Nova subida da serra: Operários paralisam obras por reajuste salarial
Data: 27/04/2015
- Tribuna de Petrópolis, Segunda, 27 Abril 2015 16:17
Pelo menos 900 operários do consórcio e subcontratadas que atuam nos canteiros de obra da nova subida da serra de Petrópolis paralisaram as atividades por volta das 7h de hoje. Os trabalhadores reivindicam reajuste salarial de 10%, mas a proposta dos empresários é de 7,13%. De acordo com o Siticomm, sindicato que representa a categoria, a greve é por tempo indeterminado, mas uma nova assembleia em busca de um entendimento entre as partes está marcada para as 7h desta quarta-feira.
Além do reajuste salarial e pagamento retroativo, tendo em vista que a data-base é primeiro de fevereiro, os trabalhadores pedem ainda aumento de R$ 100 no vale-alimentação, que atualmente é de R$ 300. Segundo o presidente do Siticomm, Josimar Campos de Souza, as negociações começaram em dezembro do ano passado e foram retomadas em janeiro, mas desde então o consórcio mantém a mesma proposta patronal, enquanto os funcionários reduziram o pedido de reajuste de 21% para 10%.
“A inflação foi de 8,42% e o que está sendo oferecido fica abaixo disso. Os 10% que estão sendo reivindicados pelos trabalhadores é o mínimo que eles aceitam e que proporcionaria um ganho real. Acredito que esse valor está dentro das possibilidades com relação à situação econômica atual do país”, afirmou Josimar.
O presidente ressaltou ainda outros problemas que têm ocorrido nos canteiros de obras. “Existem funcionários das subcontratadas que moram longe e estão sem folga há pelo menso nove meses, ou seja, não conseguiram ver os familiares dentro desse tempo, o que afeta negativamente a classe. Além disso, alguns enfrentam problemas com relação à falta de segurança ou estão sem receber das subcontratadas vale-transporte. Isso tudo os deixa revoltados”, contou.
A última paralisação da categoria aconteceu em julho do ano passado, quando os trabalhadores ficaram 18 dias em greve por causa da negociação do valor do plano de saúde extensivo aos dependentes. De acordo com o sindicato, a Concer, concessionária que administra a Rodovia, foi informada no dia 13 de abril sobre a paralisação.