Roberta Müller
Os casos de assaltos na Rodovia Washington Luiz, principal caminho de quem entra ou sai de Petrópolis, estão cada vez mais frequentes e, com isso, o número de vítimas moradoras da cidade também vem crescendo. Mas o registro deste tipo de ocorrência precisa ser realizado nas delegacias da Baixada Fluminense, responsáveis pela região, o problema é que nem sempre as vítimas colaboram com a investigação por causa da distância. A delegada adjunta Fernanda Santos, da 60ª Delegacia (Campos Elíseos), onde foi registrada a maioria dos últimos casos envolvendo petropolitanos, disse que a colaboração das vítimas é fundamental para que os criminosos sejam identificados.
- A investigação depende muito da ajuda das vítimas. Algumas sofrem o assalto durante a madrugada e ficam de voltar na delegacia no dia seguinte, mas não voltam. Elas precisam comparecer para reconhecimento no álbum de suspeitos, para relatar as características para ser feito um retrato falado, etc. Mas se a vítima não comparece atrasa a investigação – explicou ela.
Em alguns dos casos de petropolitanos que foram assaltados na Washington Luiz, eles seguiram direto para a cidade e registraram os casos na 105ª Delegacia (Retiro), mas a recomendação é que a queixa seja prestada logo após o roubo e na unidade responsável pela região.
- Registrar em outra cidade também não é bom porque demora uns dias para chegar até aqui. Quando registra na hora, aqui na delegacia, a gente pede as características do carro, dos suspeitos e já da um alerta para a Polícia Militar e a Polícia Rodoviária Federal (PRF). Nós despachamos todos os casos de roubo no mesmo dia – completou.
Sem policiamento ostensivo, assaltos na Washington Luiz continuam
O pouco efetivo da PRF na Rio-Petrópolis pode ser o principal motivo do aumento no número de assaltos na região. Não foram divulgados números específicos da rodovia, mas a Polícia Civil já percebeu este crescimento e agentes da 60ª DP, por exemplo, estão tendo que realizar rondas para evitar que a estatística cresça ainda mais, mesmo não sendo de competência da instituição. Ainda de acordo com a delegada adjunta, se o policiamento fosse mais ostensivo na rodovia a estatística de roubos poderia cair.
- Isso não é de atribuição da Polícia Civil, nós fazemos a investigação. O nosso efetivo é pouco para isso. Mesmo assim algumas rondas estão sendo realizadas. Mas nos fins de semana que não têm o policiamento, por exemplo, nos percebemos o aumento no número de assaltos. Sabemos que com policiamento o número cai. Só que a PRF não vem colaborando, o efetivo deles também não é suficiente – explicou, lembrando que sempre que há um caso na rodovia a PRF é oficiada para a instituição ficar ciente do assunto.
A delegada ainda informou que a investigação dos crimes de assalto é uma prioridade e os policiais têm participado de reuniões na Baixada Fluminense, semelhantes a que foi realizada em Petrópolis esta semana, na 3ª Subseção da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB – Petrópolis), para discutir o assunto. Além disso, só neste mês, por exemplo, ela informou que a delegacia relatou ao Ministério Público 25 casos de roubo (não só na Washington Luiz, mas em toda região) pedindo a prisão preventiva de suspeitos. Alguns já foram presos.
Assaltos na BR-040
Sr. Editor, dê uma checada mas parece que o telefone da PRF , o 191, não funciona na Serra de Petrópolis.Ano passado quase fui assaltado num domingo à noite e tentei, em vão acionar a PRF para cercar os bandidos.Vale a pena arrumar um conhecido que suba e desça a serra todos os dias para dar esse testemunho. sem contar que em Petrópolis foi extinto o posto do Bingen e o do Quitandinha virou PONTO DE APOIO...Ou seja, no âmbito federal nossas estradas estão totalmente desprotegidas
Reportagem de assaltos na BR-040
Eduardo Duarte Pereira
Como leitor diário deste jornal, tenho observado as notícias em relação a assaltos na Rodovia Washington Luiz com muita preocupação. Trabalhei na cidade do Rio durante 8 anos de 2006 a 2014 viajando aos domingos de MG para o Rio e na sexta voltando para o estado de origem.
Viagem de carro e outras vezes de ônibus, e nunca fomos parados para uma fiscalização de rotina seja nos 03 postos que existem na rodovia no estado do RJ ou em outra abordagem de rotina.
A conclusão que chegamos é que esta rodovia no quesito segurança esta abandonada a muito tempo, a não ser em eventos especiais como na visita do Papa em 2013 e agora na Copa veremos um contingente maior, depois volta tudo ao normal. Durante os feriados prolongados os inspetores da PRF dão entrevista que estão com equipe reforçada, um monte de blá, blá, blá é tudo mentira, pois o que vivenciamos e vemos ao longo da rodovia é diferente do que é noticiado... Imagina o que é transportado de contrabando, drogas e armas nesta rodovia!!!
Parabéns por não esquecerem deste assunto, pois infelizmente somente quando a mídia cobra é que esta gente se mexe.
Eduardo Duarte
Juiz de Fora - MG
