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  Revolta em curso

Data: 20/01/2018

 

Revolta em curso

Por: Gilda Jorge/ Pedagoga

Sábado, 20 de Janeiro de 2018

 

Algumas pessoas estão reunidas em uma sala, sorriem e conversam amistosamente. Não se trata de uma reunião social qualquer. O que buscam em comum? Repensar o nosso país, com seus cenários deslumbrantes, tanto admiramos suas imensas belezas, encantos e riquezas. Contudo a contrastar com a beleza e a bondade natural do clima à fertilidade do solo, da exuberância da vegetação em profusão de formas e cores à fauna e a flora, dos frutos aos rios, cachoeiras, mares e montanhas, pedras preciosas incrustadas em seus minérios, esses são mistérios insondáveis. Por que nos é tão custoso admitirmos que o que existe de mais valioso dentro do vasto território do Brasil seja o seu povo com sua integridade e cidadania.

Graves perigos assolam a vida dos brasileiros em quase todos os estados, municípios e idades!? Uma guerra suja e surda se instala insidiosamente, insistentemente dia após dia. Que país é este? Os brasileiros têm se acostumado a maltratarem uns aos outros. Nem a chamada ‘Belíndia’ nos serve mais como metáfora, tais as nossas mazelas a transgredir a fronteira do bom senso, presenciamos um revés da civilização, vê-se à luz do dia uma criatividade perversa em praticar o mal dentro da normalidade, sem nenhuma vergonha ou escrúpulo.  Parafraseando o samba de Caetano Veloso: - Tudo demorando em ser tão ruim! Tristes cenas de violência contra vidas e bens é o que vemos por todos os lados. A inépcia, o descaso e a omissão, estradas esburacadas, incontáveis favelas e bolsões de miséria. Uma aristocracia decadente insiste em proteger seu modelo de contrato social conservador, ultrapassado e falido (Roberto da Matta). O desanimo toma conta de todas as vítimas da violência, quanta injustiça clamorosa!? Se eu fosse poeta diria como Castro Alves: - Silêncio Musa, chora, chora tanto, que o pavilhão se lave no teu pranto. Um momento de silêncio pelas vítimas da tragédia brasileira, eis porque estamos reunidos! A repensar nossos valores, nossas prioridades, acabar com:ninguém faz nada por nossos irmãos, por nós mesmos. Assim nossa bandeira será lavada pelas nossas lágrimas. Hoje o povo sofrido, os cidadãos alarmados, inertes, omissos ou revoltados, desanimados, dominados por instituições retrógradas, perversamente desvirtuadas de suas funções precípuas, irresponsavelmente ineficientes, numa sequência ininterrupta de ciclos viciosos a nos surpreender, agem insinuantes em cada esquina da história, desconstruindo pelo avesso o mínimo entendimento sobre um código comum de convivência, tão amorfo, mal compreendido e por isso mesmo desrespeitado por todos nesta babélica bagunça nacional. Qual a educação que queremos? Como ensiná-la, divulgá-la ou apoiá-la? Como fica a cidadania das nossas crianças? Unamo-nos em torno do ideal comum que restabeleça e inaugure um novo contrato social de convivência civilizada! Vamos nos unir, dizer não a estes políticos desqualificados e corruptos, extirpar esse tecido maligno infiltrado em nossa vida pública.

 

Eu convido a todos a somar as suas vozes à minha voz, e juntos fazermos soar mais forte ainda ”O Brado de Petrópolis” de Philipe Guedon.




 

 

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