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  Médicos de postos de saúde fazem paralisação em Petrópolis, no RJ

Data: 09/06/2014
 

Médicos de postos de saúde fazem paralisação em Petrópolis, no RJ

Andressa Canejo - G1 Região Serrana em 09/06/2014 08h42 - Atualizado em 09/06/2014 08h42

 

Paralisação afeta 24 unidades nesta segunda-feira (9).
Categoria pede equiparação salarial e incorporação das gratificações.

 

Os médicos que trabalham em 24 Postos de Saúde da Família em Petrópolis, na Região Serrana do Rio, decidiram cruzar os braços nesta segunda-feira (9) por tempo indeterminado. As unidades, metade dos postos do município, estão sem atendimento nesta manhã. A categoria pede o reajuste salarial equiparado aos de outros profissionais, como os do programa ´Mais Médicos´, e a criação do cargo de ´Médico da Família´. Segundo a classe, as reinvindicações foram feitas há mais de um ano à prefeitura e até hoje não foram atendidas.

De acordo com o presidente da Sociedade Médica de Petrópolis, Mauro Peralta, os profissionais dos PSFs devem atender no máximo 1.500 pacientes. Mas, em Petrópolis, eles chegam a atender cerca de três mil. E isso por salário bem abaixo dos médicos contratados por outros programas, como o federal ´Mais Médicos´ e o Programa de Valorização do Profissional da Atenção Básica (Provab).

“Precisamos de pelo menos o dobro de médicos para fazer o atendimento necessário à população. Além disso, pedimos mais do que o reajuste, mas sim a equiparação com outros profissionais, como do ´Mais Médicos´, que recebem R$ 10 mil, assim como os do Provab, que são médicos recém formados que podem ficar durante um ano trabalhando em PSF, recebendo uma bolsa no valor de R$ 10 mil. Enquanto isso, a categoria recebe R$ 1.500 por 20 horas e R$ 3.000 por 40 horas semanais fazendo o mesmo trabalho”, lamentou.

Segundo o médico Alexandre Galera, que atua no PSF do bairro São Sebastião, na última sexta-feira (6) foi realizada uma reunião com alguns representantes da categoria e com o Secretário de Saúde, André Pombo, que pediu uma semana para que a prefeitura apresentasse uma proposta para a categoria. Pelo pequeno número de médicos presentes, eles mantiveram a paralisação na manhã desta segunda, mas realizarão uma assembleia às 9h com todos os médicos para decidir se a paralisação continua.

"Eles pediram que considerássemos em dar uma semana para que nos fizessem uma proposta. Como éramos poucos, decidimos manter essa paralisação pela manhã e vamos nos reunir agora pela manhã para passarmos essa posição da prefeitura. Se todos aceitarem, nós vamos voltar ao trabalho o quanto antes", explicou Alexandre.




 

 

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