Petrópolis, 29 de Março de 2024.
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  Sindicato denuncia demissões na BR-040

Data: 12/11/2015

 

 

Sindicato denuncia demissões na BR-040

Tribuna de Petrópolis

 

A obra da nova subida da serra de Petrópolis, que deveria ser concluída em 2016, antes das Olimpíadas, teve seu prazo prolongado para o ano seguinte. A lentidão nas intervenções já havia sido percebida pelos usuários da rodovia e noticiada pela Tribuna de Petrópolis. O anúncio trouxe novamente um alerta ao sindicato da categoria, o Siticomm, que vem relatando uma série de demissões em massa nos canteiros de obras desde o mês passado. O sindicato informou que nesta segunda-feira mais 20 trabalhadores perderam seus empregos e até o fim desta semana mais 50 devem ser demitidos. As obras que iniciaram com cerca de 1.100 trabalhadores contam atualmente com 440 funcionários, número que deve ser reduzido para 390 caso os outros 50 operários sejam dispensados. Além disso, está previsto que do dia 14 de dezembro até 12 de janeiro os operários recebam férias coletivas, fato que gerou preocupação no diretor do Siticomm, José Ailton de Queiroz Souza, que afirma que isso trará prejuízo principalmente aos usuários da rodovia. “As pessoas já reclamam das condições atuais da rodovia, imagina com a obra toda parada o caos que não vai ser? Além disso, até que as atividades sejam paralisadas por completo, os operários que ainda estão trabalhando correm riscos. Isso porque não há o número adequado de funcionários atuando nos canteiros para garantir a segurança dos mesmos. Recebemos ainda denúncias de que ajudantes estão desempenhando papéis de encarregados que foram mandados embora devido ao valor do salário, que obviamente era mais alto. Sem contar o acúmulo de funções que também está ocorrendo”, afirmou. José Ailton ressaltou ainda que o sindicato não recebeu nenhum comunicado oficial a respeito do atraso nas obras e que todas as vezes que solicita informações à Concer, concessionária que administra a rodovia, não tem retorno. “Eles não nos dizem nada. Ficamos sem saber dos fatos e sem um posicionamento para dar para a categoria. Isso é um absurdo!”, exclamou. Ainda de acordo com ele, praticamente todos os canteiros de obras estão parados, apenas no túnel ainda existem explosões sendo realizadas. “O nosso medo é que devido ao número reduzido de trabalhadores ocorra a mesma tragédia registrada em fevereiro deste ano, quando um operário de 29 anos morreu depois que uma pedra atingiu sua cabeça. O rapaz deixou esposa e uma filha de pouco mais de um ano”, disse.




 

 

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