Operários bloqueiam BR-040 reivindicando pagamento do salário
Data: 22/06/2015
- Tribuna de Petrópolis, 22 Junho 2015 16:28
Na manhã de hoje cerca de 500 operários que trabalham na construção da Nova Subida de Serra, bloquearam os dois sentidos da via da BR-040, na altura do KM 102, próximo ao pedágio em Xerém, Duque de Caxias, em protesto com relação ao atraso no pagamento do salário, que deveria ter sido feito no último dia 20. A interdição durou cerca de duas horas e causou retenção de mais de 2km. De acordo com o presidente do Siticomm, que representa a categoria, José Ailton, por volta das 12h, ambas as pistas foram liberadas e os trabalhadores levantaram as cancelas do pedágio por cerca de uma hora, permitindo que os motoristas passassem sem pagar a tarifa.
Já de acordo com a concessionária que administra a rodovia, a Concer, as pistas foram bloqueadas pelos manifestantes pouco antes das 10h e às 11h já haviam sido liberadas. A manifestação causou muito transtorno no trânsito e deixou os motoristas insatisfeitos.Amanhã por volta das 7h, os trabalhadores prometerem se reunir novamente, para pedir esclarecimentos junto a empresa, com relação ao pagamento salarial que de acordo com eles, não foi efetuado. Ainda segundo o Siticomm, a empresa afirmou que 50% do salário, que deveria ter sido pago no último domingo, só deve ser depositado dentro de 10 à 15 dias, fato que revoltou os operários, que foram comunicados sobre a decisão apenas na última sexta-feira, e não aceitaram o prazo.
“Os operários querem o dinheiro na conta e não pretendem esperar o tempo solicitado pela empresa. Amanhã eles voltarão a cobrar o adiantamento de 50%, que é pago sempre no dia 20, e afirmam que não ficarão até dia 5 para receber o salário de forma integral. Todos têm contas e compromissos para acertar, além disso a decisão foi avisada em cima da hora”, afirmou José Ailton.
Está é a terceira paralisação da classe. No dia 27 de abril a categoria reivindicou reajuste salarial e aumento no vale alimentação. Já em julho do ano passado os trabalhadores paralisaram as atividades durante 18 dias.