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  Acidente na BR-040 deixa acesso a Petrópolis fechado por seis horas

Data: 22/10/2019

 

Acidente na BR-040 deixa acesso a Petrópolis fechado por seis horas

O tombamento de uma carreta-cilindro com seis toneladas de gás, na pista de subida da BR-040, deixou Petrópolis isolada do Rio de Janeiro e da Baixada. A rodovia foi interditada totalmente, para permitir a transferência da carga para outro caminhão. Os problemas duraram mais de 24 horas, até que a carreta fosse retirada do local, com a ajuda de dois grandes guindastes. O motorista ficou preso nas ferragens e morreu no local.


Acidente mata motorista e fecha acesso a Petrópolis em horário de movimento

LUANA MOTTA - Redação Tribuna

 


O tombamento de uma carreta-cilindro que transportava gás na noite de sexta-feira, na altura do km 97 – sentido Juiz de Fora, na BR-040 causou um congestionamento de mais de 5 km. Motoristas relataram mais de seis horas de espera para chegar a Petrópolis. O motorista da carreta ficou preso entre as ferragens e foi retirado sem vida pelas equipes de resgate. Foram mais de 24h entre interdição total e parcial, até a liberação da via.

O acidente aconteceu no meio da serra, na posto de subida, ainda nos limites do município de Duque de Caxias. O tombamento foi pouco antes da meia-noite de sexta-feira. A carreta-cilindro transportava cerca de 28 toneladas de gás GLP. Na operação de remoção da carga e retirada do veículo foram utilizados dois guindastes e outra carreta-cilindro para o transbordo da carga. Equipes do Inea (Instituto Estadual do Ambiente), Polícia Rodoviária Federal e Corpo de Bombeiros participaram da operação. O trecho foi interditado por volta de 14h40, e a pista de descida da serra passou a operar em sistema pare e siga. Segundo a Concer, por razões de segurança viária, o pare e siga foi suspenso, por volta de 19h. Toda a operação foi coordenada em conjunto com a PRF.

Quem já estava na estrada, reclamou das horas de espera sem qualquer tipo de informação sobre o acidente. Como foi o caso da Ana Cristina Ribeiro, que embargou em um ônibus no Rio, às 15h. Só ficou sabendo que a pista estava interditada no meio da viagem, e teve que aguardar por duas horas no trecho próximo ao pedágio. A passageira Renata Vasconcellos, que embarcou na Rodoviária Novo Rio às 18h, também reclamou da falta de informação. “A empresa de ônibus não avisou que a pista estava fechada. Quando chegamos no pedágio, foram duas horas parados esperando autorização para seguir viagem via Teresópolis. Uma estrada perigosa e que estava com neblina”, reclamou.

Segundo o gerente de operações da empresa de ônibus Única Fácil, Luís Assumpção, os prejuízos ainda estão sendo contabilizados, mas todas as 13 linhas oferecidas pela empresa foram afetadas. Embora o questionamento dos passageiros em relação as informações nos guichês, Luís disse que as passagens Rio de Janeiro x Petrópolis foram suspensas a partir das 16h. E mais tarde, quando a operação pare e siga foi suspensa, as viagens Petrópolis X Rio de Janeiro também foram suspensas. “O trabalho da Concer deveria ser analisado, deveriam ter feito um planejamento melhor. Nós tivemos prejuízos, mas o prejuízo maior é para Petrópolis. As pessoas que vem aqui para comprar, passear, presas num carro. Um prejuízo para a população e para a cidade”, disse.

Guias de turismo também relataram cancelamentos de passeios. A presidente da Associação de Guias de Turismo de Petrópolis – AGP, Ana Beatriz de Oliveira, disse que esperava um ônibus que vinha do Rio de Janeiro para passar o sábado na cidade, e a viagem foi cancelada. “Sei que outros guias também tiveram cancelamentos por causa do acidente na serra. Este cancelamento que aconteceu comigo, pelo menos será transferido para outra data”, disse.

Segundo a Concer, todo o planejamento da operação, tomado em conjunto com a PRF, considerou todos os critérios de segurança relacionados aos usuários, à comunidade lindeira da região e às equipes que atuavam no local do acidente, bem como a complexidade da ocorrência. Após a suspensão do sistema pare e siga, por razões de segurança viária, foi recomendado o uso de desvio ou via alternativa pela Rio-Teresópolis. A operação de resgate na subida prosseguiu durante a madrugada, permitindo a liberação parcial do trecho a partir das 7h50 de domingo. Dois guindastes de grande porte e outra carreta-cilindro foram usados na operação. Ou seja, a liberação da pista e a operação da rodovia ocorreram dentro do tempo e das circunstancias possíveis, levando-se em conta, principalmente, a segurança de todos.

E acrescentou ainda que, que deve ser considerada é o fato de o grave acidente ter ocorrido em trecho notoriamente obsoleto e com capacidade de tráfego esgotada, cuja solução seria a conclusão da Nova Subida da Serra – paralisada desde 2016 por causa do descumprimento contratual pela União.

 

 



Fotos:
DADOS MUNICIPAIS
a carreta tombou deixando espaço, mas a pista foi interditada durante a perigosa operação de transferência do gás realizada na estrada


 

 

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