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  Sem acordo salarial, têxteis planejam série de manifestações

Data: 01/06/2012

 

 

LEGENDA FOTO: O sindicato dos empregados no setor têxtil não quer banco de horas e jornada 12/36 horas na convenção coletiva. / Foto: Roque Navarro.

Sem conseguir os avanços necessários nas negociações com o sindicato patronal para fechar a convenção coletiva para funcionários do setor têxtil, o sindicato dos empregados vai iniciar nesta semana uma série de manifestações em protesto pela atitude de uma das empresas que estaria prejudicando o fechamento de um acordo para a categoria, por querer inserir a questão do banco de horas na convenção coletiva. O assunto foi discutido ontem em uma reunião no Ministério Público do Trabalho e mais uma vez não houve acordo entre as partes. O assunto voltará a ser discutido no dia 14 de junho. “Vamos fazer uma manifestação na porta desta empresa na semana que vem, como forma de protesto pela atitude que eles vêm tendo. Se na próxima reunião não firmarmos um acordo vamos conversar com o Ministério do Trabalho para instaurar o dissídio”, explicou o presidente do Sindicato dos Têxteis, Wanilton Reis.

 

O presidente do sindicato lembrou que apesar da data base da categoria ser em 1º de maio, a campanha salarial dos têxteis começou em março, e lamenta que apesar de toda antecedência o impasse com uma das empresas está prejudicando o andamento das negociações. “Encaminhamos a nossa pauta de reivindicações ao patronal no dia 3 de março. De lá pra cá, cinco reuniões foram realizadas, a última delas hoje. As negociações não estão avançando porque uma das empresas quer incluir na convenção coletiva o banco de horas e a jornada de 12/36 horas. Esses pontos podem ser discutidos em acordo específico com esta empresa, mas não podem entrar na convenção coletiva, que vale para funcionários de todas as indústrias da cidade”, explicou Wanilton.

Ele lembra que o sindicato vinha negociando um Plano de Cargos Carreiras e Salários com a empresa em questão. “Tínhamos um acordo em separado com esta empresa, em que estas questões podem ser colocadas, mas eles estão insistindo em inserir estes pontos na convenção coletiva e isso o sindicato não vai aceitar”, disse.  O sindicalista frisa que a questão do banco de horas já foi discutida em assembléias com a categoria e não foi aprovada pelos têxteis.

Na pauta de reivindicações, as principais solicitações do Sindicato dos Têxteis foram: piso inicial de R$ 752,40; reajuste do INPC, mais 3% e direito à Participação nos Lucros e Resultados das empresas. Em contrapartida, o sindicato patronal da categoria ofereceu reajuste do INPC, mais 1% para funcionários com salários até R$ 3 mil. Acima deste valor o reajuste será somente da taxa do INPC. O patronal ofereceu piso inicial de R$ 683,07 para empresas com até 50 funcionários e R$ 721,74 para empresas com mais funcionários.

 

Jaqueline Ribeiro

Redação Tribuna




 

 

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