Problemas na coleta de lixo são registrados em diferentes bairros
Data: 29/12/2011
Moradores da Castelânea, Fazenda Inglesa, Mosela, Moinho Preto e Siméria reclamam
Após a publicação de uma matéria na última semana sobre a falta de coleta de lixo no bairro Centenário, leitores da Tribuna indicaram outros pontos da cidade onde a retirada dos dejetos não está sendo feita regularmente: Castelânea, Fazenda Inglesa, Alberto de Oliveira, Moinho Preto e Siméria.
Segundo os moradores da Rua Henrique Castrioto, na Castelânea, há mais de uma semana o caminhão da Locanty não passa na região. “Liguei para a Comdep para reclamar do acúmulo de lixo ao longo da rua e um funcionário me disse que eu tinha que ligar para a Locanty e reclamar do serviço. Achei um absurdo isso, não vou fazer o trabalho deles. Pagamos a taxa de serviço regularmente e o lixo não está sendo recolhido, isso é ilegal. Não entendo como essa empresa foi a escolhida para prestar um atendimento tão essencial”, afirmou Regina Nogueira Trindade, 57 aposentada.
No Moinho Preto, as coletoras já não comportam mais sacos de lixo.
Os sacos de lixo transbordam na coletora que fica no final da rua e nos portões das casas. “O cheiro é insuportável, e a cada dia a quantidade de lixo aumenta. Dessa forma, não sei onde vamos parar. Essa situação é um absurdo”, contou Regina.
Quem vai para o bairro Siméria encontra, ao longo da Rua Manoel Francisco de Paula, vários pontos de despejo de lixo. Em uma coletora que fica em frente à Creche Inês Belarmino, ver cavalos e porcos revirando o lixo se tornou uma cena comum. “Nessa semana o caminhão ainda não passou, justamente na semana que junta mais lixo por conta do grande volume depositado depois do Natal. O mais absurdo é essa coletora em frente à associação de moradores e perto da creche. Nesse lugar, cheio de crianças, o lixo divide o espaço com porcos e cavalos que são atraídos pelo lixo”, disse Cecília Rocha, 57, costureira.
De acordo com Cecília, além da falta de coleta, a lixeira está em um local irregular. “Acho que ter uma coletora perto de uma creche e em um lugar que fica repleto de crianças é um absurdo. Deveríamos ter um local mais preparado para colocar o lixo, o mau cheiro e a presença de animais é espantosa”, contou a costureira.
A mesma situação é encontrada no final da Fazenda Inglesa e Alberto de Oliveira. Nos dois locais, a população também afirma que há mais de uma semana o lixo não é recolhido. “O problema está na Mosela inteira, o caminhão não passa e a rua está cheia de insetos e bichos atrás dos restos”, disse Márcio Fecha, 34.
“A taxa de limpeza urbana tem que ser paga em dia. Os impostos são pagos na data certa, mas o lixo pode ficar parado, virar criatório de pragas e atrapalhar a rotina dos moradores que pagam seus impostos regularmente. Isso é um desastre”, desabafou Antônio Silva, 69.
A Companhia Municipal de Desenvolvimento de Petrópolis (Comdep) informou que o volume de lixo coletado teve grande aumento devido ao período de festas, o que demanda mais viagens ao aterro. Por isso, a companhia está disponibilizando caminhões extras para que o serviço seja normalizado até o fim desta semana.
A Comdep acrescentou que a coleta é feita nestes locais às segundas, quartas e sextas-feiras.
Fonte: Tribuna de Petrópolis.