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  Campanha Pró-Medula começa amanhã em Petrópolis

Data: 26/09/2013

 

Acontece nesta semana, nos dias dias 27 e 28 de setembro, a Campanha do Hemorio Pró-Medula em Petrópolis. O evento será na Praça D. Pedro I das 9h às 17h. 

No local será instalado um stand do Hemorio para a coleta de amostras de sangue de doadores. Para ser um doador é preciso estar com documento de identificação original com foto, preencher uma ficha com dados e contatos, ter entre 18 a 54 anos e doar 5ml de sangue.

O Pró-Medula é um grupo de voluntários que tem apoio de uma empresa privada, com o objetivo de informar e conscientizar a população sobre como é feito o processo da doação e a organização tem expectativas de conseguir pelo menos mais dois mil novos doadores, além de atualizar os cadastros já existentes.

Segundo a voluntária Raymara Vieira as pessoas desconhecem como funciona de fato o transplante de medula óssea."Poucos sabem que é um processo simples e sem dor", diz a voluntária. Após feito o cadastro e a coleta de sangue em qualquer Hemocentro, as informações do doador ficam guardadas no chamado ´Redome´ - Registro Nacional de Doadores de Medula Óssea, que irá cruzar os dados com a identidade genética dos pacientes que estão precisando do transplante, o ´Rereme´ - Registro Nacional de Receptores de Medula Óssea. O cadastro do doador fica no Redome até os sessenta anos de idade do mesmo. Por isso é muito importante atualizar os contatos cedidos à organização.O doador sendo compatível com algum paciente passa por alguns exames antes da doação já que a compatibilidade precisa ser de 97%. 

Para a realização do mesmo, o doador fica de 24h a 48h no hospital mais próximo de sua cidade e por conta do governo. Com anestesia é feita a aspiração da medula óssea (liquido gelatinoso). A retirada é realizada por uma agulha introduzida no osso do quadril, sem cortes e, como muitos pensam, não tem nada a ver com a Medula Espinhal -coluna. O doador sai do hospital no dia seguinte, sem restrições podendo até trabalhar, e em quinze dias pode doar novamente. "O que falta é informação, um analgésico tira uma dor e você pode trabalhar no dia seguinte, mas para o paciente é uma vida nova que ele está recebendo", diz Raymara.

 

CASO MATEUS

 

O maior exemplo dessa falta de informação é o caso do menino de um ano e dez meses, Mateus Ribeiro, que tem leucemia. O INCA encontrou três doadores compatíveis com a criança, sendo um internacional e dois que estão no Redome, porém, os doadores nacionais levaram um longo tempo para comparecer para fazer os exames totais de compatibilidade. O doador internacional se colocou á disposição, mas só poderá vir ao Brasil depois do dia 15 de novembro. A família fez uma ampla campanha para sensibilizar o doador compatível que, esta semana, se apresentou para os exames complementares.  

Mateus foi diagnosticado aos oito meses, com uma leucemia agressiva e rara, a "mielóide aguda" que acomete uma em cada um milhão de pacientes.

Ele foi então internado em um hospital em Belo Horizonte, onde permaneceu até um ano de idade, quando a doença regrediu. Mas em seguida, o menino teve uma recaída e foi encaminhado para o

Hospital referencia de câncer infantil em Campinas-SP, o Hospital Boldrini. Lá, ele está fazendo quimioterapia e fica isolado, pois o tratamento baixa a imunidade do paciente.

E a única solução é a realização do transplante da medula. A grande esperança agora é que a mãe de Mateus está grávida e o bebe tem 25% de chance de ser compatível com Mateus.

Para que não haja mais situações como esta, que o Pró-Medula se preocupa em informar e conscientizar as pessoas sobre a responsabilidade de ser um doador. 

 




 

 

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