O “Movimento Popular Pedágio Justo” ganhou as ruas na última sexta-feira, para estimular a participação da população na luta por melhores serviços da Concer, empresa que explora o pedágio na BR-040. O movimento está reunindo assinaturas num documento que será enviado à concessionária, Ministério Público Federal, Juízo da Vara Federal, Câmara Municipal de Petrópolis, Assembleia Legislativa do Rio de Janeiro, Assembleia Legislativa de Minas Gerais, Câmara dos Deputados e Agência Nacional de Transportes Terrestres e Imprensa.

Segundo o vereador Wagner Silva, autor de ação que pede a suspensão da cobrança de pedágio até que a Concer cumpra suas obrigações contratuais, o usuário da BR-040 encontra hoje uma estrada estreita, com poucos pontos de ultrapassagem, mal sinalizada, principalmente nos trechos com alta incidência de neblina, sem iluminação, sem telefones de emergência e com cada vez mais acidentes, que impedem o bom fluxo do tráfego, em especial no trecho entre Rio e Petrópolis, nas pistas de subida e descida da Serra.

Wagner Silva diz que o movimento é de um grupo de cidadãos "indignados com a situação do preço abusivo cobrado pela concessionária, sabedores de que a população não recebe a contrapartida no que trata de duplicações e mais agilidade no atendimento, manutenção da pista, entre outros serviços já citados, que resolveu fazer circular este abaixo assinado para pressionar os deputados estaduais e o Governo, no sentido de quebrar o contrato existente e rever todos os pontos do mesmo, objetivando a imediata redução e a solução das questões que tanto indignam a população" explicou..

Para o vereador, sem cumprir o que foi firmado, sem tornar público o contrato de cessão e abusando das elevações constantes de tarifas, o que faz a Concer ter um dos pedágios mais caros do país, o abaixo assinado é o retrato da indignação do usuário, que tem nesta ferramenta o exercício do direito constitucional de ir e vir, sem ser condicionado a um serviço que não foi contratado pela população, que paga duplamente por uma estrada feita com recursos públicos onde são cobrados valores que não condizem com a qualidade do serviço prestado.

“Para mim, se esgotaram todas as tentativas, por isso este abaixo assinado está indo às ruas. Desde o início de meu mandato foram realizadas reuniões, Audiências Públicas, já solicitamos todo o tipo de documentações, fizemos todo o tipo de questionamentos, mas a Concer não cumpre com aquilo que anuncia. Movemos uma ação pelo jurídico da Câmara, demonstrando que a concessionária não cumpre as obrigações previstas no contrato assinado em 1996 como, por exemplo, a nova pista de subida da serra. Em 2011, o Tribunal de Contas da União confirmou em acórdão publicado constatou que a tarifa do pedágio da Rio-Petrópolis, seria abusiva, muito acima da inflação do período. No final de 2011, a Concer iniciou uma obra na entrada da cidade que tornou a viagem para Petrópolis num tormento de três horas, afastando o turista e deixando o turismo e o comércio da cidade com péssimas estimativas, sendo necessário que fizéssemos um ofício solicitando a paralisação da mesma”, acrescenta Wagner Silva.

De acordo com o Movimento Popular Pedágio Justo, quem quiser aderir ao movimento pode entrar em contato com a equipe pelos telefones: 24 - 8132-0839, 8165-2434, 8824-1214, ou por e-mail: movimentopopularpedagiojusto@hotmail.com e solicitar um abaixo assinado. Dentro de alguns dias será divulgado um link para assinatura on-line do documento.