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  Quarteirão Italiano quer melhorias

Data: 18/02/2009

Moradora há quase 18 anos de uma casa na Rua Ângelo João Brand, no Quarteirão Italiano, no Independência, a professora Eliane Fonseca não sabe mais a quem recorrer para conseguir soluções para os problemas que, segundo ela, se acumulam naquela região. “Não recebemos atenção por parte do poder público. Moro aqui há 18 anos, pago um IPTU de R$ 1.100, IPVA e eles não fazem melhorias aqui. A rua principal está toda esburacada. Geralmente depois das chuvas a Prefeitura manda colocar essas pedrinhas para tapar os buracos, mas não adianta porque quando chove eles (os buracos) voltam a aparecem. Essa estrada fica pior a cada chuva e eles não cuidam disso aqui. Pagamos o IPTU caro e eles não asfaltam essa rua”, desabafa, lembrando que em dias de chuva forte a situação fica ainda pior com a formação de grande poças d’água e pontos de alagamento.

 

A moradora chama atenção também para as grandes árvores e pinheiros ao longo da via, que representam uma ameaça para quem precisa passar pelo local. Na semana passada (9/02), um cipreste de mais de 10 metros de altura caiu depois de ser atingido por um raio. A árvore atingiu o imóvel ao lado da casa da professora, que teme novos acidentes. “Essa foi a segunda vez que uma dessas árvores caiu. O problema é grave, os pinheiros são muito altos e atraem raios. Já tínhamos pedido providências sobre isso, mas nada foi feito e na semana passada mais uma delas caiu. Por sorte ninguém estava passando. Depois disso, ligamos para a Secretaria do Meio Ambiente e para a Defesa Civil, mas nada foi feito até agora. Será que eles vão esperar que uma dessas árvores caia em cima de alguém? Será que só depois que alguém morrer vão tomar uma providência?”, questionou.

 

A quantidade de animais peçonhentos que se multiplicam por causa de um rio em uma rua sema saída, ao lado da casa dela, também é o alvo de denúncia. “Esse rio não recebe qualquer cuidado e com isso ratos, baratas e até cobras aparecem com freqüência nessa rua aqui ao lado. Quando chove, esse rio enche, alaga a rua e também a minha garagem. Naquela chuva da semana passada mesmo, tivemos que correr para tirar o carro porque a garagem ficou alagada mais uma vez”, lembra. A moradora conta que pediu providências à Companhia de Desenvolvimento e que teria sido orientada a procurar o Ministério Público. “Eles disseram que o rio é particular e que eu tenho que procurar o Ministério Público para pedir providências; mas acho que eles é que deveriam tomar uma providência ou então multar o responsável”, finalizou.

 

Em resposta às reclamações, a Secretaria de Obras informou que fará uma análise sobre as condições do calçamento da Rua Ângelo João Brand para verificar a possibilidade de incluir o local no plano de obras que serão realizadas no município. Quanto à questão do rio, a secretaria informou que irá verificar se a rua em que ele se encontra é pública, uma vez que ela não possui nome. Caso seja pública, o problema teria do rio também passará por estudos de viabilidade e intervenção. No entanto, se a rua for privada, cabe aos proprietários cuidar da limpeza do córrego, canalização de esgoto e outras ações que serão cobradas pela Prefeitura. Com relação às árvores, a Secretaria de Meio Ambiente informou que possui mais de 2.000 solicitações de verificação para corte e que está fazendo todo o esforço para atender os pedidos de inspeção o mais rápido possível. Segundo a secretaria, caso seja verificado o risco iminente de queda das árvores, o corte será solicitado para a Defesa Civil.

 

 

Fonte: Tribuna de Petrópolis – 17 de fevereiro de 2009.

Autora: Jaqueline Ribeiro




 

 

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