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  Médicos dos PSFs ameaçam nova paralisação

Data: 03/07/2014

 

 

Médicos dos PSFs ameaçam nova paralisação

 

Diário de Petrópolis, Quinta-feira, 03 de julho de 2014

 

Roberta Müller

 

Médicos que trabalham nos Postos de Saúde da Família (PSF) ameaçam fazer uma nova paralisação caso o governo municipal não mantenha as negociações após o dissídio dos servidores municipais, que deve ser definido nos próximos dias. Para os profissionais, um reajuste salarial de 7%, por exemplo, como deve acontecer, não atende a categoria, que pede a equiparação dos salários com os valores pagos por programas do governo federal, como o Mais Médicos, que paga cerca de R$ 10 mil aos trabalhadores.

 

Os 24 médicos concursados que trabalham nos postos de Petrópolis recebem hoje R$ 1.500 por 20 horas. A carga horária é de 40 horas semanais.

 

No início do mês passado, os médicos fizeram uma paralisação depois que a Secretaria de Saúde não seguiu com as negociações. Após cruzarem os braços, os profissionais foram chamados para uma reunião, mas nada ficou definido no encontro porque, segundo os médicos, o prefeito Rubens Bomtempo teria pedido que eles aguardassem pelo dissídio da categoria para que pudesse voltar a falar sobre as reivindicações da classe.

 

- Até por volta do dia 17 nós vamos aguardar, mas se depois disso eles não voltarem com as negociações a gente vai parar. Os médicos estão se reunindo toda semana para discutir o assunto – explicou o médico do PSF do São Sebastião, Alexandre Galera. – O movimento continua, queremos que o prefeito volte a nos receber e que voltem as negociações – completou a médica da unidade do Carangola 1, Denise Knibel.

 

De acordo com a categoria, já foi entregue um estudo de impacto para a prefeitura, há cerca de dois meses. A tentativa de negociação, porém, vem desde o ano passado.

 

Os médicos dos PSFs trabalham de segunda à sexta-feira e acompanham os pacientes das comunidades. São cerca de três mil pessoas atendidas por unidade. Com a atenção básica, eles evitam que os moradores tenham doenças mais graves e precisem dos hospitais. 

 

Além do Alexandre e da Denise, outros médicos ameaçam cruzar os braços caso o governo interrompa as negociações, como o Rodrigo Marzullo, do PSF do Castelo São Manoel, Elisabeth Cantaluppi, Claudio Aschkenasi, do Carangola 2, Rita Serpa, do Dr. Thouzet, entre outros.

 

 

Questionada sobre o assunto, em nota, a secretaria de Saúde informou que “o diálogo continua aberto com a classe médica e que o dissídio dos servidores municipais ainda está em negociação”.  Ressaltou ainda “que o piso salarial dos médicos subiu 24% em apenas 12 meses devido às incorporações de dois abonos salariais e ao enquadramento funcional. O governo municipal afirma que trabalha dentro dos limites da Lei de Responsabilidade Fiscal”.




 

 

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