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  Hugo Leal: “Avise à Concer que eu tenho mais quatro anos em Brasília”

Data: 07/10/2014

Hugo Leal: “Avise à Concer que eu tenho mais quatro anos em Brasília”

Diário de Petrópolis, Terça-feira, 07 de outubro de 2014

 

O deputado declarou ainda que colocará a Saúde” como sua principal área de atuaçãoem benefício para Petrópolis.  

 

Rômulo Barroso - romulobarroso@diariodepetropolis.com.br

 

 

Eleito, o deputado federal vai para o terceiro mandato

 

Hugo Leal foi o candidato a deputado federal que recebeu mais votos em Petrópolis. Escolhido por 85.449 eleitores, dos quais 18.497 aqui no município, o integrante do Pros ocupa a 18ª posição entre os candidatos mais votados do estado. Em entrevista ontem ao Diário, ele mandou um recado direto para a Concer, concessionária que administra o trecho entre o Rio de Janeiro e Juiz de Fora da BR-040.

 

– Avisa à Concer que eles terão mais quatro anos de mim lá na Câmara. Avisa que eu tenho mais quatro anos em Brasília e que eu não vou descansar até eles entregarem a obra direito – afirmou.

 

O deputado declarou ainda que colocará a “Saúde” como sua principal área de atuação em benefício para Petrópolis.

 

– Vou continuar o trabalho que já faço, independente de quem é o prefeito. A prioridade aqui da cidade, para mim, é a Saúde. Espero agora, passado o período eleitoral, que o prefeito possa inaugurar a ressonância magnética (no Hospital Alcides Carneiro) até outubro, começar a obra da Unidade Básica de Saúde (UBS) de Corrêas, recursos que a gente apresentou também, mais equipamento do pronto socorro do Hospital Nelson de Sá Earp. Então, a nossa expectativa é seguir nessa linha, como puder, colocar recurso – garantiu.

 

Lições da campanha

 

Segundo Hugo, a campanha eleitoral desse ano deixou extremamente clara a necessidade de uma reforma política. Ele aponta os números de abstenções e votos nulos e brancos (em torno de 40%) como prova disso.

 

– Cada eleição é uma lição. E a lição que eu tiro dessa eleição é a necessidade de uma reforma política. Claro que depois de toda eleição a tendência é falar isso, mas não há nenhuma dúvida disso. Eu já vinha falando que o desinteresse, a desatenção, a desilusão, o desapontamento da população faria com que essa eleição tivesse um menor número de eleitores participando. E foi o que aconteceu. Muitas pessoas não foram, e quem foi não quis participar – analisa Hugo. Para ele, isso mostra que a obrigatoriedade do voto é só no papel, porque o eleitor tem encontrado formas de fugir de ter que escolher entre os candidatos.

 

Assim como em entrevista concedida ao jornal antes da eleição, Hugo voltou a manifestar desejo de tentar uma eleição para a mesa-diretora da Câmara Nacional. Mas reconhece que a bancada feita pelo partido não foi muito grande: apenas 12 deputados eleitos.

 

– Está dentro do meu radar. A proposta nessa legislatura é ampliar o espaço. Eu já fui líder do meu partido por quatro anos (na época, o PSC), vice-líder de governo. O que pode pesar nisso é o partido, que fez 12 deputados. É uma circunstância que vai pesar para ocupação do espaço. Mas isso não impede de nós tentarmos – fala.

 

Sendo esse o terceiro mandato consecutivo dele, o deputado do Pros também lembrou que esse pode ser o último de um ciclo de 12 anos – tempo que considera suficiente para permanecer em um cargo.

 

– Hoje eu não me sinto obrigado a concorrer a um quarto mandato. A ideia é buscar outras dimensões dentro da atividade política – diz, abrindo possibilidade de concorrer a outro tipo de cargo legislativo no futuro ou até a uma eleição majoritária.

 

Eleição estadual

 

Sobre o segundo turno, o Pros segue apoiando a candidata do PT, Dilma Rousseff, na eleição nacional. No pleito estadual, a definição do partido sairá após reunião na próxima quinta-feira (9). Presidente da legenda no Rio, Hugo Leal revelou já ter conversado com os dois concorrentes ao Palácio Guanabara. Ele também comentou, em uma frase, a virada surpreendente que tirou Anthony Garotinho (PR), candidato que fazia parte da coligação da qual participava o Pros, e deixou Marcelo Crivella (PRB) na disputa.

 

– Na política, assim como na vida, a gente só colhe o que a gente planta – disse. Na opinião dele, o erro de Garotinho foi ter esquecido regiões onde ele dominava, abrindo brecha para os demais candidatos conseguirem conquistar espaço.

 

– A gente é produto do meio. Se ele começa a campanha de uma forma e se tivesse feito uma plantação boa, cuidado do terreno onde ele é fértil, teria crescido, consolidado. Ele achou que esse terreno não precisava cuidar e foi cuidar de outro. Errou a estratégia – sentenciou. Nesse momento da entrevista, Hugo citou Luiz Fernando Pezão (PMDB) e fez discretos elogios a ele.

 

 

– A campanha do Pezão, além da estrutura muito forte, foi muito habilidosa. O Pezão é muito habilidoso. Ele pode não ter todo carisma, pode não ter pinta de candidato, mas ele passa credibilidade. E cada vez mais o eleitor busca isso – sinalizou.

 




 

 

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