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  Sobre pessoas - Bernardo Filho

Data: 05/01/2020

 

Sobre pessoas

Bernardo Filho - Advogado e jornalista

 

Ano Novo, esperanças que se renovam. Lembro que certa feita, li em algum lugar, que quem inventou o calendário era genial, porque oportunizou para a humanidade, rever seus conceitos a cada 365 dias e criar novas expectativas. É bem verdade. Todos nós, quando o ano termina, sofremos uma catarse renovadora. Menos mal.

As pessoas não mudam e quando conseguem alguma mudança, ela vem com sacrifícios. Dizem os estudiosos da natureza humana que o caráter vem em nosso DNA e que a personalidade se molda de conformidade com as circunstâncias. Até que ponto isto é a verdadeira expressão humana, não posso afirmar.

O que posso dizer é que ao longo de minha vida tive a oportunidade de conviver com todos os tipos de pessoas. A educação e a gentileza sempre me foram demonstradas por pessoas de espírito elevado. A contrário sensu de pessoas que pouca relevância dão às outras pessoas e posso afirmar, sempre se mostraram irrelevantes.

Por que estou a falar sobre isto hoje? Primeiro, porque o clima de um novo ano que ora se inicia, nos leva a pensar no que fazemos, como agimos e nas pessoas próximas a nós. Estamos sempre em constante evolução, mas não a ponto de modificarmos o que somos, mas nos permitimos pequenas mudanças que nos gratificam. Esperamos mudanças nos outros, mas elas nunca virão.

Na política existe uma máxima: “a política perdoa a traição nunca o traidor”. Uma absoluta verdade e exemplos não nos faltam. Na vida não perdoamos (em regra geral) a traição (nós a absorvemos) mas perdoamos o traidor. Sempre entendemos que errar é humano e que devemos relevar isto. É nossa bondade falando mais alto do que nossa razão. Compreendemos que quem erra merece nova oportunidade. Constatar isto não necessita grande exercício.

Tenho sim, certeza, de que mau caráter não muda, sob nenhuma circunstância. Pessoas tóxicas gostam de ser como são. Pessoas que usam pessoas são invariavelmente desprovidas de caráter. Podem até ter uma personalidade afável socialmente, mas sempre mostram em alguma situação de vida, quem realmente são.

Nem todos pensam e agem desta forma; o que não é errado, é a forma de pensar. Quando erramos nas escolhas, sempre nos damos novas oportunidades e elas acontecem. A convivência social se torna, a cada dia, mais e mais difícil e trabalhosa de ser levada a efeito. As pessoas estão cada vez mais ensimesmadas, por defesa é bem possível que seja; arrogância e prepotência se aliam a preconceitos e as ideologias pessoais fazem as pessoas se fecharem em grupos cada vez mais restritos. É interessante observar isto. Chamou-me à atenção este fato; talvez seja assim, desde que o mundo é o mundo e que isto é parte da natureza humana.

Também não tenho certeza disto. Este é um ano que teremos novamente a oportunidade de fazermos uma escolha política mais acertada. Refletir sobre isto é extremamente necessário. Petrópolis precisa de pessoas realmente interessadas nela e em seu futuro.

Temos que dar um basta no amadorismo de gerenciamento da Cidade. Vamos acreditar ser possível. Promessas que geram altas expectativas, normalmente as compramos, mas infelizmente e principalmente, as promessas políticas se mostram, com o tempo, ter sido uma péssima compra.




 

 

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