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  Eventos no mirante do Belvedere são proibidos pela Concer

Data: 16/10/2012

 

 

A primeira manifestação pró revitalização do Mirante Belvedere aconteceu no dia 25 de agosto e reuniu cerca de 2.000 pessoas no antigo ponto turístico./Foto: Jaqueline Ribero.

 

Integrantes do movimento em prol da revitalização do Belvedere do Grinfo realizam no próximo dia 21, às 10h, no próprio monumento, um encontro com a classe artística e simpatizantes da causa para debater questões como a resistência da Concer para a realização de eventos no local. Nesta semana, o presidente da Associação Petropolitana de Engenheiros e Arquitetos (Apea), Luiz Amaral, e o artista plástico representante do Grupo Minha Arte Para o Belvedere, que tem aproximadamente mil integrantes, Paulo Mendes Faria, receberam da concessionária que administra a BR-040 resposta negativa para o pedido de apoio para a realização do segundo evento que deve acontecer no dia 11 de novembro no antigo ponto turístico. Segundo a concessionária, as atividades culturais colocam em risco o fluxo de trânsito no trecho próximo ao monumento, aumentando as chances de acidentes.

Os organizadores do movimento estão fazendo também um abaixo-assinado para sensibilizar a Concer. A primeira manifestação pró revitalização do Mirante Belvedere aconteceu no dia 25 de agosto e reuniu cerca de 2.000 pessoas no antigo ponto turístico. A intenção dos organizadores é chamar atenção para a importância da estrutura, que tem localização estratégica, vista privilegiada e já abrigou um restaurante nas décadas de 60 e 70. “Não entendemos essa posição da Concer e já estamos consultando um advogado para saber se a concessionária pode impedir a realização dos eventos, afinal, trata-se de um local público. Encaminhamos o ofício à concessionária para pedir apoio logístico e em resposta recebemos esta negativa com uma justificativa que não se aplica. Prova disso é a primeira manifestação que ocorreu de forma organizada e ordeira, sem causar nenhum transtorno aos usuários da rodovia”, afirmou Luiz Amaral, ressaltando que a construção foi erguida já com a intenção de ser um ponto turístico e atrair pessoas, tendo funcionado por 20 anos sem registros de acidentes em decorrência das atividades existentes no local.

Paulo Mendes, que está à frente do Grupo Minha Arte Para o Belvedere, destaca que o local é amplo e possui estacionamento para mais de 100 carros. “Essa postura da concessionária não tem fundamento. Vamos continuar lutando para tornar o Belvedere um ponto de cultura e lazer para petropolitanos e turistas”, afirma o artista plástico, destacando que em apenas três dias a petição pública que está sendo divulgada na rede social Facebook (no grupo Apea Petrópolis) já reúne aproximadamente 400 assinaturas.

O objetivo no próximo dia 11 é promover oficinas de artes, fotografia, música e ainda um concurso de pipa. A equipe de reportagem da Tribuna entrou em contato com a Concer, mas não obteve resposta. Os organizadores do movimento pela revitalização do Belvedere querem que o local abrigue eventos periódicos de cunho cultural e de lazer, e acreditam que o sucesso da ação realizada em agosto é uma prova do potencial do monumento. “A sociedade demonstrou que é possível levar arte, cultura, lazer e entretenimento para aquele local sem nenhum dano ao patrimônio e com total conforto e segurança para as famílias”, pontua Amaral.

A programação incluiu apresentação de bandas, grupos de dança, exposições de arte e a participação de associações como o Petrópolis Vôo Clube (PVC) e a Associação de Motociclistas de Petrópolis (AMP). Na ocasião, a Polícia Rodoviária Federal multou 17 veículos que estavam estacionados em local proibido, sobre a faixa de rolagem ao longo do retorno para a pista sentido Petrópolis.

 

Fernanda Soares

Redação Tribuna




 

 

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