Uma grande campanha para doação de medula óssea será realizada a partir de hoje (26) em Petrópolis. A ação começa com uma palestra na Câmara Municipal, na tarde desta quinta-feira, e continua na sexta e no sábado, durante todo o dia, com a coleta de sangue e recadastramento de quem já participou de outras campanhas, na Praça Dom Pedro, no Centro. A organização espera que, no mínimo, duas mil pessoas se inscrevam no cadastro do Instituto Estadual de Hematologia (Hemorio), que organiza o evento em parceria com a Pró-Medula e a Furnas.

A doação de medula óssea é a única esperança de cura para a maioria dos portadores de leucemia e outras doenças do sangue. E, por isso, para falar da importância das doações, a campanha começa com o depoimento de uma pessoa que precisou ser transplantada duas vezes. O voluntário, que é de São Paulo, estará na palestra realizada na Câmara, às 16h. Qualquer pessoa pode participar, a entrada é franca.

- Ele vai contar toda sua história, o que aconteceu com ele. Apesar de precisar do transplante duas vezes, deu certo. É importante que as pessoas se conscientizem da importância da doação e também da descoberta da doença. As pessoas precisam sempre estar com os exames em dia e prestar muita atenção também em relação às crianças – explicou Marília Frender, uma das voluntárias da campanha.

As coletas começam a ser feitas na sexta-feira, a partir de 9h e vão até às 17h. E seguem no mesmo horário no sábado. Um stand será montado na Praça Dom Pedro para receber os doadores. Segundo os organizadores, é importante que as pessoas que participaram de outras campanhas façam o recadastramento. Isso porque, só em Petrópolis, 400 pessoas foram procuradas para fazer o segundo teste de nível de compatibilidade e não foram encontradas.

- Hoje já é possível atualizar o cadastro pela internet, mas quem não fez isso é importante que compareça no dia da campanha – completou Marília.

A campanha, inicialmente, foi organizada para que fosse encontrado um doador compatível para o jovem Rodrigo Lemos. Mas durante os preparativos do evento ele acabou não resistindo à leucemia e morreu. Rodrigo havia descoberto a doença um ano e três meses antes de morrer. Foi por acaso, em um consulta ao dentista. Ele não tinha nenhum sintoma da doença, mas o dentista percebeu uma mancha e recomendou que ele fizesse um exame de sangue.

Quem faz a doação não tem nenhum prejuízo à saúde e pode salvar uma vida. A pessoa só doa 15% do líquido da medula, que é transplantado para o paciente e logo ela reproduz. A medula óssea é responsável pela produção dos glóbulos vermelhos e brancos.

Esta é a segunda vez que a campanha é realizada em Petrópolis e alguns doadores já foram encontrados através dela, inclusive com transplantes já realizados.