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  Sem acordo, obra da nova subida da Serra continua paralisada e sem previsão

Data: 06/08/2014

 

 

Sem acordo, obra da nova subida da Serra continua paralisada e sem previsão

Diário de Petrópolis, Quarta-feira, 06/08/2014

 

Edson Cunha - edsoncunha@diariodepetropolis.com.br 

 

Concer, empregados e empreiteiras ainda não chegaram a um acordo e, devido a isso, a greve desencadeada no dia 21 de julho chega hoje ao 17º dia. Os trabalhadores que participam das obras de construção da nova pista de subida da Serra reivindicam plano de saúde extensivo aos dependentes e pagamento do restante dos salários de julho.

Ontem pela manhã, cerca de 500 trabalhadores participaram de uma assembleia geral na sede do sindicato da categoria, em Duque de Caxias, e como não houve acordo com as empreiteiras que prestam serviço para Concer, eles decidiram manter a paralisação.

- Estamos aguardando uma posição do consórcio gestor das obras. Enquanto isso não voltamos ao trabalho – afirmou José Ailton, um dos integrantes da Comissão dos Empregados das empreiteiras.

Ele disse ainda que os trabalhadores das muitas empreiteiras que prestam serviço para a Concer, que está construindo a duplicação da nova pista de subida da Serra, garantem que não “arredam pé” da posição enquanto não houver um acordo.

Segundo informações de Josimar Campos de Sousa, presidente do Siticommm - Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil, até o início da tarde de ontem representantes das empreiteiras não haviam se pronunciado oficialmente.

- Continuamos nesse impasse e não vamos arredar o pé. As empreiteiras não cumpriram o que havia sido acordado com os empregados – disse Josimar.

 

Resposta da Concer

 

A Concer esclarece que a paralisação  afeta os serviços contratados pelo Consórcio Construtor da Nova Subida da Serra, mas outras ações e serviços do projeto da NSS permanecem em andamento. As negociações entre as partes continuam, muito embora o Consórcio cumpra integralmente a legislação trabalhista e o previsto pela CLT, concedendo benefício adicional aos trabalhadores, como plano de saúde. A pauta de negociações envolve, no momento, outros benefícios extras. Em maio, houve dissídio coletivo da categoria, com concessão de reajuste salarial aos trabalhadores.

 

OAB aponta atraso como prejuízo

 

O presidente da OAB, Antônio Carlos Machado, afirmou que o atraso é prejudicial, não apenas para os petropolitanos, mas para todos os que precisam utilizar a subida da Serra. Segundo ele, com estes problemas, a conclusão das obras no prazo previsto fica ainda mais complicada.

- Isso reflete um pouco o estado atual do país, com diversas obras de infraestrutura em ritmo lento ou paralisadas. É algo lamentável. É importante que a população se conscientize que este momento eleitoral é a oportunidade ideal para cobrar respostas e soluções dos agentes políticos diretamente responsáveis por essas questões, como a BR-040 - afirmou.

 

Presidente da Câmara preocupado

 

"A BR- 040 é a principal via de acesso a Petrópolis. As condições da atual pista de subida são muito ruins. Frequentes acidentes prejudicam o trânsito e consequente a economia de Petrópolis. A paralisação dos trabalhos nos preocupa muito pois certamente vai causar atrasos na entrega da obra" – diz Paulo Igor

 

Entenda o caso da paralisação

 

A paralisação dos 700 trabalhadores começou no dia 21 de julho, segundo informações de Josimar Campos de Sousa, presidente do Siticommm. De acordo com ele havia sido acordado entre os trabalhadores e a empresa Nova Subida da Serra Administração descontado do titular entre R$ 25 a R$ 30 por dependente para o plano de saúde.

Em uma tentativa de acordo foi sugerido um valor de R$ 50 por cada dependente e a partir do terceiro de R$ 94 por pessoa, o que não agradou os trabalhadores. Tais valores seriam praticados a partir de janeiro de 2015. Parte do salário dos empregados foi retido.

Novamente o Diário procurou a ANTT querendo saber se o cronograma da obra seria cumprido. Mas, até o fechamento desta edição não obteve resposta.




 

 

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