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  PETRÓPOLIS NA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO - Philippe Guédon

Data: 24/02/2019

 

PETRÓPOLIS NA REGIÃO METROPOLITANA DO RIO DE JANEIRO

Philippe Guédon *

 

            Todo debate que apaixona a comunidade é coisa boa, pois o que mata a participação é a indiferença. Usualmente, a opinião pública é mantida à margem dos grandes temas, reservados às cabeças pensantes de nossas lideranças político-partidárias. A encrenca na qual nos debatemos tem, sim, pais e mães.

            Esta questão de Petrópolis em relação à Região Metropolitana merece reflexão popular, e me permito sugerir algumas dicas para o IPGPar e para o Plano Estratégico elaborado pelo Povo (no Povo cabem todos, desde que aceitem ser iguais aos demais).

            O Rio não foi incluído na Lei Federal 14, de 1973, que instituiu as RM, porque naquela época o Rio era dois: Rio de Janeiro e Guanabara. A Lei nº 20, de 1974, uniu GB e RJ e incorporou os dispositivos da Lei nº 14, citada acima. Petrópolis foi incluída na RMRJ com mais 13 Municípios. Posso testemunhar que não se percebiam vantagens: Teresópolis ganhou o mesmo DDD que o Rio, e nós ficamos no interurbano, 24 para 21; ué, mas nós éramos da RMRJ e nossos irmãos de Teresópolis, não... Já que falamos em Teresópolis, nossos queridos vizinhos contavam com uma Companhia Independente de Polícia Militar e nós com uma Companhia do Batalhão de PM de Duque de Caxias. Qualquer coisa, mole prá nós: ou pedíamos para o capitão falar com o coronel ou íamos a Caxias. Petrópolis era o rabicho. O Corpo de Bombeiros cabia naquela casa que fica em frente à UPA, na descida do Valparaíso. Depois de deixarmos a RMRJ em 90, conseguimos o “nosso” Batalhão de PM, o Corpo de Bombeiros mereceu instalações condignas, e muitos outros problemas foram resolvidos. Petrópolis estreitou laços com Teresópolis e com Nova Friburgo, e mantém excelentes relações com S. José, Areal e Três Rios. Somos Serranos, com orgulho, obrigado.

            Eu assumo ter feito força para sairmos da RMRJ, na CDL e na Câmara; vejamos quais os resultados que vai apresentar esta nova tentativa de levar um dos três Municípios da Região Serrana para baixo, deixando os dois outros de lado. Caso seja para romper o nosso isolamento rodo-ferroviário, beleza! A estrada da Serra Velha está um caco, a União e Indústria um buraco com quebra-molas, a Subida da Serra só é Nova no valor absurdo do pedágio e na paisagem lunar do buraco do Túnel, padrão “Mont Blanc”. A Estrada de Ferro foi desativada por inútil e o Estado ainda não demonstrou interesse em reativá-la apesar do Pastori. Se a RMRJ vai nos ajudar nesta parada, aí não está mais aqui quem escreveu. Já se forem só assuntos da ALERJ, poupem-nos.

            Acho importante que todos saibam recitar os nomes de nossos 21 parceiros, a ver se têm mais do nosso DNA que os vizinhos serranos Teresópolis e Nova Friburgo, ou a turma da BR-040 trecho do Contorno até a divisa com Minas: Rio de Janeiro, Belfort Roxo, Cachoeiras de Macacu, Duque de Caxias, Guapimirim, Itaboraí, Itaguaí, Japeri, Magé, Maricá, Mesquita, Nilópolis, Niterói, Nova Iguaçu, Paracambi, Queimados, Rio Bonito, S. Gonçaloi, S. João de Meriti, Seropédica e Tanguá.                                                                         Reli o “Novo Caminho 2017-2020 e só achei esta frase: “Petrópolis não pode ficar à mercê do improviso” (I.E. e Planejamento).

A adesão à duas Regiões me soa a improviso autoritário.

 

 

* Coordenador da Frente Pró Petrópolis - FPP




 

 

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