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  ECORODOVIAS vence leilão da ponte Rio-Niterói: preço do pedágio cairá de R$ 5,20 para R$ 3,70

Data: 18/03/2015

 

 

G1 - 18/03/2015 10h26 - Atualizado em 18/03/2015 11h44

Ecorodovias vence leilão da ponte Rio-Niterói

Preço do pedágio cai para R$ 3,70 a partir de 1º de junho, diz ministro.
Governo retoma programa de concessões de trechos de rodovias.

Darlan AlvarengaDo G1, em São Paulo

 

 

A Ecorodovias arrematou nesta quarta-feira (18) a concessão da Ponte Rio-Niterói e será a nova administradora do trecho da BR-101 pelos próximos 30 anos. A empresa ofereceu um preço de pedágio de R$ 3,28442 – 36,67% menor que o máximo fixado pelo governo.

Na prática, o leilão significa que o preço do pedágio ficará mais barato para o motorista. Hoje, a tarifa é de R$ 5,20. Segundo o ministro dos Transportes, Antonio Carlos Rodrigues, com a nova proposta, o preço do pedágio na ponte cai para R$ 3,70 a partir de 1º de junho.

O ministro dos Transportes explicou que, embora a proposta da Ecorodovias tenha sido de tarifa de pedágio de R$ 3,28, o teto de referência do leilão era um preço de 2014. Com o ajuste, a tarifa inicial foi estimada, então, pelo governo em R$ 3,70.

O contrato da concessionária atual, CCR, termina no dia 31 de maio. A Ecorodovias começará a atuar em conjunto com a CCR a partir do dia 17 de maio e assumirá integralmente a administração, manutenção e obras a partir do dia 1º de junho.

"Quando a nova concessionária assumir, o pedágio será de R$ 3,70", disse Rodrigues.
Os representantes do governo avaliaram o resultado do leilão como um "sucesso" e uma "vitória para a população".

Ministro dos Transportes anuncia a nova concessionária da Ponte Rio-Niterói, a Ecorodovias (Foto: Darlan Alvarenga/G1)

 

Retomada

A segunda melhor proposta foi do consórcio Nova Guanabara, que ofereceu a tarifa de R$ 3,359, com deságio de 35,23%. A CCR, atual concessionária da Ponte, que disputou a relicitação participando do consórcio Ponte, propôs a tarifa de R$ 4,2423, com desconto de 18,20%

Com o leilão desta quarta, o governo retoma o programa de concessões de trechos de rodovias à iniciativa privada. O último leilão de rodovia federal foi o da BR-153, no trecho entre Anápolis (GO) e Aliança do Tocantins (TO), realizado em maio do ano passado e arrematado pela Galvão Engenharia.

Veja as seis propostas apresentadas

1ª Proposta
Ecorodovias Infraestrutura e Logística S.A
Valor de tarifa de pedágio: R$ 3,28442 (deságio de 36,67%)

2ª Proposta
- TPI - Triunfo Participações e Investimentos S.A. (CONCER)
Valor de tarifa de pedágio: R$ 3,86999 (deságio de 25,37%)

3ª Proposta
- CS Brasil Transportes de Passageiros e Serviços Ambientais Ltda.
Valor de tarifa de pedágio: R$ 4,07895 (deságio de 21,34%)

4ª Proposta
- Consórcio Ponte (CCR S.A e CIIS - Companhia de Investimentos em Infraestrutura e Serviços)
Valor de tarifa de pedágio: R$ 4,24230 (deságio de 18,2%)

5ª proposta
- Consórcio Nova Guanabara (A. Madeira Indústria e Comércio Ltda; Coimex Empreendimentos e Participações Ltda.; Urbesa Administração e Participações Ltda.; e Rio do Frade Empreendimentos Ltda)
Valor de tarifa de pedágio: R$ 3,35900 (deságio de 35,23%)

6ª Proposta
- Infra Bertin participações S.A.
Valor de tarifa de pedágio: R$ 4,14170 (deságio de 20,13%)

“Conseguimos ter redução significativa da tarifa incluindo obras essenciais para o Rio de Janeiro com um volume muito grande de investimentos”, disse Jorge Bastos, diretor-geral da ANTT, avaliando que as obras ajudarão a reduzir o trânsito e o fluxo da ponte.

Regras do leilão

Pelas regras do leilão, venceria quem apresentasse proposta de menor preço de pedágio, cujo teto foi fixado pelo governo em R$ 5,18620, a preços de janeiro de 2014.

Atualmente a ponte é administrada pela CCR (controlada pelos grupos Andrade Gutierrez, Camargo Corrêa e Soares Penido), cujo contrato de concessão vence em maio deste ano.

Esta é a primeira concessão de rodovia federal a ser concedida novamente.

Com 13,2 quilômetros de extensão, a Ponte Rio-Niterói foi concedida pela primeira vez à iniciativa privada com o objetivo de exploração da infraestrutura, em 1º de junho de 1995, por 20 anos. A licitação foi a pioneira da 1ª etapa do programa de concessões rodoviárias.

Segundo a ANTT, o fato de se tratar de uma concessão consolidada e, por isso, de fácil análise, favorece a disputa pelo projeto, uma vez que a demanda já está definida, implicando a redução dos riscos.

Por ano passam pela Ponte mais de 56 milhões de veículos. Diariamente são 151 mil veículos circulando pelo trecho nos dois sentidos.

Leilão ponte Rio Niterói (Foto: Editoria de Arte/G1)

 

Investimentos previstos

O valor estimado do contrato de concessão por 30 anos é de R$ 5,144 bilhões (receita de pedágio), com base em valores de janeiro de 2014, segundo o edital.

A licitação prevê R$ 1,30 bilhão em investimentos, sendo R$ 810 milhões até o 5º ano de concessão.

Segundo a ANTT, a futura concessionária deve implantar uma alça de ligação do sistema rodoviário à Linha Vermelha para evitar que os usuários com destino à Baixada Fluminense e à Rodovia Presidente Dutra utilizem a Avenida Brasil.

Também deve ser implantada uma passagem subterrânea sob a Praça Renascença em Niterói, na direção da avenida Feliciano Sodré, com o objetivo de proporcionar maior fluidez ao tráfego do sistema rodoviário.

Está prevista ainda a obra da Avenida Portuária, para permitir acesso de veículos pesados da Avenida Brasil à área portuária, evitando a passagem dos caminhões às vias de acesso e saída da Ponte.

Programa de leilões

O leilão do trecho da BR-153, realizado em maio de 2014, foi o sexto do Programa de Investimento em Logística (PIL), anunciado pela presidente Dilma Rousseff em agosto de 2012 para destravar gargalos de infraestrutura no país.

Os outros trechos concedidos à iniciativa privada foram: o da BR-050, entre Goiás e Minas Gerais; da BR-163, em Mato Grosso; de um lote com trechos das BRs-060/153/262, entre Brasília e Betim (MG); da BR-163, em Mato Grosso do Sul; e da BR-040, entre Brasília e Minas Gerais.

Na época de seu lançamento, o programa previa R$ 133 bilhões em investimentos na duplicação de nove trechos de rodovias, além da construção de novas ferrovias no país. A parte ferroviária, porém, até hoje não saiu do papel.

Na lista de possíveis próximos leilões estão trechos da BR 163 entre Sinop, em Mato Grosso, e o Pará; da BR 364, entre Rondonópolis (MT) e Goiânia (GO); outro trecho da BR 364, entre Mato Grosso e Minas Gerais; da BR 476, entre Paraná e Santa Catarina; e da BR 480, entre Goiás e Minas Gerais. Estima-se nesta nova fase do programa investimento da ordem de R$ 18,3 bilhões.

 

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