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  Greve de operários paralisa parte das obras na serra de Petrópolis, no RJ

Data: 05/08/2014

 

 

Greve de operários paralisa parte das obras na serra de Petrópolis, no RJ
 

Do G1 Região Serrana - 05/08/2014 14h49 - Atualizado em 05/08/2014 15h19

 

 

Aproximadamente 800 operários não trabalham há 16 dias.
Concer afirma que outras ações permanecem em andamento.

 

Cerca de 800 funcionários da obra da nova subida da serra de Petrópolis, na Região Serrana do Rio, estão sem trabalhar há 16 dias. A paralisação afeta grande parte das intervenções na rodovia, mas a concessionária que administra o trecho da BR-040, a Concer, que também é responsável pela criação do consórcio que gere a obra, garante que algumas ações e serviços continuam sendo feitos. Os operários pedem que o plano de saúde extensivo aos dependentes seja concedido a partir do próximo mês. O consórcio e os trabalhadores não estão entrando em acordo quanto aos valores que serão pagos pelo benefício.

Segundo Josimar Campos de Souza, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil, Montagem Industrial, Mobiliário, Mármore e Granito e do Vime de Duque de Caxias, São João de Meriti, Nilópolis, Magé e Guapimirim (Siticommm), foi feito um acordo no Tribunal Regional do Trabalho, em março, para que o plano de saúde dos funcionários fosse extensivo aos dependentes.

Na negociação, os operários alegaram que poderiam pagar um aquisitivo de R$ 25 a 30, por familiar, e o consórcio da Nova Subida da Serra pediu 120 dias para implantação. A determinação, no entanto, foi que o benefício deveria ser concedido em 90 dias e consórcio cobrou R$ 94 reais por dependente. O valor não foi aprovado pelo sindicato, que ofereceu o pagamento de R$ 62, por familiar. Mais uma vez, o valor não foi aceito pela classe e uma terceira proposta foi feita pelo consórcio. Nesta, os operários pagariam R$ 50 pelos dois primeiros dependentes, por cada um, e a partir do terceiro familiar seria pago R$ 94. A oferta, no entanto, estipula que o benefício só seria concedido a partir de janeiro de 2015, o que não foi aprovado pelos operários.

Como não houve acordo entre o sindicato e o consórcio, sobre o início da concessão do benefício, os trabalhadores iniciaram a greve no último dia 21 de julho. Algumas ferramentas foram deixadas para trás e vigias estão no local para tomar conta das máquinas. Na manhã desta terça-feira (5), foi realizada uma reunião entre sindicato e operários em que ficou marcada uma assembleia para esta quarta-feira (6), às 7h30, com os funcionários para decidir os rumos da greve. A reunião será no canteiro de obras, na subida do antigo acesso à serra, no retorno de quem vai para Xerém, em Duque de Caxias.

A Concer informou, através da assessoria de imprensa, que as negociações continuam, muito embora o consórcio cumpra integralmente a legislação trabalhista e o previsto pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT). "O benefício adicional aos trabalhadores, como plano de saúde, já é concedido. A pauta de negociações envolve, no momento, benefícios extras. Em maio, houve dissídio coletivo da categoria, com concessão de reajuste salarial aos trabalhadores", pontuou a nota.




 

 

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