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  Rodoviários

Data: 21/12/2012

 Os funcionários da Viação Turb (que assumiu as linhas da Autobus e da Petrópolis) paralisaram os serviços de transporte público no início da tarde de ontem (19). A empresa é responsável pelas linhas que saem do Centro Histórico até Corrêas, Itaipava, Pedro do Rio e Posse. A decisão pegou os passageiros de surpresa. Uma nova paralisação pode ser deflagrada hoje pela manhã.

Logo no início do protesto, os rodoviários fecharam a Estrada União Indústria, próximo ao Ciep de Corrêas, o que provocou um grande congestionamento. A chuva também ajudou a deixar o trânsito ainda mais caótico.

O motivo da paralisação foi o não pagamento do Fundo de Garantia por Tempo de Serviço (FGTS), valores que seriam pagos pela prefeitura, aos rodoviários das antigas empresas permissionárias do transporte público.

Os rodoviários, que abandonaram os ônibus nos terminais de Corrêas e Itaipava, afirmaram que a prefeitura efetuaria o pagamento do valor devido, mas com 15% a menos, ou seja, eles só receberiam 85% do valor do FGTS.

Nos dois terminais, centenas de passageiros ficaram sem nenhum ônibus tanto no sentido Centro quanto para Corrêas e Itaipava. Para evitar quebra-quebra, pelo menos seis viaturas do 26º BPM foram para Corrêas.

Uma das prejudicadas pela manifestação foi a atendente de enfermagem Marta Helena, de 56 anos, que chegou no Terminal de Corrêas por volta das 14h e só retornou para casa às 19h30.

- A situação está horrível. Eu tomo insulina e preciso chegar em casa rápido. Geralmente é o povo o mais prejudicado – disse.

Quem também estava revoltada com a situação era Andréa Aparecida, de 38, que havia saído de Itaipava com destino ao Centro Hiostórico para um exame de raio-x. Ela ainda estava acompanhada de dois filhos menores.

- Paguei três passagens e fiquei no meio do caminho. Isso é um absurdo. Sinceramente não sei o que vou fazer, já que estou sem dinheiro para pagar mais passagens – contou.

Durante a paralisação dos rodoviários, o Terminal de Corrêas ficou completamente lotado, tanto de ônibus que ocuparam todas as baias e as pistas de acesso quanto de passageiros. Quem precisou sentar, como idosos, deficientes e mulheres com crianças ou grávidas, teve que ficar em pé, pois não havia bancos disponíveis para todos.

- Os rodoviários ilharam os passageiros. Até entendo que eles precisam reivindicar seus direitos, mas não podem deixar as pessoas abandonadas – disse a aposentada Marina Caetano de Paiva, de 73 anos, que passou o tempo tomando cafezinho e refrigerantes.

Muita pessoas devido à demora passaram mal e tiveram que ser socorridas por viaturas e soldados do 26º BPM que estavam no local. Os PMs também conversaram muito com os passageiros, tentando acalmar os ânimos.

Hoje uma comissão de rodoviários deverá ser recebida por integrantes da prefeitura, a partir das 10h no Palácio Sergio Fadel.

Procurados pela reportagem, até o fechamento desta edição nem a prefeitura nem a Turb se pronunciaram sobre a paralisação.

 

 

 

 

FONTE: Diário de Petrópolis




 

 

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