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  PETRÓPOLIS: OS DESAFIOS DO FUTURO - V

Data: 29/11/2016

 

PETRÓPOLIS – OS DESAFIOS DO FUTURO V

Por: Fernando Varella - Economista e vice-presidente da NovAmosanta

 

O último artigo comentamos a idealização de um polo tecnológico em Petrópolis, por parte de lideranças da cidade, entre os anos de 1997 e 1998. No final de 1999, acontece o lançamento público da proposta da criação do Petrópolis-Tecnópolis. Um protocolo de intenções é firmado por autoridades federais, estaduais, municipais e o Sistema Firjan, com a indicação da Funpat – Fundação Parque de Alta Tecnologia de Petrópolis, como a instituição gestora do projeto.

Uma das primeiras iniciativas da Funpat foi a contratação da Coppetec, da UFRJ, para a elaboração de um planejamento estratégico da proposta do polo. O estudo foi coordenado por Maurício Guedes, um dos mais importantes especialistas do país em parques e polos tecnológicos, criador da Incubadora de Empresas da Coppe/UFRJ e do  Parque Tecnológico da Coppe/UFRJ.

Outra preocupação inicial da Funpat foi a estruturação da equipe de gestão do projeto. Uma parceria celebrada com o Instituto Genesis, garantiu a assessoria daquela importante unidade da PUC/Rio, referência nacional, na definição de um modelo de gestão inspirado na experiência do Genesis.

Ao longo do período 2000 à 2004, a proposta do polo gozava de forte credibilidade e de uma ampla visibilidade, em função da conquista de muitos e importantes ativos. Apoios diversos foram disponibilizados sob a forma de recursos e de bolsas, por parte do MCT, da Finep e do CNPq. O Petrópolis-Tecnópolis era conhecido em todo país, em função de um abrangente plano de comunicação e marketing, a partir da programação de eventos contínuos: Café-da-Manhã e Happy-Hour Tecnológico, Encontro dos Emprendedores, etc, e de uma newsletter enviada para uma network de 2.800 pessoas de norte a sul do Brasil. O apoio do Sistema Firjan nessas áreas foi muito importante.

Outra destacada fonte de inspiração do polo petropolitano foi Sophia-Antipolis, o mais importante tecnópolis da Europa. Os laços com instituições francesas de inovação e tecnologia sempre foram muito importantes. Vários acordos de cooperação foram firmados com entidades como a Foundation Sophia-Antipolis, de Nice, a Foundation Midi-Pyrinées e o INSA, de Toulouse e o Ministère de la Recherche.  Várias visitas  e sucessivos eventos eram realizados em Petrópolis, com instituições francesas. Por exemplo, o MEDEF, a mais importante associação de empresas da França realizou no LNCC, um evento para assinatura de acordo de cooperação com a FINEP.

Os problemas com a performance do polo começaram em 2005, com o Petrópolis-Tecnopolis, iniciando um longo e contínuo processo de perda de ativos que culminou em 2007, com a paralização das atividades da FUNPAT, que fazia parte de um seleto grupo de fundações-parques, instituídas pelo CNPq, na década de 80, com o objetivo de criar ambientes  especiais para interiorizar a inovação no Brasil. Três dessas instituições, a de São Carlos/SP, a de Campina Grande/PB, e a Fundação Bio-Rio, no Rio de Janeiro, estão completando 30 anos de atuação, com modelos bem-sucedidos de entidades indutoras do desenvolvimento tecnológico nas suas regiões de influência.




 

 

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