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  Obras da nova pista de subida da serra estão paralisadas

Data: 05/08/2014

 

 

Obras da nova pista de subida da serra estão paralisadas

Tribuna de Petrópolis, Terça, 05 Agosto 2014 16:38

 

 

Cerca de 800 funcionários contratados pelo Consórcio Nova Pista de Subida da Serra (grupo de empresas ligado a Concer) estão em greve há 16 dias. A paralisação foi motivada porque, segundo eles, a empresa contratante queria cobrar uma taxa de R$ 94,00 por dependente incluso no plano de saúde, de cada trabalhador, o que não foi aceito por eles. A greve pode atrasar o cronograma das obras, que tem conclusão prevista para meados de 2016. A construção de nova pista de subida da Serra é avaliada em R$ 1 bilhão. Hoje pela manhã, uma assembleia entre os trabalhadores e o sindicato deve discutir o rumo da greve. 

Josimar Campos de Sousa, presidente do Sindicato dos Trabalhadores nas Indústrias da Construção Civil, Montagem Industrial, Mobiliário, Mármore e Granito e do Vime de Duque de Caxias, São João de Meriti, Nilópolis, Magé e Guapimirim (Siticommm) afirmou que, a proposta inicial do sindicato era de que cada dependente pagasse de R$ 25 a R$ 30,00. 

Ele explicou que, no dia 26 de junho, foi implantado o plano de saúde dos trabalhadores e que o consórcio estabeleceu o valor de R$ 94,00, para cada dependente. Neste momento, considerando o valor alto, os empregados recorreram ao sindicato, que tentou uma negociação, sem sucesso. No dia 21 de julho, foi decretada a greve. Já em 31 de julho, houve uma audiência de conciliação no TRT, no Rio de Janeiro. Na ocasião, o consórcio propôs a inclusão de até dois dependentes, pagando o valor de R$ 50,00 para cada e a partir do terceiro seria cobrado os R$ 94,00. Porém, a medida só passaria a valer em janeiro de 2015. A proposta foi recusada.

Em uma assembleia realizada no dia 1 de julho, o sindicato propôs aos trabalhadores o valor de R$ 62,00 por dependentes, sem estipular a quantidade e começaria a valer a partir do dia 1 de setembro. “Não faz sentido nenhum que os dependentes só possam usufruir do plano de saúde no ano que vem”, destacou. Além disso, seria compensado metade dos dias em que houve a paralisação. 

Esta última proposta do sindicato seria levada para o consórcio na última segunda-feira, no entanto, a reunião foi desmarcada. “Estamos aguardando o contato das empresas para retomarmos a negociação”, ressaltou. 

Outro problema citado por Josimar é com relação aos empregados que estão trabalhando dentro do túnel e que não estão recebendo o adicional de 30%. “No último mês foram pagos apenas 20 dias de trabalho e não os 30. E, a quantia referente a cesta de alimentação de R$ 300,00, não foi depositada. Esta é uma obra complicada e com pouca segurança para os empregados”, comentou. 

O sindicato destacou ainda que os trabalhadores que estão atuando na construção da nova pista de subida da serra, são de diferentes regiões do país. “Temos pessoas do Paraná, do Sergipe, São Paulo, Maranhão, além de alguns de Petrópolis e da Baixada Fluminense”, concluiu. 

A Concer esclareceu que a paralisação  afeta os serviços contratados pelo Consórcio Construtor da Nova Subida da Serra, mas outras ações e serviços do projeto da NSS permanecem em andamento. As negociações entre as partes continuam, muito embora o Consórcio cumpra integralmente a legislação trabalhista e o previsto pela Consolidação das Leis do Trabalho (CLT), concedendo benefício adicional aos trabalhadores, como plano de saúde. A pauta de negociações envolve, no momento, outros benefícios extras. Além disso, informou que em maio, houve dissídio coletivo da categoria, com concessão de reajuste salarial aos trabalhadores.




 

 

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