armas imperiais na embalagem.

            Passagens interessantes pela formação da cidade levam à famosa La Maison des Douches, onde os franceses se banhavam em dias de calor, e que originou o atual bairro Duchas. Já na localidade do Dr. Thouzet, recebeu o nome em homenagem ao médico, Dr. Napoleon Thouzet, que atendia aos pacientes no Sanatório Hermitage, instalado no Bairro. Na Mosela a herança vem na plantação de uva, feita, morango e hortaliças, além da produção de vinho, feita pelo francês Eugène Bataillard em seu sítio.

            O famoso Parque Cremerie, vem do francês cremer, que significa creme, foi o primeiro comércio de laticínios fundado na cidade pela família de Jules Buison, responsável por influenciar a adoração por queijos na cultura petropolitana.

            Na educação, o Colégio Santa Isabel, que existe até hoje, foi criado pelos padres Lazaristas e as irmãs de São Vicente de Paulo, assim como o Colégio São Vicente e o Seminário. Mas, pelo prestígio das freiras da Congregação Notre Dame de Sion como educadoras, foi o Colégio Sion, que teve a presença francesa mais forte na educação feminina em Petrópolis.

            Uma curiosidade foi a realização do casamento do Príncipe Louis Philipe Gaston d’Orléans, o Conde d’Eu, que chegou aqui com 21 anos par se casar com a princesa Isabel e viveu 30 anos entre Petrópolis e o Palácio de São Cristóvão.

 

 

 

Fonte: Tribuna de Petrópolis, 19 de julho de 2009




 

 

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