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  O PETRÓPOLIS DE 2040 - Philippe Guédon

Data: 24/03/2019

 

O PETRÓPOLIS DE 2040

Philippe Guédon *

 

“Se você não sabe onde quer ir, jamais chegará lá”, ensina o Professor Manoel Ribeiro. Neste momento em que crescentes segmentos do povo petropolitano refletem sobre o nosso plano estratégico com horizonte a 20 anos, proponho sonharmos, cada um, com o Município que desejamos ver consolidado como fruto de nossas vontades em 2040.

Eis a minha utopia: chega-se aqui pela BR-040 operada por concessionária de qualidade (nada a ver com aquela outra, certo?), pela estrada Velha mantida nos trinques pelo DER do Estado, pela Estrada de Ferro Rio-Alto da Serra de Petrópolis e por vias menores.Temos heliporto também, com vôos comerciais regulares. O plano viário está incluso no plano diretor urbano e privilegia os ônibus e o VLT Alto da Serra-Posse. Os veículos de aluguel para transporte individual são todos operados por aplicativos, inclusive os que operam a partir de pontos cedidos pelo Município mediante licitação qüinqüenal. O estacionamento nas ruas tornou-se muito caro, com a compreensão geral dado haver ônibus de qualidade rodando com muito menos engarrafamentos. As gratuidades são pagas pelo Município, portanto o seu peso é repartido entre todos, e o valor das passagens caiu e é calculado por planilha permanentemente atualizada e auditada por um conselho quadripartite: usuários, empresas, Governo e ComCidade, com remessa das atas ao Ministério Público e ao TCE.

A Câmara Municipal é composta pelo número legal de vereadores, eleitos dentre candidatos avulsos ou apresentados por partidos, que fazem jus à uma verba de indenização (cerca de um salário mínimo), sem gabinete, assessores, automóveis, verbas de coisa alguma e sem viagens de “estudos e congressos”. As consultorias da Casa estão ao seu dispor e a Lei Orgânica e o RI da Câmara revistos foram devidamente publicados. A verba da Câmara caiu para 1% do Orçamento e Petrópolis recebe caravanas de visitantes curiosos em conhecer o “milagre da Serra” que deixa no chinelo ao velho modelo das Câmaras profissionalizadas.

Temos um Executivo com estrutura enxuta, observada a média de funcionários apurada pela FGV/DAPP de 24 por mil habitantes, sejam 7.200 inclusos os inativos. Os serviços terceirizados são ainda contados à parte, por mais um tempo, mas limitados a 1.000 profissionais e informados a cada mês pela Transparência da PMP.

Deixamos de brincar de gestão participativa há muito tempo; os Conselhos e Audiências Públicas são coordenados, nos dois Poderes, pela Casa dos Conselhos cujo gestor é indicado e substituído pelo ComCidade com o aval do OSPetro. Os Conselheiros precisam ser capacitados, todos eles, e os ausentes serão substituídos quer representem a cidadania ou os seus Representantes no Poder. Todos entendem que o prefeito é o gestor do Município por mandato do povo, mas não é dono de Petrópolis. O plano estratégico elaborado pelo povo baliza o PPA e os demais planos, além das duas leis orçamentárias anuais, LDO e LOA.

Diante da negativa chapa-branca em cumprir o artigo 79 da LOM, criou-se o Instituto Koeler, cujos membros são eleitos quando do meio-mandato do prefeito e vereadores. Planos que somem e arquivos de computador apagados, nunca mais.

Continuo?

 

 

* Coordenador da Frente Pró Petrópolis - FPP




 

 

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