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  O BRADO DE PETRÓPOLIS - ANO VI Nº 67 - Julho.2019: Pró-Gestão Participativa

Data: 15/07/2019

 

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O BRADO DE PETRÓPOLIS - Pró-Gestão Participativa: ANO VI - Nº 67

Boletim mensal dedicado à prática da Gestão Participativa - 15 de Julho de 2019

 

1º BRADO: 2020, ANO DE ELEIÇÕES MUNICIPAIS

 

Ano que vem, teremos eleições municipais. Sim, bem sei que são sempre municipais os eleitores, quer votem para prefeitos e vereadores, quer o façam para deputados, presidente e outros mandatos estaduais ou federais (e do DF, sempre fora de série); mas a eleição municipal é outra coisa, é paroquial, votamos em quem conhecemos e não na figura colorida do “santinho” de uma pessoa com quem nunca esbarraremos numa esquina, um ser digital, um avatar, um ET. Eu ousaria dizer que é a eleição mais importante de todas, a mais autêntica, a única que tangencia a concreta vontade do Povo. Há um verdadeiro contato entre os nomes na lista dos candidatos e os eleitores, descontados os paraquedistas nascidos de interesses das siglas no Estado ou na União. Podemos, nós o Povo, mudar a cara de nosso Município se votarmos bem; e quando erramos na hora da escolha, nossa consciência apita por quatro anos a fio, a nos cobrar as motivações do “descuido”. Sem falarmos da compra e venda dos votos, ensejada pelos tempos bicudos do eleitor e pelos rios de grana que encharcam os candidatos, generosidade dos Legisladores (candidatos às reeleições) que enfiam a mão no bolso/bolsa do Povo via “Fundo isto” e “Fundo aquilo”. E a imensa maioria do Povo sequer tem o direito de participar na escolha dos candidatos... Ao sistema chamam de voto direto, mesmo com dois colégios distintos.

 

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2º BRADO: CASO PENSEM, COMO PENSAM OS PARTIDOS?

 

Sem gozação, nem sempre nos parecem racionais ou éticos os atos dos partidos, nem mesmo respeitosos da Constituição que tanto citam. Qual a sua razão de ser? Viabilizar o exercício da democracia, representando as diversas propostas sócio-econômicas geradas pelos pensadores ao redor do mundo, basicamente as três correntes surgidas a partir da Revolução Industrial (liberal, social-cristã, socialista), acrescidas da grande preocupação ecológica de nossos tempos (verde). Acrescentem variantes, modernismos, mas não fugirão muito ao quadro acima. Não cito a usual alternativa esquerda-direita por diversos motivos, entre os quais o de lembrar o formato de um anel, onde a extrema esquerda reencontra e se funde com a extrema direita (ou Stalin era muito diferente de Hitler e Mussolini, vistos do ponto de vista do dia a dia dos povos em causa?). O nosso quadro legal criou e estimulou o partido-empresa, para ocupar um nicho de mercado privilegiado que reparte – com todo o respeito – com as correntes religiosas, hoje milhares no Brasil. Busquem os sites dos partidos e de suas fundações, e confirmarão o que digo. Se ousarem, leiam os estatutos dos partidos e de tudo encontrarão, salvo a presença fiscalizadora do TSE, pois acharão inconstitucionalidades a rodo, como o sumiço da democracia partidária, ou a a afirmação de serem os mandatários representantes das siglas. Como fica o Princípio Fundamental que os atribui ao Povo (art. 1º, parágrafo único)?

 

www.dadosmunicipais.org.br/index.php?pg=exibemateria&secao=34&subsecao=&id=8235&uid=

 

3º BRADO: O PARTIDO-EMPRESA

 

Criar um partido no Brasil consiste em arrecadar montes de assinaturas de eleitores que não terão o menor compromisso com a futura sigla. Nem sequer precisa mais chamar o troço de partido, pode buscar um verbo, sinônimo ou adjetivo que soe simpático (Probos, Éticos, Enérgicos, etc...). Nem precisa fazer força, pode-se copiar o que já foi bolado em qualquer país do mundo (Podemos, na Espanha, p.ex.). Se os “fundadores” tiverem uma base sindical ou religiosa à mão, ou outra corrente que reúna muita gente (por que senti um calafrio?), todo o resto é burocracia sem maior mérito: manifesto, programa, estatuto, tudo será apresentado a um cartório específico de Brasília. Pensamento? Qualquer um serve. Estatuto? Copie o de dois ou três, misturando os artigos. Quando o seu partido for reconhecido pelo TSE, a partir do caminhão de assinaturas de apoiamento (o Povo diz apoio) você terá o direito de indicar candidatos a vereador ou Presidente da República, já participará da periferia do monopólio. Precisará de votos para merecer cotas do Fundo Partidário, mas poderá atender a demanda por siglas em Municípios e Estados. Suas normas internas serão vistas como “interna corporis” (problema só seu, um sonho). Para participar do grupo que exerce a plenitude dos privilégios, terá que superar a cláusula de barreira, terá de ser grande, o que não quer dizer ético, nem mesmo melhor que a média. Mas um dia conseguirá ter todas as suas despesas cobertas com dinheiro público, e definir quantas reeleições poderá disputar no partido. O Éden, se a sua moral for maleável.

 

4º BRADO: O POVO PAGA PARA VOTAR EM QUEM NÃO ESCOLHEU

 

Somente os partidos podem selecionar os candidatos aptos a receber votos (a prática tem focinho de monopólio, rabo de monopólio e pêlo de monopólio, mas só é crime na economia; na política, tem o amparo da Lei). O Povo paga, é submetido ao voto obrigatório, mas não pode indicar candidatos fora das portas estreitas dos partidos. Oitenta e oito por cento dos eleitores, a parcela que não quis se filiar à uma sigla, ficam de fora do direito de propor candidatos ou de apoiar um independente (avulso, sem partido). No início, a democracia era o poder do povo; agora, escorregou para poder dos partidos. Em matéria eleitoral, não é o operário que segura a ferramenta, mas a ferramenta que usa o operário. E lá vai o Povo, no dia das eleições, escolher os menos piores entre os escolhidos pelos partidos, pagar multa ou sofrer percalços por negar-se a participar do curioso sistema dito “festa da democracia popular”. E ganha, na moria das vezes, mandatários de qualidade desalentadora, como teimam em provar as nossas Câmaras Municipais, caríssimas ilhas da fantasia.

 

5º BRADO: FAKES & FATOS (PODIA SER FALSOS & FATOS, NÃO?)

 

Desde que a última campanha eleitoral dos USA popularizou a expressão “fake news”, o americanismo enraizou-se entre nós. A grande imprensa recomenda aos adeptos das redes sociais que sempre verifiquem as suas fontes, por exemplo conferindo se os grandes jornais, canais e estações as acolheram como procedentes, após verificação da idoneidade da fonte por seus meios de controle. Só assim a notícia pode ser considerada fato, ou então relegada ao nível do sub-solo das “feiques”. Eis que de repente, diálogos entre um juiz e alguns promotores são estampados, filmados ou comentados à larga pela elite das elites desta grande imprensa. Acontece que os diálogos foram publicados por um blog que intercepta informações - o que eu, por exemplo, não acolho como fonte merecedora de crédito, pois aceito ser destinatário, ouvinte, espectador, mas nunca interceptador. O blog informa que a fonte é “anônima” (sem assinatura, de fonte desconhecida) o que impede qualquer tipo de averiguação. Sempre rasguei as cartas anônimas que recebi, antes de cair na tentação de lê-las; se não mereciam assinatura, muito menos iriam merecer a leitura. Informa-se que seriam transcrições de conversas “hackeadas”, mais um neologismo derivado do jargão americano; eu me recuso a ler textos hackeados, frutos de invasão de privacidade. Mas me digam se um texto interceptado, sem assinatura, que repassa supostos diálogos hackeados, não é a essência do que seria uma notícia feique, em português: falsa? E onde fica a ética da mídia sobre essa boataria gosmenta? Pessoalmente, cancelei assinatura de jornal “sério” por causa do oportunismo sórdido. Coerência é coisa boa, e fico a matutar que razões levam a jogá-la às traças.

 

www.dadosmunicipais.org.br/index.php?pg=exibemateria&secao=34&subsecao=&id=8229&uid=

 

Para mais detalhes, acessem os “Brados” em nosso portal Dados Municipais:

 

www.dadosmunicipais.org.br/index.php?pg=listasubsecoes&secao=41

 

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